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Preço de um bem – noção e componentes Dezembro 28, 2012

Posted by netodays in preços.
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Diz-se preço o custo unitário de um bem, serviço ou activo, expresso em unidades monetárias.

O consumidor nunca dispõe de recursos para adquirir todos os bens que desejaria. Assume-se em Economia que os consumidores pretendem maximizar o seu bem-estar, traduzido por uma função utilidade.

Utilidade é a propriedade de anulação das necessidades que se atribui aos bens económicos. A utilidade marginal de um bem é o acréscimo da satisfação resultante do consumo de uma unidade adicional desse bem.

Para decidir a melhor aplicação do seu rendimento, o consumidor irá gastando cada Euro no bem que lhe acrescentar maior satisfação. De acordo com o princípio da igualdade marginal, a maximização da utilidade do consumidor pressupõe a escolha de um cabaz de bens tal que a utilidade marginal por unidade monetária gasta seja igual para todos os bens. Para compreender rapidamente este princípio, imagine que adquirindo o bem X a utilidade do último Euro seria três vezes superior à utilidade do último Euro gasto no bem Y; neste caso, a utilidade total poderia ser aumentada, transferindo o Euro gasto no bem Y para o bem X.

Associando o preço dos bens à sua utilidade marginal, facilmente perceberá porque é que a água é mais barata que os diamantes (paradoxo da água e do diamante).

Este princípio será retomado adiante, para justificar a relação inversa entre a quantidade desejada pelos consumidores e os preços: o aumento de preço de um bem reduz o consumo desejado pelo consumidor em relação a esse bem, explicando por que razão as curvas da procura têm inclinação decrescente, tema que será estudado no ponto 5. Preços e mercados.

Pensando nos produtores, um factor importante na determinação dos preços são custos de produção. Admite-se que o seu objectivo é a maximização do lucro, pelo que apenas poderão produzir e vender os produtos por um preço superior ao seu custo unitário (já calculado aqui), definindo-se o lucro unitário pela diferença, preço menos custo unitário. Se os custos de produção subirem, porque aumentaram os custos das matérias-primas, da energia, dos salários, aumentaram os impostos, etc., então o empresário só conseguirá manter o seu lucro se aumentar os preços, transferindo o aumento dos custos para os consumidores.

Provavelmente, se aumentarem os custos, os produtores não conseguirão repercuti-lo na sua totalidade sobre os consumidores, mas isso dependerá da estrutura do mercado, pois como veremos, em Monopólio o produtor terá maior poder na determinação dos preços que em Concorrência.

1. Explica o paradoxo da água e do diamante utilizando os conceitos de utilidade total e utilidade marginal.

2. Refere cinco factores que influenciam a formação dos preços.

3. Comenta a importância da estrutura do mercado na formação dos preços, referindo dois exemplos de mercado concorrencial e dois exemplos de monopólio.

2012 – 10º Aniversário do Euro Dezembro 27, 2012

Posted by netodays in Euro, União Europeia.
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Em 2012 o BCE produziu um vídeo comemorativo do 10º aniversário do Euro.

Para adoptarem o Euro, os Estados-Membros têm de alcançar um nível elevado de convergência económica sustentável, o qual é avaliado com base no cumprimento dos critérios de convergência nominal:

  • uma taxa média de inflação que não exceda em mais de 1,5 pontos percentuais a verificada, no máximo, nos três Estados-Membros com melhores resultados em termos de estabilidade de preços;
  • o rácio do défice público programado ou verificado em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado, o qual não deve ser superior a 3%;
  • o rácio da dívida pública em relação ao PIB a preços de mercado, o qual não deve ser superior a 60%.
  • as taxas de câmbio, durante pelo menos dois anos, deverão respeitar as margens normais de flutuação previstas no mecanismo de taxas de câmbio do Sistema Monetário Europeu, sem ter procedido a uma desvalorização em relação à moeda de qualquer outro Estado-Membro. Isto é, o Estado-Membro deve ter participado no mecanismo da taxa de câmbio do Sistema Monetário Europeu ininterruptamente durante os dois anos anteriores ao exame da sua situação sem ter conhecido tensões graves. Além disso, durante o mesmo período, não deve ter desvalorizado por sua própria iniciativa a sua moeda;
  • as taxas de juro a longo prazo não devem exceder mais de 2 pontos percentuais, no máximo, a média dos três Estados-Membros que apresentam os melhores resultados relativamente à estabilidade dos preços.
  • Fonte: Introdução do euro: critérios de convergência

Argumentou-se que a adopção do Euro seria um instrumento que conduziria à convergência real, isto é, que o poder de compra dos países com menor desenvolvimento se aproximaria mais facilmente da média da União. O PIB per capita, em paridade do poder de compra, relativamente à média da UE27, não indica que Portugal se tenha aproximado dos seus parceiros, mas países como a República Checa e a Eslováquia estarão a ser melhor sucedidos.

Fonte: Eurostat.

  • No final da sua primeira década, o euro é uma história de sucesso e representa o resultado mais tangível da integração europeia. O nível baixo e a estabilidade da inflação e das taxas de juro nos últimos dez anos contribuíram para o aumento do investimento na área do euro. A consolidação fiscal prosseguiu e a criação de emprego atingiu os níveis mais elevados de sempre. Contudo, o crescimento da produtividade tem sido inferior ao de outras economias desenvolvidas, e as preocupações sobre a distribuição dos rendimentos aumentaram.
    Fonte: EMU@10: sucessos e desafios após 10 anos de União Económica e Monetária

Convém ler criticamente estas linhas, porque os países europeus cujo poder de compra mais tem crescido, após 2002, encontram-se fora da União: Suiça e Noruega (Ver Gráfico).

O Euro foi fixado irrevogavelmente em 200,482 escudos.

Actualmente, o Sistema Europeu de Bancos Centrais é formado pelo BCE e pelos bancos centrais nacionais dos 27 Estados-Membros da União Europeia. Os Estados-Membros participantes na área do euro são 17: Bélgica, Alemanha, Estónia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Itália, Chipre, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Áustria, Portugal, Eslovénia, Eslováquia e Finlândia, pelo que os respectivos bancos centrais e o BCE fazem parte do Eurosistema.

A principal desvantagem da adopção do Euro resulta da perda de autonomia, por parte dos governos, na condução das políticas monetária e cambial, pois as decisões a este nível são tomadas pelo Banco Central Europeu (BCE).
Antes da adopção do Euro, Portugal e outros países, recorriam à desvalorização da moeda como estratégia para baixar artificialmente o preço das exportações, tornando-as mais competitivas. Simultaneamente, as importações ficavam mais caras, contribuindo para a redução destas. Este mecanismo permitia a promoção do equilíbrio da balança de pagamentos sem que as empresas ficassem mais competitivas, e sem que os indivíduos sentissem imediatamente a redução do poder de compra que efectivamente perdiam.

Pretende-se alargar o Euro a outros Estados-Membros porque elimina os riscos de taxa de câmbio entre os países que o adoptam, baixando, por conseguinte, as taxas de juro. Permite a esses países beneficiarem das vantagens da estabilidade de preços – o objetivo primordial do BCE. Abre também o caminho para um mercado de capitais integrado, líquido e profundo. Nas suas viagens na área do euro, as pessoas já não precisam de trocar dinheiro e de pagar os correspondentes custos de transacção.

Podes aprender mais sobre o Euro, até com jogos e apresentações interactivas na Escola do Euro/BCE.

Constrói um PowerPoint de 10 slides no Google Drive e partilha o respectivo link no teu blogue, utilizando os recursos indicados.

Outros Recursos
Perguntas mais frequentes sobre o alargamento da União Europeia e a União Económica e Monetária, BCE.
http://www.ecb.europa.eu/euro/html/index.pt.html
E outros links neste post.

Comércio – noção e tipos Dezembro 26, 2012

Posted by netodays in distribuição.
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A indústria refere-se ao conjunto de tarefas através das quais se processa a transformação das matérias-primas em produtos acabados, envolvendo as ciências da engenharia e dos materiais, economia dos recursos humanos, energéticos, financeiros, etc. produzindo bens para repor os stocks em armazém.

As missões “pouco nobres” de contactar possíveis compradores cabiam aos comerciantes: lojistas do retalho, caixeiros-viajantes, vendedores ambulantes, feirantes e outros.

Entretanto hoje reconhece-se a importância específica da actividade comercial e do transporte dos produtos, agrupadas sob o conceito de distribuição, que estabelece a ligação entre os produtores e os consumidores. O seu estudo engloba a distinção de diversos circuitos de distribuição e de tipos de comércio.

Em resultado da intensificação da globalização o comércio tem crescido a um ritmo superior ao da produção. As impressoras 3D ainda se encontram numa fase em que nos parecem ficção científica, mas o seu desenvolvimento redesenhará as redes de distribuição e as sociedades (cenário 3 do estudo Delivering Tomorrow, da DHL).

Recursos

http://www.infopedia.pt/$canal-de-distribuicao

Manual de Vendas e Distribuição (pp. 13-28), Fundação Calouste Gulbenkian, Millennium BCP

Circuitos de Distribuição e Métodos de Venda

Canais de Distribuição no Sector Têxtil

Apresentação da Cadeia de Logística (suporte físico) num Mestrado de Gestão

Apresentação desta matéria no slideshare

Apresentação desta matéria num blogue

Apresentação no Google Drive (só os primeiros 10 slides são sobre este tema)

ManuaL, pp. 136-148.

IMPORTANTE: A apresentação deve corresponder aos objectivos deste tema e listar no final todos os recursos utilizados.

Constrói um PowerPoint de 20 slides no Google Drive e partilha o respectivo link no teu blogue, utilizando os recursos indicados.

portugal needs partial debt renegotiation Dezembro 24, 2012

Posted by netodays in mentira colossal, Troika.
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Procurando do Google portugal needs partial debt renegotiation encontramos 140.000 resultados. É verdade que os media foram incompetentes, mas a história do economista da ONU traz-me à memória uma quadra de Aleixo:

Para a mentira ser segura
e atingir profundidade,
deve trazer à mistura
qualquer coisa de verdade…
(António Aleixo)

Todos foram levados porque a proposta até tem fundamento, reconhecendo que parcialmente, a dívida seria da responsabilidade da própria União Europeia, que nos está a cobrar juros agiotas.

Finalmente começamos a gostar de Miguel Relvas Dezembro 20, 2012

Posted by netodays in Relvas.
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Miguel Relvas inexplicavelmente não foi demitido. Toda a gente sabe que o homem está lá a mais, menos o primeiro-ministro, e finalmente parece ter-se iniciado um novo ciclo político, porque onde Miguel Relvas toca, estraga o negócio. Isto é, agora cada vez abre a boca sobre um negócio/candidato etc. ele perde. Podemos dizer que Miguel Relvas começou a trabalhar para a oposição. Depois do beijo de morte que deu a Fernando Seara, foi a vez do seu amigo Germán Efromovich falhar a compra da TAP.

Análise Económica da Conjuntura II Dezembro 7, 2012

Posted by netodays in conjuntura.
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A partir do site Conhecer a Crise.
1. Comente a evolução de cada um dos seguintes indicadores (e suas componentes, quando apresentadas):
– PIB
– Valor Acrescentado Bruto
– Utilização da Capacidade da Indústria Transformadora
– Financiamento da Economia
– Nº de Desempregados
– Despesas das Famílias
– Finanças Públicas (Défice e Dívida)
– Outros dois indicadores à sua escolha

2. Faça um comentário global à conjuntura económica.

Vitor Gaspar: Ao serviço de DEUS PAI-Credores Dezembro 6, 2012

Posted by netodays in Troika, Vítor Gaspar.
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Quem governa Portugal? Quem governa a Grécia? Ambos os países pertencem à Área Euro e tem as linhas mestras da sua política económica definidas por um “programa de ajustamento estrutural” conduzido pela Troika. O objectivo destes programas é claro. Não se trata de “ajudar” a estruturar coisa alguma, mas apenas de assegurar financiamento para que não fiquem na impossibilidade de satisfazer o serviço da dívida que têm para com os credores.

Até aqui Portugal tem o seguido o caminho do “bom aluno”, com um Governo que sistematicamente se orgulha de “ir além da Troika”, precisamente porque acreditámos que assim nos tratariam melhor, em função do nosso “esforço”. Nessa perspectiva Juncker defendeu o “princípio de igualdade de tratamento” como aconselharia o mínimo bom senso, e o nosso Gasparzito confirmou o mesmo princípio, como quem exibe os resultados do seu trabalho.

Porém, rapidamente o super-ministro das finanças alemão (DEUS PAI-Credores) nos recordou que Portugal só beneficiará das condições concedidas à Grécia quando estiver igualmente destruído, isto é, “depois de um *perdão voluntário* de credores privados”.

Até chegarmos à situação da Grécia – o que acontecerá rapidamente em resultado dos juros agiotas – esta será apontada como “caso único” que o “bom aluno” não deverá seguir, e após a palavras de DEUS PAI-Credores, o nosso obediente Gasparzito desdisse o que havia afirmado na véspera, atribuindo as suas próprias palavras a uma “simplificação excessiva de assuntos complexos”, “mal entendidos”, etc.

Conclusão: Os portugueses apenas votaram num partido que chamou o Gasparzito para este serviço, mas ele sente-se como um simples funcionário de DEUS PAI-Credores, evocando os princípios que forem convenientes à sua narrativa.

Análise Económica da Conjuntura Dezembro 3, 2012

Posted by netodays in conjuntura, Economia Portuguesa.
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Extraiu-se dos INDICADORES DE CONJUNTURA, 11/2012, publicados pelo BdP o seguinte quadro:

1. O PIB em 2011, relativamente a 2010 cresceu 1,5%, mas o ritmo foi caindo, porque no III trimestre de 2011 (relativamente ao III trimestre de 2010) cresceu apenas 1,3%, e no IV trimestre de 2011 ainda cresceu a um ritmo inferior, 0,6%. Em 2012 continuou a agravar-se a recessão, começando o I trimestre com crescimento nulo, que passou a -0,4% no II e -0,6% no III.
Analisa a evolução das diferentes componentes da procura global.

2. O Índice de Produção Industrial até registou no III trimestre de 2011 (3,6%) um crescimento superior ao anual (3,4%), mas no IV trimestre de 2011 a produção industrial começou a cair (-0,2%) a um ritmo que tem continuado a agravar-se: -1,6% no I trimestre de 2012, -2,3% no II e -2,6 no III. Considerando os valores acumulados de 2012 até Setembro, este indicador caiu -2,1% relativamente a 2010.
Analisa as diversas componentes dos indicadores de actividade.

3. Analisa os indicadores de confiança.

Política porca Dezembro 2, 2012

Posted by netodays in Socratelândia.
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Os governantes vão tomando as decisões que lhes interessam enquanto a populaça é entretida a discutir pint*. Por exemplo, caiu o Carmo e a Trindade quando Passos falou da possibilidade de propinas no ensino secundário, que até já existem com valores simbólicos, e toda a gente vai discutindo parvoíces destas na vã tentativa de encontrar os célebres 4 mil milhões de euros, que correspondem a 2,4% do PIB de 2011, enquanto se deixam passar em claro as negociatas em curso nas privatizações, que representam 16,6% do PIB, um valor 7 vezes superior!

Já calculou quando ganharia se recebesse uma comissãozita de 2% pela venda do país ao desbarato?

Exames Nacionais de 2012 – A produção de bens e de serviços Dezembro 2, 2012

Posted by netodays in exames.
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Nesta tarefa apresentam-se as questões de Contabilidade Nacional que saíram nas 3 provas do Exame de Economia em 2012. Encontram-se outras provas de exame em www.gave.pt

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CORRECÇÃO