jump to navigation

Instituições sociais Março 31, 2012

Posted by netodays in Instituições sociais.
add a comment

“Denominar-se-á instituição (Anstalt) uma associação cujos ordenamentos estatuídos, dentro de um domínio especificável, são impostos de modo (relativamente) eficaz a toda a acção segundo determinadas características dadas” (Weber, 2000:80).

Lakatos cita Joseph Fichter (1995:166) apresentando o conceito de instituição social: “uma estrutura relativamente permanente de padrões, papéis e relações que os indivíduos realizam segundo determinadas formas sancionadas e unificadas com o objectivo de satisfazer necessidades sociais básicas”.

As características das instituições são:
Finalidade ou Função. Satisfação das necessidades sociais.
Conteúdo relativamente permanente. Padrões, papéis e relações entre indivíduos da mesma cultura.
Serem estruturadas. Há coesão entre os componentes, em virtude de combinações estruturais de padrões de comportamento.
Estrutura unificada. Cada instituição, apesar de não ser completamente separada das demais, funciona como uma unidade.
Possuem valores. Código de conduta.

Todas as instituições devem ter função e estrutura. Função é a meta ou propósito do grupo, cujo objectivo seria regular as necessidades. A Estrutura é composta de pessoal (elementos humanos); equipamentos (aparelhagem material ou imaterial); organização (disposição do pessoal e do equipamento, observando-se uma hierarquia-autoridade e subordinação); comportamento (normas que regulam a conduta dos indivíduos).

Veja-se como exemplo a empresa industrial. Possui função, produz bens e serviços para gerar lucros; e estrutura, que se subdivide em pessoal (direcção, funcionários administrativos e operários), equipamento ((1) imóveis, máquinas e equipamentos materiais, e (2) marca e reputação (imateriais)), organização (democrática ou autocrática, centralizada ou descentralizada) e comportamentos, normas para a constituição e funcionamento, direitos e deveres regulados pelas leis vigentes e pelos estatutos.

As principais instituições sociais são a Família, a Igreja, o Estado, a Empresa e a Escola.

A Família, em geral, é considerada o fundamento básico e universal das sociedades, por se encontrar presente em todos os agrupamentos humanos. Igreja. Durkheim definiu a religião como “um sistema unificado de crenças e práticas relativas a coisas sagradas, isto é, a coisas colocadas à parte e proibidas – crenças e práticas que unem numa comunidade única todos os que as adoptam” (Lakatos, 1995, 179).

Por Estado “entender-se-á uma função institucional política, quando e na medida em que o seu quadro administrativo reclama com êxito o monopólio legítimo da coacção física para a manutenção das ordenações” (Weber, 2000:83).

Após a Revolução Industrial, a Família perde grande parte das suas funções económicas, que se transferem para uma variedade de outras organizações, como as Empresas e Estado. Só a partir de então este adquire capacidade para intervir na actividade económica.

É inútil julgarmos que educamos os nossos filhos como pretendemos. É que somos obrigados a seguir as regras que imperam no meio social em que vivemos. É a opinião quem nos impõe essas regras, e a opinião é uma força moral cujo poder constrangedor não é inferior ao das coisas físicas. (…) A Escola é o sistema educativo de um país numa época. Cada povo tem o seu, como tem o seu sistema moral, religioso, económico, etc. (Durkheim, 2001: 32).

1. Justifique a perda de importância da Igreja enquanto instituição, na actualidade, referindo:
a) A globalização;
b) A escolarização; e
c) A urbanização.

2. Verifique se o namoro é uma instituição:
a) Na perspectiva Weber;
b) Na perspectiva de Fichter.

Sugestão de Leitura sobre o namoro
Qual é a função do namoro? A resposta parece variar em função das gerações inquiridas. Para as avós qualquer contacto era interdito até à noite do casamento. Hoje os parceiros conhecem-se antes. Não será esta a finalidade/função do namoro?

Nas gerações mais velhas, sobretudo para as avós (…) os namoros são descritos como amizades onde a aproximação entre os protagonistas repousa sobre um compromisso pouco rígido, e onde não parece haver lugar para grandes experimentações ou contactos físicos; (…) enquanto nas gerações mais velhas prevalece uma moral sexual mais conservadora, institucionalizadora e defensora do puritanismo sexual, os jovens transportam uma nova ética, mais experimentalista e fragmentada, “onde há lugar para ligações fugazes e românticas; experiências pré-matrimoniais e coabitacionais; iniciações sexuais precoces e relações heterogâmicas; sendo, finalmente, observável uma relativa tolerância a diversas formas de sexualidade socialmente ou ideologicamente consideradas mais ‘periféricas’”.
Fonte: http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/438.pdf

Estudos e Representações Março 20, 2012

Posted by netodays in Método científico, representações.
add a comment

Quem utiliza linguagem vulgar nunca refere esse aspecto. Só o método científico sente necessidade de precisar exactamente o  seu objecto de estudo: as representações. Assim, o título da imagem B pode parecer uma armadilha 😉  [Clique nas imagens para verificar a sua origem]

Realmente não foi armadilha… foi quase igual à questão 6 deste post, respondida aqui.

Sugestões de questões de partida e objectivos Março 12, 2012

Posted by netodays in trabalho de grupo.
add a comment

As hipóteses do trabalho derivam da pergunta de partida e dos objectivos da investigação.  (recordeEtapas do Processo de Investigação) Sugere-se abaixo uma questão de partida e três objectivos para cada grupo, esperando que a partir daqui tenham facilidade em definir hipóteses (aconselha-se uma por cada objectivo) e a formular questões para questionários guiões de entrevistas. Para cada objectivo serão necessárias várias perguntas. Isto deve ficar terminado até ao final do 2º período.



Ver sugestões para cada grupo

Bibliografia DM Março 7, 2012

Posted by netodays in Bibliografia.
add a comment

Bibilografia Março 5, 2012

Posted by netodays in Bibliografia, Projecto.
add a comment

O direito de entender os documentos Março 2, 2012

Posted by netodays in iletracia.
add a comment

“Escrever para que a avó compreenda”, é o conselho dado aos especialistas que nos infernizam a vida com documentos incompreensíveis. Sandra Fisher-Martins cita mesmo Einstein na sua apresentação: “Se não consegues escrever sobre um assunto de uma forma simples, é porque na verdade não o percebes” (13:05).

Levantou-lhe o faldistério! Março 1, 2012

Posted by netodays in Acorrdo Ortográfico, piadas.
add a comment

O faldistério, não fazia parte do meu vocabulário até ler esta imagem quer recebi por mail de uma sentença de 1771, que tomo como fidedigna.

Enquanto estou a lutar contra o computador, só para continuar a escrever de acordo com a antiga grafia, esta imagem evidencia que nas línguas vivas, mesmo sem necessidade acordos grafados na lei, se registam alterações nas regras gramaticais, palavras que morrem,…. porque em relação a palavras novas é fácil demais encontrar exemplos na Internet 😉 Sorry 😉

A língua é uma construção social, mas desta vez, quem aprovou o acordo até conseguiu que a Microsoft integrasse o novo conversor numa actualização rotineira do Windows Update, instalando-o sem eu dar por isso! fdp

Assim certamente que muitos já começaram a utilizar o novo acordo sem sequer dar por isso, quando mais discutir o assunto e tomar uma posição. E viva a democracia electrónica! Exactamente, com cê.

O que fazemos com os questionários e as entrevistas? Março 1, 2012

Posted by netodays in trabalho de grupo.
add a comment

Depois de definidas as hipóteses deverá ser redigido um questionário e um guião de entrevistas. O ideal seria aproveitar o espaço de descontracção das férias da Páscoa para te divertires a aplicar questionários e a realizar entrevistas, ficando o 3º período para análise de resultados e redacção do relatório.

Mas o que fazemos depois com os questionários e as entrevistas?

No mínimo podem transcrever umas expressões que sejam significativas pela sua expressividade, e arrumá-las de modo a tentarem explicar as vossas hipóteses, como se faz em muitos livros como este. Até têm uma boa desculpa para não dispor de uma base de dados que permita descobrir as “regularidades sociais”… o tempo foi escasso…

Evidentemente, se conseguirem demonstrar que seguiram as etapas do processo científico de investigação (realizando leituras, desenvolvendo a problemática, construindo um modelo de análise), isso tem um valor superior à mera aplicação de técnicas.