“Denominar-se-á instituição (Anstalt) uma associação cujos ordenamentos estatuídos, dentro de um domínio especificável, são impostos de modo (relativamente) eficaz a toda a acção segundo determinadas características dadas” (Weber, 2000:80).
Lakatos cita Joseph Fichter (1995:166) apresentando o conceito de instituição social: “uma estrutura relativamente permanente de padrões, papéis e relações que os indivíduos realizam segundo determinadas formas sancionadas e unificadas com o objectivo de satisfazer necessidades sociais básicas”.
As características das instituições são: – Finalidade ou Função. Satisfação das necessidades sociais. – Conteúdo relativamente permanente. Padrões, papéis e relações entre indivíduos da mesma cultura. – Serem estruturadas. Há coesão entre os componentes, em virtude de combinações estruturais de padrões de comportamento. – Estrutura unificada. Cada instituição, apesar de não ser completamente separada das demais, funciona como uma unidade. – Possuem valores. Código de conduta.
Todas as instituições devem ter função e estrutura. Função é a meta ou propósito do grupo, cujo objectivo seria regular as necessidades. A Estrutura é composta de pessoal (elementos humanos); equipamentos (aparelhagem material ou imaterial); organização (disposição do pessoal e do equipamento, observando-se uma hierarquia-autoridade e subordinação); comportamento (normas que regulam a conduta dos indivíduos).
Veja-se como exemplo a empresa industrial. Possui função, produz bens e serviços para gerar lucros; e estrutura, que se subdivide em pessoal (direcção, funcionários administrativos e operários), equipamento ((1) imóveis, máquinas e equipamentos materiais, e (2) marca e reputação (imateriais)), organização (democrática ou autocrática, centralizada ou descentralizada) e comportamentos, normas para a constituição e funcionamento, direitos e deveres regulados pelas leis vigentes e pelos estatutos.
As principais instituições sociais são a Família, a Igreja, o Estado, a Empresa e a Escola.
A Família, em geral, é considerada o fundamento básico e universal das sociedades, por se encontrar presente em todos os agrupamentos humanos. Igreja. Durkheim definiu a religião como “um sistema unificado de crenças e práticas relativas a coisas sagradas, isto é, a coisas colocadas à parte e proibidas – crenças e práticas que unem numa comunidade única todos os que as adoptam” (Lakatos, 1995, 179).
Por Estado “entender-se-á uma função institucional política, quando e na medida em que o seu quadro administrativo reclama com êxito o monopólio legítimo da coacção física para a manutenção das ordenações” (Weber, 2000:83).
Após a Revolução Industrial, a Família perde grande parte das suas funções económicas, que se transferem para uma variedade de outras organizações, como as Empresas e Estado. Só a partir de então este adquire capacidade para intervir na actividade económica.
É inútil julgarmos que educamos os nossos filhos como pretendemos. É que somos obrigados a seguir as regras que imperam no meio social em que vivemos. É a opinião quem nos impõe essas regras, e a opinião é uma força moral cujo poder constrangedor não é inferior ao das coisas físicas. (…) A Escola é o sistema educativo de um país numa época. Cada povo tem o seu, como tem o seu sistema moral, religioso, económico, etc. (Durkheim, 2001: 32).
1. Justifique a perda de importância da Igreja enquanto instituição, na actualidade, referindo: a) A globalização; b) A escolarização; e c) A urbanização.
2. Verifique se o namoro é uma instituição: a) Na perspectiva Weber; b) Na perspectiva de Fichter.
Sugestão de Leitura sobre o namoro Qual é a função do namoro? A resposta parece variar em função das gerações inquiridas. Para as avós qualquer contacto era interdito até à noite do casamento. Hoje os parceiros conhecem-se antes. Não será esta a finalidade/função do namoro?
Nas gerações mais velhas, sobretudo para as avós (…) os namoros são descritos como amizades onde a aproximação entre os protagonistas repousa sobre um compromisso pouco rígido, e onde não parece haver lugar para grandes experimentações ou contactos físicos; (…) enquanto nas gerações mais velhas prevalece uma moral sexual mais conservadora, institucionalizadora e defensora do puritanismo sexual, os jovens transportam uma nova ética, mais experimentalista e fragmentada, “onde há lugar para ligações fugazes e românticas; experiências pré-matrimoniais e coabitacionais; iniciações sexuais precoces e relações heterogâmicas; sendo, finalmente, observável uma relativa tolerância a diversas formas de sexualidade socialmente ou ideologicamente consideradas mais ‘periféricas’”. Fonte: http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/438.pdf
Quem utiliza linguagem vulgar nunca refere esse aspecto. Só o método científico sente necessidade de precisar exactamente o seu objecto de estudo: as representações. Assim, o título da imagem B pode parecer uma armadilha 😉 [Clique nas imagens para verificar a sua origem]
As hipóteses do trabalho derivam da pergunta de partida e dos objectivos da investigação. (recordeEtapas do Processo de Investigação) Sugere-se abaixo uma questão de partida e três objectivos para cada grupo, esperando que a partir daqui tenham facilidade em definir hipóteses (aconselha-se uma por cada objectivo) e a formular questões para questionários e guiões de entrevistas. Para cada objectivo serão necessárias várias perguntas. Isto deve ficar terminado até ao final do 2º período.
“Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.” Bertolt Brecht, escritor/ poeta/dramaturgo alemão (1898-1956)
Toda a gente sabe, ou pensa que sabe, quem são os indivíduos desviantes – pessoas que se recusam a viver de acordo, com as regras pelas quais se rege maioria da população. São criminosos violentos, drogados ou marginais, gente que não se encaixa no que a maior parte das pessoas define como padrões normais de comportamento aceitável. Contudo, as coisas não são exactamente o que parecem – uma lição que se aprende com frequência em Sociologia, porque esta nos incentiva a olhar para além do óbvio.
As nossas actividades desmoronar-se-iam se não cumpríssemos as regras que definem certos tipos de comportamento como correctos em determinados contextos e outros como inapropriados. Um comportamento civilizado na estrada, por exemplo, seria impossível se os condutores não respeitassem a regra de conduzir à direita. Poderá pensar-se que aqui não há desviantes, a não ser em caso de condução negligente ou sob influência do álcool. Contudo, se pensa desta forma está enganado. A maioria dos condutores é constituída não apenas por indivíduos desviantes mas por criminosos também, na medida em que a maioria das pessoas, sempre que a polícia de trânsito não está à vista, conduz bem acima dos limites de velocidade.
Todos nós tanto desrespeitamos regras como as seguimos; todos somos também criadores de regras. Os condutores podem não circular a 120 km/h nas autoestradas nem a 100 km/h nas vias rápidas, mas a maioria dos condutores não ultrapassa os 140 km/h nas primeiras, nem os 120 km/h nas segundas, e tem tendência a reduzir a velocidade sempre que atravessam áreas urbanas.
Ninguém quebra todas as regras, assim como ninguém as respeita todas. Mesmo indivíduos que estão totalmente à margem da sociedade respeitável, como os assaltantes de bancos, seguirão as regras dos grupos a que pertencem.
O estudo do comportamento desviante é das áreas mais intrigantes e complexas da Sociologia, ensinando-nos que ninguém é tão normal quanto gosta de pensar. Ajuda-nos igual a perceber que aquelas pessoas cujo comportamento pode parecer estranho ou incompreensível, são seres racionais quando compreendemos a razão dos seus actos.
O desvio, tal como a conformidade às normas e regras sociais dependem do poder social para definir e impor os padrões de conduta, pelo que o desvio nunca poderá ser definido sem nos questionarmos: “as regras de quem?”.
O desvio pode ser definido como uma inconformidade em relação a determinado conjunto de normas aceite por um número significativo de pessoas. As normas são acompanhadas por sanções que promovem a conformidade (sanções positivas) e castigam a não conformidade (sanções negativas).
O desvio é o conjunto de comportamentos e de situações que os membros de um grupo consideram não conformes às suas expectativas, normas ou valores e que, por isso, correm o risco de suscitar condenação e sanções da sua parte. (Boudon, 1995:380) A definição de comportamento desviante pressupõe a existência de um universo normativo, estabelecendo os comportamentos padrão no mesmo grupo.
É habitual distinguir entre sanções físicas, sanções económicas, sanções religiosas e sanções especificamente sociais, que são mais diversas e numerosas. O grupo de amigos, a família e a pequena comunidade empregam fundamentalmente sanções sociais, que variam com a gravidade da falta.
O falatório, o diz-que-diz, a fofoca, o mexerico, a bisbilhotice são sanções poderosas e temidas, tanto mais eficazes quanto menor a comunidade; seu poder baseia-se principalmente nas possíveis deformações e amplificações da realidade. Por sua vez, a excentricidade, as acções consideradas ridículas dão origem a um outro tipo de sanção: a troça, a zombaria e o riso. A reprovação da conduta pode manifestar-se ainda através do silêncio, do olhar de censura, da careta e de outras expressões fisionómicas.
Na sociedade urbana, o anonimato, a mobilidade e os variados grupos existentes diminuem a eficácia de todos os tipos de sanções informais, criando a necessidade de outros meios de controlo social mais formais. Os controlos formais são obrigatórios para todos os indivíduos que participam num grupo, grande ou pequeno, onde são introduzidos. São formais: as leis, os decretos, e demais diplomas promulgados pelo Estado (resoluções, portarias, estatutos,…): os estatutos e regulamentos dos sindicatos, das empresas, dos clubes, das escolas e Universidades,…; os preceitos da Igreja.
A expressão “controlo social” geralmente é caracterizada nos dicionários como circunscrevendo uma temática relativamente autónoma de pesquisa, voltada para o estudo do “conjunto dos recursos materiais e simbólicos de que uma sociedade dispõe para assegurar a conformidade do comportamento de seus membros a um conjunto de regras e princípios prescritos e sancionados” (Boudon; Bourricaud, in ALVAREZ, 2004:169). http://www.scielo.br/pdf/spp/v18n1/22239.pdf
O controlo social já estava implícito na obra de Durkheim, apesar de ter desenvolvido outros conceitos, como anomia, solidariedade mecânica e orgânica, etc. Se o crime “ofende certos sentimentos coletivos dotados de uma energia e de uma clareza particulares” (Durkheim, ibidem), a pena é a reação colectiva que, embora aparentemente voltada para o criminoso, visa na realidade reforçar a solidariedade social entre os demais membros da sociedade e, consequentemente, garantir a integração social (…) no momento em que alguém desobedece às normas sociais e ameaça a ordem social.
Mas o termo “controlo social” ficará estabelecido pela Sociologia norte-americana para integrar os mecanismos de cooperação e de coesão voluntária da sociedade (Rothman, ibidem). Guy Rocher engloba o conjunto das sanções positivas e negativas no conceito de controlo social, afirmando ser o mesmo “o conjunto das sanções positivas e negativas a que a sociedade recorre para assegurar a conformidade das condutas aos modelos estabelecidos”.
1. Explica porque não é óbvio se um dado comportamento seja padrão ou desviante em Sociologia, apesar de aos nossos olhos nos parecer uma classificação elementar.
2. Mostra com dois exemplos do teu quotidiano que “todos nós tanto desrespeitamos regras como as seguimos, assim como também todos somos criadores de regras”.
3. Relaciona a conformidade das mulheres com o papel que lhes foi atribuído pelo poder social dominante (masculino) com a sua literacia.
4. Mostra que indivíduos habitualmente conformistas, podem assumir comportamentos tidos por desviantes em situações extremas.
5. Justifica porque o código moral é aquele que mais frequentemente nos impõe normas de conduta, relativamente às sanções impostas pelos grupos.
7. Comenta a violência do controlo social em MATRIX.
8. Dá dois exemplos de: a) Sanções físicas positivas; b) Sanções físicas negativas; c) Sanções económicas positivas; d) Sanções económicas negativas; e) Sanções religiosas positivas; f) Sanções religiosas negativas; g) Sanções formais; h) Sanções informais.
9. Retomando a expressão de Bertolt Brecht, discute (mínimo de 50 palavras) se te parece relativamente mais simples lutar pela definição do seu próprio estilo de vida ou aceitar um estilo de vida semelhante ao comum na sua cultura.
Dierick, S., & Dochy, F. J. R. C. (2001). New lines in edumetrics: new forms of assessment lead to new assessment criteria. Studies in Educational Evaluation, 27, 307–329.
“Escrever para que a avó compreenda”, é o conselho dado aos especialistas que nos infernizam a vida com documentos incompreensíveis. Sandra Fisher-Martins cita mesmo Einstein na sua apresentação: “Se não consegues escrever sobre um assunto de uma forma simples, é porque na verdade não o percebes” (13:05).
Os alunos não estão “naturalmente” dispostos a fazer o papel de aluno. Dito de outra forma, para começar, a situação escolar é definida pelos alunos como uma situação, não de hostilidade, mas de resistência ao professor. Isto significa que eles não escutam e nem trabalham espontaneamente, eles se aborrecem ou fazem outra coisa. Lá, na primeira aula, os alunos me testaram, eles queriam saber o que eu valia. Começaram então a conversar, a rir (…) É extremamente cansativo dar aula já que é necessário a toda hora dar tarefas, seduzir, ameaçar, falar (…) Por exemplo, quando a gente fala “peguem os vossos cadernos”, são cinco minutos de bagunças porque eles vão deixar cair suas pastas, alguns terão esquecidos seus cadernos, outros não terão lápis. Aprendi que para uma aula que dura uma hora, só se aproveitam uns vinte minutos, o resto do tempo serve para “botar ordem”, para dar orientações. (…) Talvez eu pudesse dizer que sentia dificuldade [em ensinar sem stress] porque meu status social (estatuto social) me permitia dizê-lo sem ter o sentimento de vergonha. Pode ser mais duro para um professor iniciante. (…) Mas numa sala de professores, nunca se fala disso, todo mundo parece ser um bom professor. Mesmo que a gente visse colegas chorando, ou outros que nunca vinham, que passavam pelo corredor. Entrevista a François Dubet, sociólogo francês
Os extractos transcritos da entrevista a François Dubet deixam claro que alunos e professores têm o seu ofício, interagindo representando os respectivos papéis sociais, que determinam os seus direitos, deveres, e funções.
(…) o bom aluno foi definido fundamentalmente como sendo portador em primeiro lugar de um conjunto de qualidades morais necessárias à vida escolar e secundariamente pelas suas qualidades intelectuais. São as qualidades morais, a atitude do aluno face ao trabalho escolar e aos professores que segundo estes determinam a sua adaptação escolar, num quadro de passividade e conformismo e são também elas que consequentemente facilitam ao professor o exercício da sua autoridade. Em contrapartida o mau aluno é definido pelo seu desinteresse escolar, inaptidão intelectuaI e indisciplina, qualidades que se oferecem como o reverso da medalha do bom aluno. Resumindo, «com boa vontade e muita atenção toda a criança se pode tornar um bom aluno». Mollo, S., (1979), A escola na sociedade, Edições 70, Lisboa.
Ao bom aluno corresponde o estatuto do social do bom, como ao mau corresponde o estatuto do mau. Isto é, de bons e maus alunos temos expectativas diferentes. O estatuto social determina modelos de comportamento, que indicam o que se pode esperar do individuo em cada situação (representando o seu papel) e da sociedade relativamente a ele (somos todos actores). Assim, a cada papel corresponde o respectivo estatuto, num jogo de codificação dos padrões de comportamento e de orientação das expectativas sociais que conferem previsibilidade às interacções sociais.
Pensando no conjunto da sociedade poderemos redefinir estatuto social como o conjunto de posições relativas a um indivíduo, correspondente à multiplicidade de papéis que desempenha. Podemos ser simultaneamente, homens, professores do ensino secundário, estudantes em regime de e-learning, filhos, parceiros, eleitores, sócios do Benfica, etc. Cada posição representa os seus níveis de prestígio e de poder, envolvendo compensações diferentes.
Os grupos privilegiados em termos de status incluem pessoas com grande prestígio na ordem social: bispos e juízes, por exemplo, na ordem social portuguesa. Os grupos sociais são conjuntos de indivíduos que interagem de modo sistemático uns com os outros. Podem ir de associações muito pequenas a organizações em grande escala ou sociedades. Independentemente do seu tamanho, uma das características de um grupo é a de os seus membros terem consciência de uma identidade comum. Grande parte da vida é passada em actividades de grupo; nas sociedades modernas, a maioria das pessoas pertence a diferentes e numerosos tipos de grupo (veja a Classificação de Georges GURVITCH).
Vivemos numa sociedade onde os recursos económicos, culturais, sociais e simbólicos se encontram inequitativamente distribuídos. Os atributos impostos ao indivíduo pela natureza definem o respectivo estatuto atribuído (homem, português, branco, etc.). A escola é o agente de socialização por excelência destinado aos inconformistas, que investindo no seu futuro, poderão ocupar posições melhor remuneradas. Para o exercício de uma profissão especializada será necessário adquirir uma preparação específica previamente. Ao desempenho desses papéis, consequência de sucessivas acções desenvolvidas pelos indivíduos corresponde o estatuto adquirido (professor, parceiro, etc.).
Os indivíduos adquirem durante a socialização primária a cultura do seu grupo social através da família. Os inconformistas tentarão socializar-se de forma autónoma em culturas socialmente mais valorizadas que as dos seus grupos de pertença. Encontram-se mobilizados para adquirir a cultura do grupo em que pretendem integrar-se, designado grupo de referência (vg., querer ser médico). O indivíduo que aspira a ser médico adoptará estilos de vida, padrões de linguagem e comportamentos caracterizadores do respectivo grupo de referência. Provavelmente os seus amigos não irão gostar que ele fale tão frequentemente de doenças e descreva a respectiva sintomatologia. Este processo de adopção dos padrões de comportamento de um grupo de referência designa-se socialização por antecipação.
1. “Identificar o aluno com o aprendente é impedi-lo de pensar o papel que os adultos lhe atribuem e o modo como o estudante vive esse papel; é esquecer que o “ofício” de aluno é consignado às crianças e aos adolescentes como um ofício “estatutário”, do mesmo modo que um adulto é mobilizado pelo Estado para se apresentar perante o júri, ou para ingressar no exército. Juridicamente, o trabalho escolar está mais próximo dos trabalhos forçados que de uma profissão livremente escolhida. Uma fracção dos alunos faz da necessidade virtude e realiza, sem dificuldade, o seu percurso escolar; outros resistem abertamente e desencadeiam a fúria dos que lhe “querem bem”; outros, ainda, fingem aderir às regras do jogo“. Philippe Perrenoud, Ofício de aluno e sentido do trabalho escolar
a) Confirma a tese do ofício “estatutário” de aluno consultando os artº 90º e 91º (p. 55) do Regulamento Interno. * Backup b) Explica porque uma fracção dos jovens “fingem aderir às regras do jogo”, utilizando a metáfora do ofício e os conceitos sociológicos apropriados. c) Identifica três grupos sociais no texto e classifica-os quanto ao conteúdo, amplitude e duração utilizando a classificação de GURVITCH.
2. No início da entrevista de François Dubet (primeiras 5 linhas) este sociólogo francês refere como motivo para ter experimentado ser professor, a sua desconfiança relativamente a “um tipo de encenação um pouco dramática” que os professores fazem do seu trabalho. Comenta esta encenação utilizando conceitos sociológicos.
3. “No final das contas, achei que a descrição que os professores entrevistados faziam na pesquisa era bastante correcta. Realmente, a relação escolar é a priori desregulada. Cada vez que se entra na sala, é preciso reconstruir a relação: com este tipo de alunos, ela nunca se torna rotina. É cansativa, cada vez, é preciso lembrar as regras do jogo; cada vez, é preciso reinteressá-los, cada vez, é preciso ameaçar, cada vez, é preciso recompensar (…)” Entrevista de François Dubet (pouco antes do meio) Comenta a multiplicidade de papéis desempenhados por Dubet (investigador e professor) do ponto de vista: a) do necessário distanciamento que a Sociologia exige ao investigador; b) da necessidade que o investigador tem de compreensão da realidade para melhor a explicar.
4. “Talvez eu pudesse dizer que sentia dificuldade [em ensinar sem stress] porque meu status social me permitia dizê-lo sem ter o sentimento de vergonha. Pode ser mais duro para um professor iniciante”. Entrevista de François Dubet Explicita o conceito de estatuto adquirido, comentando Dubet. *5. O estatuto social codifica padrões de comportamento. a) Indica cinco padrões de comportamento associados aos bons alunos, partindo da amostra do livro Ser Bom Aluno, ‘Bora Lá? b) Indica cinco comportamentos esperados de um bom professor, utilizando os testemunhos recolhidos por FELOUZIS.
7. “(…) os professores mais eficientes são em geral aqueles que acreditam que os alunos podem progredir, aqueles que têm confiança nos alunos. Os mais eficientes são também professores que vêem os alunos como eles são e não como eles deveriam ser”. Final da Entrevista de François Dubet Relacionando a argumentação de Dubet com a de Mollo, a socialização por antecipação será uma (1) decisão individual ou uma (2) resultante da interacção social? Justifica.
(*)NOTA: Esta questão é particularmente útil para explicitar melhor os objectivos do Trabalho Anual.
O faldistério, não fazia parte do meu vocabulário até ler esta imagem quer recebi por mail de uma sentença de 1771, que tomo como fidedigna.
Enquanto estou a lutar contra o computador, só para continuar a escrever de acordo com a antiga grafia, esta imagem evidencia que nas línguas vivas, mesmo sem necessidade acordos grafados na lei, se registam alterações nas regras gramaticais, palavras que morrem,…. porque em relação a palavras novas é fácil demais encontrar exemplos na Internet 😉 Sorry 😉
A língua é uma construção social, mas desta vez, quem aprovou o acordo até conseguiu que a Microsoft integrasse o novo conversor numa actualização rotineira do Windows Update, instalando-o sem eu dar por isso! fdp
Assim certamente que muitos já começaram a utilizar o novo acordo sem sequer dar por isso, quando mais discutir o assunto e tomar uma posição. E viva a democracia electrónica! Exactamente, com cê.
Depois de definidas as hipóteses deverá ser redigido um questionário e um guião de entrevistas. O ideal seria aproveitar o espaço de descontracção das férias da Páscoa para te divertires a aplicar questionários e a realizar entrevistas, ficando o 3º período para análise de resultados e redacção do relatório.
Mas o que fazemos depois com os questionários e as entrevistas?
No mínimo podem transcrever umas expressões que sejam significativas pela sua expressividade, e arrumá-las de modo a tentarem explicar as vossas hipóteses, como se faz em muitos livros como este. Até têm uma boa desculpa para não dispor de uma base de dados que permita descobrir as “regularidades sociais”… o tempo foi escasso…
Evidentemente, se conseguirem demonstrar que seguiram as etapas do processo científico de investigação (realizando leituras, desenvolvendo a problemática, construindo um modelo de análise), isso tem um valor superior à mera aplicação de técnicas.