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Há pessoas que se conseguem desplafonar Abril 28, 2012

Posted by netodays in justiça, Passos Coelho, Troika.
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Há pessoas que se conseguem desplafonar. Mas como é que poderiam viver com menos de 21.000 euros?

Exame de Sociologia Abril 26, 2012

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Já se encontra disponível a informação sobre a prova de exame de Sociologia de 2012.

O exame tem por referência o Programa da disciplina de Sociologia em vigor (homologado em 2005), e de um modo geral, a estrutura das provas desta disciplina disponíveis em www.gave.min-edu.pt (código 144).

Esta informação ainda não foi aprovada pelo Grupo Disciplinar e pelo Conselho Pedagógico, encontrando-se sujeita a eventuais alterações. Nesse caso o post será actualizado.

25 de Abril de 2012 Abril 25, 2012

Posted by netodays in 25Abril.
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Depois de tanto ter escrito, ainda não tinha nenhuma etiqueta “25 de Abril”. É significativo. Só damos valor às coisas quando sentimos o risco de as perder.

O 25 de Abril foram três promessas: Descolonizar, Democratizar e Desenvolver.

O Desenvolvimento do país foi deixado para as calendas gregas, e desde modo já é a qualidade da Democracia que se questiona.

Custos por hora de trabalho em Portugal são dos mais baixos da Europa Abril 24, 2012

Posted by netodays in trabalho.
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Fonte: Labour costs in the EU27 in 2011, 63/2012 – 24 April 2012

    Entre os 17 países da zona euro, só em três é que os trabalhadores são mais baratos do que em Portugal. Segundo os dados publicados hoje pelo Eurostat, os portugueses são dos que custam menos às empresas por cada hora trabalhada.

    Em 2011, o Eurostat estima que esse custo tenha sido de 12,1 euros por hora em Portugal, o que representa subida muito ligeira face ao ano anterior (12 euros). Em 2009 e 2008, os custos de trabalho estavam nos 11,9 e 11,5 euros, respetivamente.
    Dinheiro Vivo

Sonhámos com a convergência real ao Norte da Europa, mas realmente estamos a convergir mais com a China 😉

Vantagens do casamento Abril 22, 2012

Posted by netodays in amor.
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– Quais são as vantagens do casamento?

– Economia e conforto.

– Eh pá, isso é uma carrinha a gasóleo!

Investigação em TIC e em Educação Abril 22, 2012

Posted by netodays in investigação.
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Este slide resume as características da investigação em TIC na Educação que se fez em Portugal no período 2005-2011.

A técnica mais comum é o estudo de caso.

Os trabalhos desenvolvem-se geralmente no âmbito de teses de mestrado.

O ensino básico constitui o nível mais estudado.

Moralidade e Valores Sociais na perspectiva de Émile Durkheim Abril 15, 2012

Posted by netodays in Durkheim, moralidade, Valores.
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Interrogarmo-nos sobre quais os elementos da moralidade não significa elaborar uma lista completa de todas as suas virtudes, nem sequer das mais importantes; significa procurarmos as disposições fundamentais, os estados de espírito que constituem a raiz da vida moral. (…) Os moralistas partem do princípio que cada um de nós trás tudo o que à moral é essencial. (…) Tudo quanto o moralista pode afirmar, após se haver interrogado, é a maneira segundo a qual ele concebe a moral, é a ideia que dela faz pessoalmente. Mas, por que motivo, a ideia que ele faz dela seria mais objectiva do que a ideia objectiva que o vulgo tem acerca do calor, da luz ou da electricidade? Admitamos que a moral reside integralmente imanente em cada consciência. Falta ainda descobri-la. Falta ainda descobrir, dentre todas as ideias que em nós se encerram, quais as que são de competência moral e quais as que não o são (Durkheim, 2001. p. 94-95).

Há uma característica comum a todas as acções que vulgarmente denominamos morais: é agirmos de conformidade com regras preestabelecidas. Comportarmo-nos moralmente, é agirmos em determinado caso, antes mesmo de termos sido solicitados a tomar uma resolução. O domínio da moral é domínio do dever, e o dever é uma acção prescrita (Durkheim, 2001, p. 96).

As sensações, as apetências físicas, limitam-se a exprimir o estado do corpo, não as ideias puras e os sentimentos complexos. Sobre essas forças eminentemente espirituais, só um poder, igualmente espiritual, será capaz de actuar. Esse poder espiritual é a autoridade, inerente às regras morais.

Graças a esta autoridade, as regras morais são autênticas forças contra as quais vêm embater os nossos desejos, as nossas carências, as nossas apetências de toda a ordem. (…) Essas forças têm em si tudo o que é preciso para obrigar a vergar as vontades, a constrangê-las, a sustê-las, a incliná-las neste ou naquele sentido. Logo, podemos afirmar, sem recorrermos a uma metáfora, que elas são “forças”. (…) Quando o homem, sensatamente constituído, procura cometer algum acto que ofende a moral, sente qualquer coisa que o detém (Durkheim, 2001, p. 112).

Os fins pessoais, em si mesmos, são de duas espécies: (1) ou procuramos, pura e simplesmente, manter-nos vivos, conservarmos o nosso ser, colocá-lo ao abrigo de causas destruidoras que o ameaçam; ou (2) procuramos engrandecê-lo e desenvolvê-lo. Ponto (1). Os actos que praticamos com a única e simples finalidade de mantermos a nossa existência, podem, seguramente, não ser de forma alguma reprováveis; mas é incontestável que, aos olhos da consciência pública, eles se apresentam, como sempre se apresentaram, despidos de qualquer valor moral. São moralmente neutros. Nós não dizemos que alguém se comporta moralmente quando cuida de si, quando pratica uma higiene sã, e isso com a finalidade de viver. Achamos o seu comportamento avisado, prudente, mas não consideramos aplicar-lhe qualquer qualificação moral. Nada existe de moral em viver por viver.

Ponto (2). Outro tanto não acontece, quando velamos pela nossa vida, não somente para nos conservarmos a nós mesmos, mas para podermos conservar-nos para a nossa família, visto sentirmos que lhe somos necessários. Então, o nosso acto é unanimemente considerado moral. A moralidade do acto reside na subordinação do indivíduo aos interesses da sociedade. (Durkheim, 2001, p. 124-125)

Se uma moral existe, ela deve necessariamente ligar o homem a objectivos que ultrapassem o âmbito dos interesses individuais. (…) Só a sociedade pode servir de objectivo à actividade moral (…) a sociedade é necessariamente útil ao indivíduo, devido aos serviços que lhe presta, e que, por tal motivo, ele deve querê-la já que nisso tem interesse. (…) O homem expõe-se tanto mais ao suicídio, quanto mais desligado estiver de qualquer colectividade. (…) Assim, o suicídio é cerca de três vezes mais frequente nos solteiros do que nos casados, duas vezes mais frequente nos estéreis que nos fecundos, aumentando inclusivamente na razão inversa do número de filhos (Durkheim, 2001, p. 132-134).

Família, pátria e humanidade. (…) O homem só será moralmente completo, quando submetido a esta tripla acção. Estes três grupos podem e devem coexistir em concorrência, mas existe uma hierarquia (Durkheim, 2001, p. 139).

“Não matarás!”, “não roubarás!”: estas máximas que os homens transmitem uns aos outros, de geração em de geração e através dos séculos, não possuem obviamente, em si mesmas, qualquer virtude mágica que as imponha ao respeito. Mas, sob máxima, existem sentimentos colectivos, estados de opinião de que ela é tão somente a expressão e que constituem a sua eficácia (Durkheim, 2001, p. 155).

Os animais não se encontram sujeitos a um sistema de sanções artificiais; eles formam-se pela acção dos acontecimentos, e outras lições não recebem que não seja a da sua experiência. Enquanto viva a sua existência “animal”, a criança não precisa de disciplina. Submetê-la a uma acção coerciva, seria violar a ordem da natureza (Durkheim, 2001, p. 219).

O critério que serve para os homens, em última análise, julgarem a sua conduta, é a felicidade ou infelicidade que essa mesma conduta produz. (…) Estamos muito mais seguros de nos conduzirmos convenientemente na vida, quando compreendemos as boas e más consequências da nossa acção, do que quando nos limitamos a acreditar na autoridade dos outros (Durkheim, 2001, p. 220).

Uma criança que comeu demais, tem uma indigestão. Aprende com o sofrimento. Um adulto que não pagou os impostos, tem uma insónia se for moralmente bem formado, porque a sua atitude prejudica a sociedade. O universo é uno. A actividade moral tem por objecto entidades indubitavelmente superiores ao indivíduo, mas empíricas, do mesmo modo que os minerais e os seres vivos: as sociedades. Cada sociedade transmite às suas crianças um sistema de regras de moral, exteriores à consciência dos indivíduos. Os valores sociais são concepções gerais – princípios, crenças e conhecimentos colectivos – que mantêm a coesão social na medida em que são compartilhados por todos os elementos do grupo ou sociedade. Os valores comuns dão origem a sentimentos de solidariedade e unidade entre as pessoas, diminuindo os conflitos. A adesão a valores comuns é condição de participação em grupos e na sociedade (Silvestre & Moinhos, 2001, p. 114).

Na perspectiva de Durkheim será fácil convencer o homem são a aderir aos valores sociais recordando-lhe os serviços que a sociedade lhe presta, designadamente porque não conseguiria viver à margem de qualquer contacto humano.

NOTA:
Este post destina-se a ser utilizado como recurso no tema “Família”.

Família Abril 15, 2012

Posted by netodays in família.
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Para Weber o tipo mais puro de dominação é o patriarcal. “Obedece-se à pessoa por força da sua dignidade própria, santificada pela tradição: por piedade. O conteúdo das ordens é vinculado pela tradição. (…) Criar um novo direito em face das normas tradicionais surge, em princípio, como impossível” (Weber, 2005, p. 22).

Para Durkheim ”a moral tem como função impedir o indivíduo de enveredar por domínios que lhe estão interditos, constituindo um vasto sistema de proibições (…) Basta que as regras da moral conjugal percam algo da sua autoridade, que os deveres a que os esposos se encontram obrigados reciprocamente sejam menos respeitados, basta isto, para que as paixões, as apetências que esta parte da moral encerra e regulamenta, se desencadeiem, se exasperem devido a esse desregramento; então, impotentes para se acalmarem, já que isentas de todos os limites, elas determinarão um desencanto que se traduzirá de forma evidente, na estatística dos suicídios” (Durkheim, 2001, p. 113).

Dizei-me o que é o casamento, o que é a moral doméstica num povo, e dir-vos-ei quais são os traços principais da sua Constituição. A ideia de que os Romanos teriam podido praticar uma moral diferente da sua é um verdadeiro absurdo histórico. Se por milagre fosse implantado entre os romanos o sistema de valores do mundo ocidental actual [Durkheim faleceu em 1917], imediatamente o Império Romano ruiria. Com uma moral diferente da sua a sociedade romana não teria conseguido viver. Cada tipo social tem a moral que lhe é necessária, do mesmo modo que cada tipo biológico tem o sistema nervoso que lhe permite manter-se. É a sociedade quem nos prescreve, inclusivamente os deveres para com nós mesmos (ibidem, p. 151).

Não consta que a criança receba hereditariamente predisposições morais determinadas. Essa iniciação deve começar na família e desde o berço. Na criança cria-se um princípio de educação moral, pelo simples facto de a obrigarem de imediato a contrair hábitos regulares (…) desde que viva uma doméstica regular, a criança contrairá mais facilmente o gosto pela regularidade: mais genericamente, se ela for educada numa família moralmente sã, participará, pelo contágio do exemplo, dessa saúde moral (ibidem, p. 201).

Que diria Durkheim se pudesse observar a sociedade do séc. XXI? Vemos cinema para nos divertirmos, como muito bem evidencia a cena final de American Pie, não para nos transmitirem as “preocupações oficiais com a moralidade”, que se terão perdido muito antes de 1960, num país sem dimensão para se afirmar no Mundo, mas com uma ditadura teimosa para ter sido o último Império a descolonizar. Continuamos a análise recorrendo ao trabalho que o sociólogo contemporâneo Claude Dubar, apresenta em “A Crise das Identidades”.

Durkheim constatou que a família protegia os indivíduos do suicídio (…) Durkheim bateu-se contra a legalização do divórcio em França, em 1884, argumentando que a família moderna se encontra ameaçada pela anomia. Ela já não pode ser a única, nem sequer a principal, instância de socialização das crianças, processo decisivo para a sobrevivência das sociedades. É essa a razão pela qual Durkheim aposta na escola que, em França, acaba por se tornar pública e obrigatória (1882) para socializar as crianças da República (Dubar, 2006, p. 66).

As famílias recompostas são particularmente geradoras de anomia (ausência de normas). Por exemplo, como irá o filho chamar o novo marido da sua mãe? Pai não deverá chamar para evitar o risco de confusão com o seu pai biológico. Entretanto o seu padrasto poderá ser pai de “meios-irmãos” ou “quase-irmãos”, que também podem ser filhos daquela mãe ou não. As situações de anomia desautorizam os pais.

Passada a fase do amor apaixonado, as rotinas da vida em comum são ocasiões de fricções, de recuos e de mal-entendidos. Enquanto o marido pensa: “Eu pensava que ela gostava disto” (fazer toda a lida da casa), a mulher diz de si própria: “Eu pensava que ele estava a ser sincero” (partilha de tarefas). A crise instala-se. (…) Existem estratégias para evitar ou resolver esta crise, desde a não coabitação até à adesão efectiva e prática do homem a este processo de emancipação, em nome da manutenção do sentimento amoroso e da identidade nova.

Segundo Roussel, “a armadilha induzida pelo casamento”, e o estabelecimento, com a chegada do filho, da família conjugal, implica “a passagem de um sentimento amoroso partilhado a uma história comum, duma paixão recíproca a um empreendimento concertado”. (…) E acrescenta cruelmente: “eles tornam-se um casal morto com uma vida conjugal vazia” (Dubar, 2006, p. 77-78).

Hoje assistimos a uma pluralidade de modos de vida, de concepções, de configurações, isto é, de combinações inéditas de formas identitárias. Não só não se sabe muito bem o quer dizer ser pai, mãe, marido, esposa, padrasto, madrasta… (poderia ser acrescentado as avós e os avôs, cujos papéis evoluem), não se sabe muito bem qual é a norma (casar-se ou não, dissociar ou não o sentimento apaixonado e os papéis de pais, ser ou não pai e mãe com os enteados….), como também já não tem a certeza de saber no fundo o que é masculino e o que é feminino… (…) Ser homem ou mulher está a começar a tornar-se uma questão de história, de projecto, de percurso biográfico, de “construção identitária ao longo da vida” (Dubar, 2006, p. 84).

Empregadores múltiplos e inconstantes, e novas modalidades de interacção social também contribuem para uma maior diversidade dos laços sociais nas famílias modernas. Poderemos ser conduzidos a imaginar que um “laço da familiar forte” associado à família tradicional não seria tão frágil quanto a “rede” que podemos hoje construir mas trata-se de uma mera representação social. Actualmente, dificilmente alguém se sentiria atraído pela “robustez” do “laço da familiar forte”, porque teria de abdicar em muito da própria realização pessoal, marcadamente individualista.

Num post com 1000 palavras, pretende-se que tenha em consideração os seguintes objectivos:

– Referir alguns indicadores demográficos da vida familiar (nupcialidade, divórcio, coabitação, fecundidade,…)

– Distinguir tipos de famílias (nuclear – com ou sem vínculos matrimoniais – , monoparentais, recompostas)

– Dar exemplos de novos tipos de família

– Explicar transformações que estão associadas à vida familiar na sociedade contemporânea (designadamente, a simetria de contributos na participação entre homens e mulheres, democratização das relações, dissociação entre sexualidade e reprodução e novos papéis parentais)

– Referir o papel da família na socialização

– Constatar situações de violência no interior da família

Recursos

O carro voador está (quase) aqui Abril 14, 2012

Posted by netodays in futuro.
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Só e pena continuar a gastar gasolina 😉

Em Portugal quem paga a austeridade são os mais pobres Abril 12, 2012

Posted by netodays in Troika.
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Portugal é o único país com uma distribuição claramente regressiva, com percentuais de perdas que são consideravelmente maiores nos grupos do primeiro e segundo decis (mais pobres) que nos decis mais altos da distribuição (mais ricos).

Portanto, em Portugal quem paga a austeridade são os mais pobres, ao contrário da generalidade dos países, onde o 1º e 2º decis são os menos afectados pela austeridade.

Fonte: http://www.socialsituation.eu/research-notes/SSO2011%20RN2%20Austerity%20measures_final.pdf

Note-se que as medidas de austeridade consideradas para a construção deste gráfico foram tomadas, no caso português, entre 2009 e 2011, portanto pelo Partido Socialista. O Memorando de Entendimento com a troika foi assinado em Maio de 2011, e a partir daí a percepção que se têm é que a situação se tem agravado de dia para dia.