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Conceitos básicos Maio 30, 2012

Posted by netodays in produtos financeiros.
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I

Visualizando os vídeos que se encontram em http://www.b-a-bes.com explicita os seguintes conceitos:
NOTA: Sabe-se que tudo isto já está escrito, mas no teu blogue deverá ficar pelas pelas tuas palavras.

  1. TAE
  2. TAEG
  3. TAER
  4. SPREAD
  5. FUNDO DE RESGATE / Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF)
  6. EURIBOR
  7. RATING
  8. LIQUIDEZ
  9. DÍVIDA PÚBLICA
  10. DÉFICE ORÇAMENTAL
II

Constrói um PowerPoint distinguindo os diversos produtos financeiros que poderás utilizar para um investidor rentabilizar as suas poupanças, admitindo diferentes estratégias. Guarda-o na tua pasta no Arquivo.
NOTA: A classificação do Módulo 4 dependerá do desempenho neste PowerPoint e na generalidade das tarefas propostas ao longo dos posts, dispensando-se o teste final.

Recursos

INSIDE JOB – A Verdade da Crise Maio 30, 2012

Posted by netodays in 2008, crise financeira, Derivados, INSIDE JOB, Lixo Tóxico, Subprime.
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Resumo do documentário
‘Inside Job’ é o primeiro documentário a fornecer uma abrangente
análise da crise financeira global de 2008, que custou mais de 20 biliões de dólares US, obrigou milhões de pessoas a perderem os seus empregos e casas na pior recessão desde a Grande Depressão (1929), e quase resultou no colapso do sistema financeiro global.
Através de uma pesquisa exaustiva e extensas entrevistas com os principais intervenientes financeiros, políticos, jornalistas e académicos, o filme traça o surgimento de uma indústria irresponsável que tem corrompido a política, a regulamentação e a academia. As cenas foram gravadas nos Estados Unidos, Islândia, Inglaterra, França, Singapura e China.
Fonte: IMDB
Ver Filme

Objectivos
– Perspectivar a influência dos sistemas monetários e financeiros na sociedade.

Conceitos chave
Subprime – Devido ao excedente de moeda nos Estados Unidos, as instituições bancárias começaram a conceder empréstimos de alto risco, que não cobrem o prémio normal, aos chamados clientes NINJA (sem rendimentos, sem emprego e sem património), ficando como única garantia a hipoteca dos imóveis.

Derivados – Os títulos referentes às dívidas sem valor dos clientes NINJA foram reciclados no mercado financeiro pela criação de fundos de investimento com nomes pomposos, ex.: Fundo Estratégico de Investimento Estruturado Gold of America. As empresas de rating foram coniventes porque atribuíram a estes títulos as melhores classificações (AAA).

Lixo Tóxico – Quando descobriram o real valor dos derivados, todos se queriam desfazer do mesmo… eis a crise no seu esplendor.

Recursos

Questões
1 – Esta crise poderia ter sido evitada? Discuta, baseando-se no documentário.
NOTA: Se não assistiu ao documentário, responda a esta questão no final, baseando-se em tudo o que leu.

2 – A opção entre a regulamentação do mercado dos derivados ou não é uma escolha técnica ou política. Justifique.

3 – Discuta a legitimidade de um modelo económico que atribui os lucros aos privados, enquanto os custos são suportados pelos contribuintes.

4 – Partindo da imagem da BBC, explique como a crise aconteceu.

5 – Que ilações retira do primeiro recurso? (Vídeo “Entenda DE VERDADE a crise financeira!”)

6 – Que conclui do modo como os mercados reagem e os políticos e economistas se referem a esta entidade?

7 – Comente o vídeo “A austeridade é uma ideia perigosa”.
NOTA: Verifique que a austeridade anunciada para todos no Orçamento de 2011, acabou por contemplar um amplo conjunto de excepções aprovadas no final da sua discussão. Esta lista foi construída em 2011, com o Governo de Sócrates. Será que nada se evoluiu, de Sócrates para Passos?

8 – Refira outros aspectos interessantes da crise financeira que não tenham sido abordados nas questões acima.

Adenda

Novo filme sobe o mesmo tema: Demasiado grande para falhar

Inquérito aos alunos da Universidade de Lisboa mostra que a selectividade social no ingresso faz-se sentir mais em certos cursos, como Medicina e Belas-Artes Maio 24, 2012

Posted by netodays in Escola, exclusão social, Reprodução social.
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Apesar da democratização do ensino superior nos últimos anos, o acesso à faculdade continua a estar condicionado por factores extra-escolares, como as habilitações académicas, os rendimentos e a ocupação dos pais. Esta foi uma das conclusões a que chegaram Ana Nunes de Almeida e Maria Manuel Vieira, a partir de um estudo sobre o retrato social dos estudantes inscritos no 1.º ano de cada um dos cursos das sete faculdades da Universidade de Lisboa (UL), em 2003/2004. A tal ponto que é mesmo possível afirmar-se que “os mecanismos de reprodução de posições de privilégio ou desfavor entre gerações funcionam implacavelmente no sistema de ensino português“.

O facto de os pais com níveis de escolaridade mais elevados estarem sobre-representados entre os mais de dois mil inquiridos da Universidade de Lisboa é apenas uma das expressões da “desigualdade de oportunidades no acesso dos jovens aos níveis mais elevados do sistema educativo”. Por exemplo, se 62,5 por cento de toda a população portuguesa entre os 40 e os 60 anos tinha no ano do estudo a 4.ª classe como habilitação máxima, entre os pais dos alunos da UL essa percentagem fica-se pelos 21 por cento.

No extremo oposto, encontram-se os 33 por cento de progenitores com um curso superior, contra uma média inferior a dez por cento no conjunto do país. Sendo que esta selectividade social se faz sentir de forma mais acentuada em determinados faculdades, como Medicina (quase metade dos pais são licenciados), Medicina Dentária, Farmácia ou Belas-Artes. A estes cursos chegam os alunos com notas mais elevadas. E o estudo mostra novamente haver uma sobre-representação das famílias com rendimentos superiores nos alunos com melhores classificações.

Os dados sugerem um “cenário de cumplicidade entre certas franjas sociais e certas faculdades”. Por exemplo, apenas 4,6 por cento dos alunos de Medicina são oriundos de famílias com um rendimento per capita inferior a 250 euros mensais, contra 8,4 por cento na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação.

A ocupação profissional dos progenitores é outra variável determinante. Em 2003/2004, dois terços dos novos alunos eram oriundos de “agregados familiares detentores de elevados recursos técnico-profissionais”. Os filhos de “operários e artífices” e de “trabalhadores não qualificados” representavam 17 por cento. Estudos anteriores demonstraram que esta proporção se agrava ao longo da faculdade, com as classes mais elevadas a ganharem peso entre os que concluem o curso e as restantes a diminuírem”.

Fonte: PÚBLICO, 15.03.2007

Comprar Facebook será mau negócio Maio 22, 2012

Posted by netodays in Facebook.
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Ao lançar em fevereiro de 2004 o ‘thefacebook’, criado inicialmente como diretório para estudantes da Universidade de Harvard, Mark Zuckerberg estaria certamente longe de imaginar o impacto global que o seu site viria a ter.

Oito anos mais tarde, o Facebook é responsável por um em cada 7 minutos que passamos na internet, mais do que qualquer outro site. Cerca de 300 milhões de fotos são partilhadas todos os dias. E manifestamos as nossas preferências com o botão ‘Like’ 3,2 mil milhões de vezes por dia.

Cada um dos 901 milhões de utilizadores tem em média 139 amigos no site, o que se traduz nuns esmagadores 125 mil milhões de amizades. A rede social média de um ser humano tem curiosamente fundamentação científica. Em 1992, o antropólogo britânico Robin Dunbar já havia concluído que o poder cognitivo do cérebro limita a dimensão da rede social que qualquer espécie pode desenvolver, sendo que, o cérebro humano permitirá uma rede estável de 148 ligações.

A incrível história do Facebook foi já adaptada ao grande ecrã, através do filme de 2010 “A Rede Social”, nomeado para 8 Óscares e vencedor de 3. E, Mark Zuckerberg foi escolhido pela revista Time como a Personalidade do Ano, também em 2010.

Mas será que um dos sites mais populares do planeta pode também ser uma boa oportunidade para os investidores? A ansiosamente aguardada Oferta Pública de Venda (OPV) do Facebook teve finalmente lugar na passada 6ª feira, transformando muitos dos seus colaboradores e fundadores em milionários instantâneos. Nas apresentações aos investidores que antecederam a OPV, Mark Zuckerberg foi tratado com honras de estrela de rock, com longas filas de fãs à sua espera. Desde a estreia em bolsa do Google em 2004 que não existia tanta excitação em torno de uma operação deste tipo.

No entanto, em lugar da valorização de 42% que era esperada em média pelos investidores num inquérito recente, o Facebook “brindou-os” até agora, com uma perda superior a 10%. Será que ainda vai merecer um ‘Like’?

Fonte: Newsletter Activobank7

Usando palavrões de Economia para esconder as opções políticas Maio 22, 2012

Posted by netodays in hipocrisia.
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O Pedro Lains bate no Governo por utilização incorrecta da expressão transaccionáveis.

Respondi no Facebook, mas republico aqui:

Isso dos bens transaccionáveis é um simples palavrão que lhes saiu para a malta ter desculpa para não perceber a mensagem, pior é o conteúdo: num país onde nunca se soube o que é a industrialização, querem usar a escola para fazer a revolução industrial, a revolução verde e a revolução azul – nunca li nada desta, mas estou a referir-me às pescas 😉 – E de preferência ainda acabam com o Estado e a Escola….

Estão mesmo a ver os professores de Informática, Contabilidade, Filosofia, História, etc. agora vão passar a dar aulas de metalurgia e metalomecânica, electricidade e energia, electrónica e automação, tecnologia dos processos químicos, construção e reparação de veículos a motor, etc.

Já estou com mais de 40 currículos, mas quando preciso de fazer a revisão do automóvel vou ao mecânico, e percebo de horta apenas o suficiente para saber escolher as alfaces, os tomates e os pepinos para fazer a salada. Tenham dó de mim.

É tão racional como passar turmas de a jovens a partir de 15 anos com um historial de insucesso escolar, de 15 para 25 alunos. Já com 15 aquilo parece o jardim zoológico, porque tem muita variedade, muitas aves raras! Sem dúvida terá racionalidade orçamental… Mas quando descobrirem outro buraco no BPN, na Madeira, nas PPP, etc. o dinheiro aparecerá logo.

Twite do dia Maio 15, 2012

Posted by netodays in Novas Oportunidades, twitter.
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Depois da notícia no JN que sugere o termo dos Centros Novas Oportunidades, @rdores escreveu no Twitter, certamente inspirado nas declarações recentes de Passos Coelho, uma expressão bem humorada:

    Um casal de desempregados são um Centro de Novas Oportunidades

Vídeo da notícia na SIC

Índice de Preços no Consumidor (IPC) Maio 14, 2012

Posted by netodays in inflação, IPC.
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Cálculo do Índice de Preços no Consumidor (IPC):

1. Considera-se um conjunto de bens e serviços, o mais alargado possível, de modo que seja representativo do consumo da generalidade da população;

2. Calcula-se a quantidade desses produtos que cada família consome desses produtos, por ano;

3. Determina-se quanto custa o Valor do Cabaz no ano base, VC0;

4. Determina-se quanto custa o Valor do Cabaz no ano que estamos a considerar, VCt;

5. Estabelece-se a relação entre os dois valores do cabaz acima determinados, em termos percentuais:

IPC t/0 = VCt / VC0 * 100

Imagine-se que em 2010 determinado conjunto de bens custava 5.000 euros. E que em 2011 era possível adquirir o mesmo conjunto de bens por 5.150 euros. Então o IPC de 2011, tomando 2010 como ano base é:

IPC11/10=5.150/5.000 * 100 = 103

Isto é, com 103 euros em 2011 adquirimos o mesmo conjunto de bens que em 2010 com 100 euros.

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) é utilizado para calcular a Taxa de Inflação.

Chineses copiam logotipo de certificação europeia Maio 13, 2012

Posted by netodays in Uncategorized.
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http://en.wikipedia.org/wiki/File:CE_marks.jpg

A guerra comercial não tem qualquer ética. Já não basta a exploração de mão-de-obra infantil e a cópia dos produtos, agora os chineses chegaram ao ponto de copiar também o logotipo de certificação europeia, CE.

    Eles copiam tudo, inclusivamente a certificação que vem com a embalagem e com o produto. Os produtos entram na Europa e aparentemente estão certificados, mas o consumidor está a comprar uma falsificação, sem certificação. Eles usam muito a marca CE, que segundo sei a UE não registou mas a China fê-lo como China Export. Tem a mesma imagem e o mesmo lettering e as pessoas pensam que se trata da certificação europeia…
    Corrreio da Manhã

A Wikipédia apresenta os dois logotipos, mas a Comissão Europeia sugere que o “China Exports” não existe, tratando-se apenas de uma incorrecta utilização da marca de conformidade europeia.

Pobreza e exclusão social Maio 11, 2012

Posted by netodays in exclusão social, pobreza.
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Provavelmente nunca terá optado entre uma lagosta e um hambúrguer, porque quem “gosta” de lagostas não tem ”apetite” para hambúrgueres, e quem come hambúrgueres nem sonha com lagostas. Observamos que uns bens fazem parte dos padrões culturais dos estratos sociais superiores, enquanto outros se encontram associados aos estratos inferiores. Isto significa que a sociedade se encontra organizada de modo a apresentar justificações legítimas para a exclusão social.

Certamente nunca o Mundo foi tão rico quanto hoje. Muitas pessoas estão indignadas pelo modo iníquo como os ganhos da globalização têm sido distribuídos. A percepção de que vivemos na mesma aldeia global permite que todos possam comunicar as suas ideias, e os mais optimistas até podem encarar as crises como oportunidades. Participar neste diálogo é difícil, até porque os novos mecanismos de diálogo e de decisão ainda não estão criados, abrindo espaço para a criatividade.

Clique na imagem para ver o vídeo

Podemos definir exclusão, como as estratégias que os grupos adoptam para se separarem dos estranhos, impedindo-os do acesso a recursos de valor (Giddens,2001, p. 306).

Outra abordagem da exclusão social consiste em recordar os direitos e deveres de cidadania. Se ler a Constituição ficará cansado só de conhecer a sua lista de direitos. Certamente lhe reconhecerão o direito a ser eleito, à saúde, à educação, ao trabalho, etc. Como sabe, os indivíduos de estratos sociais mais desfavorecidos não têm efectivamente o estatuto de cidadania plena, quer dizer, vivem impedidos de participar segundo os padrões de vida tidos por aceitáveis na sociedade em que vivem. Nesta definição está implícito o seu oposto: alguns grupos da população, com pedigree (*), encontram lugares facilmente elegíveis nas listas dos partidos, podem escolher os melhores médicos, as escolas mais caras, viver em condomínios fechados, nunca ficam desempregados, etc.

O conceito de pobreza absoluta é difícil de operacionalizar, porque nunca saberemos abaixo de quantos euros/mês é que um indivíduo não tem capacidade para satisfazer as suas necessidades.

    Nos primeiros tempos da ONU, a pobreza era medida em termos da capacidade de obter um número mínimo de calorias ou de ter um nível mínimo de rendimentos para satisfazer as necessidades (pobreza em termos de rendimentos). O “limiar de pobreza” definia esse nível mínimo e os pobres eram aqueles cujos rendimentos ou ração calórica eram inferiores a esse mínimo. Um indicador utilizado habitualmente para efeitos das comparações internacionais de pobreza de rendimentos é o de 1 ou 2 dólares por dia (poder de compra equivalente a 1 ou 2 dólares nos Estados Unidos em 1993). Houve mudanças ao nível das ideias sobre a forma de medir a pobreza, tendo havido tentativas de integrar no indicador algumas das suas diferentes dimensões. http://www.unric.org/html/portuguese/uninfo/material_pedagogico/Pobreza.pdf

Portugal não consta da lista dos países mais pobres, segundo o Índice de Pobreza Multidimensional, o indicador mais recente da ONU para acompanhar o fenómeno. Mesmo assim, alguns grupos sociais – minorias étnicas, trabalhadores precários ou desempregados, pensionistas e reformados – viverão situações de pobreza no nosso país.

Nos países mais pobres a escolaridade é mais reduzida, contribuindo para perpetuar a situação.

Interessa pensar na pobreza em relação aos padrões médios de consumo nas sociedades:

    «Pobreza relativa» define como pobres aqueles que «não têm possibilidade de participar das actividades, condições de vida e conforto consideradas habituais na sua sociedade». Portanto um pobre no Luxemburgo ou na Noruega, em função dos padrões locais habituais de alimentação, vestuário, etc., terá provavelmente padrões de vida superiores à classe média em Portugal. Este conceito de pobreza como carência ou privação social implica que o critério-padrão de pobreza se torna mais exigente quando as condições de vida melhoram, o que na verdade implica que a pobreza nunca poderá ser totalmente eliminada, excepto talvez se a distribuição do rendimento se tornar igual entre todos os indivíduos da sociedade. http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223990554E7tDF6uf1Tb56WD7.pdf

O Coeficiente de Gini indica que os países da OCDE onde o rendimento se encontra pior distribuído são: Chile, México,… Turquia,… Estados Unidos da América, Israel,… Portugal, Reino Unido…

O antropólogo Oscar Lewis,   definiu “cultura de pobreza”, que é referenciado num programa que visa a contextualização das políticas públicas de cunho social:

    A cultura da pobreza é ao mesmo tempo, uma adaptação e uma reação dos pobres à sua posição marginal em uma sociedade de classes estratificada, extremamente individualiza e capitalista. Representa um esforço para combater os sentimentos de desespero que surgem quando os pobres compreendem o quanto é improvável que tenham êxito concebido segundo valores e objetivos da sociedade em que vivem. (…). A cultura da pobreza não é somente uma adaptação a uma série de condições objetivas do conjunto da sociedade. Uma vez que se manifeste, tende a se perpetuar de geração em geração, em razão do efeito que produz nas crianças. Quando as crianças dos cortiços atingem seis ou sete anos, em geral já assimilaram os valores básicos e os hábitos de sua sub-cultura, e não se encontram em condições psicológicas para aproveitar plenamente a evolução ou os progressos possíveis de acontecer durante sua vida. http://joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIII/html/Trabalhos/EixoTematicoC/2031ac9f3d7c649ef65fAndrea%20Santos%20de%20Jesus_João%20Bosco%20Costa.pdf

O conceito de Lewis foi criticado por sugerir o carácter fatalista ou auto-sustentado da pobreza, fornecendo argumentos preciosos aos políticos que desejavam cortar recursos financeiros atribuídos às políticas sociais.

    Tentou-se calcular o «limiar de pobreza» na África-do-Sul: esse limiar foi definido como «uma estimativa do rendimento necessário a uma família para atingir um nível mínimo determinado de saúde e de dignidade»; foi calculado em função do custo (aos mais baixos preços de retalho) dum orçamento correspondente ao estritamente necessário, ou seja:
    a) uma quantidade e uma variedade de produtos alimentares que, tendo em conta a idade e o sexo, possam assegurar a cada membro da família a qualidade e o valor em calorias, proteínas, gorduras e vitaminas necessárias à manutenção da saúde, segundo os cálculos dos peritos em dietética, atendendo aos hábitos alimentares da colectividade;
    b) o mínimo de vestuário indispensável â protecção da saúde e compatível com as normas sociais da decência;
    c) o mínimo de combustível e de iluminação compatível com a manutenção da saúde, tendo em conta os costumes adoptados pela colectividade;
    d) o mínimo de artigos de higiene e manutenção para uso pessoal e doméstico, compatível com as necessidades e os costumes;
    e) as despesas de transporte entre o domicílio e o local de trabalho dos membros da família com trabalho remunerado;
    f) o custo do alojamento.
    Este nível é talvez mais interessante pelo que omite do que pelo seu conteúdo. Nada se prevê nele em matéria de despesas quanto a distracções, desportos, medicamentos, educação, economias, compras ocasionais, férias, utilização dos transportes em comum, compra de jornais, artigos de papelaria, tabaco e doces, passatempos, ofertas, «dinheiro de bolso» ou quaisquer outras pequenas despesas «supérfluas» ou de agrément. Nada nele se prevê para a substituição de colchoaria, mobiliário ou loiça. Não é um nível de vida «humano».http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1224251406G7xNH9uk3Yy15TR7.pdf

Evidentemente que a escassez de rendimento, poderá estar na origem da exclusão social, embora esta possa ser atribuída a outros motivos. Assim:

    (…) «não faz qualquer sentido tentar apreender os  excluídos como uma categoria. São os processos de exclusão que importa ter em conta. (…) O importante é, em primeiro lugar, analisar bem a natureza das trajectórias  que conduzem às situações de exclusão…» (Rosanvallon, 1995: 202). http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR4628c4a5f1b41_1.pdf

A doença e a dependência para realizarem a sua própria higiene estão na origem de trajectórias de exclusão social entre os idosos.  Entre os jovens, o consumo de drogas é referido frequentemente como factor de exclusão:

    Estes jovens parecem sentir-se “abandonados” (pela família, pelos outros jovens, pelas instituições concelhias e pela sociedade em geral) ao seu destino, marcado por um “presente incerto” e por uma nítida “desvalorização do futuro”. Vivendo tempos incertos, que transportam consigo o “abandono”, a indiferença e a selectividade, valores tornados substitutos da “esperança”, onde o acesso ao emprego se afigura improvável, cedendo lugar ao desemprego (pelas baixas qualificações, pelos baixos níveis de escolaridade de que são portadores e ainda pela condição de dependência face à droga), “em busca de alternativas, são remetidos para a marginalidade”, optando por um modo de vida que se designou como “delinquência de precariedade”, claramente inscrito numa dimensão de sobrevivência quotidiana. Vêm assim reforçadas, reconhecem e assumem todas as condições de vulnerabilidade e de exclusão social no mais amplo sentido do termo. http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR492598b8e57f0_1.pdf

Destacam-se dois factores genéricos referidos no texto, como motivo de exclusão social juvenil. O desemprego que tem crescido exponencialmente graças ao desenvolvimento tecnológico sem precedentes, à transferência maciça de trabalho para o self-service e à deslocalização para a Ásia. Também se invoca o baixo nível de escolaridade, apesar desta geração de jovens ser a mais escolarizada.

1. Distingue dois conceitos de pobreza.

2. Distingue pobreza de exclusão social.

3. Identifica as categorias sociais mais vulneráveis à pobreza.

4. Refere os factores que influenciam a produção e reprodução da pobreza.

Recursos


NOTA
(*) O termo pedigree foi utilizado para simplificar a escrita. Pretende enfatizar a ideia que muitas famílias são cultas e ricas, porque já está na linha do seu sangue um passado recheado com ascendentes “nobres”.

Conteúdos prioritários do Módulo 4 Maio 10, 2012

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Tendo em consideração o Plano Nacional de Formação Financeira, refira fundamentadamente os conteúdos do Módulo 4 a que deverá ser dada mais atenção.