jump to navigation

Recado da OCDE para a Troika: Deixem funcionar os estabilizadores automáticos Agosto 29, 2012

Posted by netodays in OCDE, Troika.
add a comment

A OCDE gosta de ajudar a Troika, publicando os seus relatórios nas vésperas ou durante os momentos das avaliações. Portugal até pode agradecer esse contributo, porque tirando os delírios teóricos, como a insistência na desvalorização fiscal, geralmente são positivos. No momento em que decorre a quinta avaliação da Troika, e muita gente receia que as coisas possam ficar pior, a OCDE parece dizer “deixem andar”. Destaco abaixo duas das suas recomendações:

Fonte: OECD Economic Surveys: Portugal 2012.

  • Deixem funcionar os estabilizadores automáticos que o programa foi impecavelmente desenhado e é para ser cumprido. Para quem não saiba os estabilizadores automáticos são as receitas fiscais. Numa fase de expansão, como os impostos são progressivos, o rendimento disponível cresce mais lentamente que a produção, reduzindo o ritmo de crescimento da economia. Numa fase de recessão, passa-se o inverso. Cai o consumo e a produção, mas esta não cairá tanto como o primeiro;
  • Um segundo recado complementa o primeiro. Sugerem a criação de uma regra explícita e facilmente executável (?) da despesa pública consistente com as projecções da receita e objectivos da política fiscal a médio prazo.

Coloquei um (?) porque não consigo imaginar a referida regra. Contudo, esta certamente que será redundante, visto que o limite do défice orçamental já obriga a compatibilizar as despesas com as receitas, mas é elucidativo do grau de controlo que estas instituições gostariam de ter sobre a economia.

Mentes Conectadas – Connected Minds Agosto 29, 2012

Posted by netodays in Conectivismo, Escola do Futuro.
add a comment

Porque é importante estar conectado?

A conexão é a capacidade de beneficiar da conectividade, com propósitos pessoais, sociais, de trabalho, ou económicos, tendo impacto em todas as esferas da actividade humana. Os professores geralmente manifestam-se alarmados com a “excessiva” exposição dos jovens aos jogos e redes sociais, mas raramente se questionam como utilizar na Educação os mecanismos utilizados pelos jovens. A publicação da OCDE – Connected Minds – não sugere que se reproduza na aula a cultura dos jovens, mas chama a atenção para a necessidade de os escutar.

Os alunos esperam utilizar a tecnologia para se divertir. Mas também esperam dela que o seu trabalho escolar fique mais conveniente, e que o seu trabalho seja muito mais produtivo.

A agonia do PS Agosto 27, 2012

Posted by netodays in Socratelândia.
add a comment

Já se cortaram salários, pensões e subsídios, fecharam-se escolas, hospitais e maternidades, venderam-se empresas em sectores estratégicos, como a TAP e a EDP, e nada disto é anti-constitucional! A política é definida pelo PSD/CDS e merece sempre a concordância do PS, a trilogia do arco do poder.

Sabe-se que o PS também assinou o Memorando de Entendimento (MoU), mas a sua prática sugere que tenha assinado uma série de adendas “para além da Troika”. Anulou-se.

Só quando o país já não existir, é que António José Seguro promete devolver-nos o canal de canal de televisão pública!

Sabe-se que o PS também assinou o Memorando de Entendimento (MoU), mas a sua prática sugere que tenha assinado uma série de adendas “para além da Troika”.

Deve ser mesmo o mais importante, – para ele – mas apenas do ponto de vista da manipulação da informação pelo Governo!

Educação Proibida Agosto 26, 2012

Posted by netodays in escola para os animais, escola-depósito, pela Escola aberta.
add a comment

Inquestionavelmente sabe-se que a grande maioria das crianças aos 5 anos são mais curiosas, mais criativas e têm uma mentalidade mais aberta para a resolução de problemas que aos 15. Passar de uma estimativa de 98% das crianças com estas características para outra com 10%, atribuindo a culpa ao sistema escolar, é suficiente para obrigar a ver este vídeo qualquer interessado no ensino.

Quando a Escola uniformiza objectivos, desvaloriza a singularidade dos trajectos. Não é por mal que a Escola tenta uniformizar também os trajectos… mas alunos e professores sentem-se reduzidos na sua dignidade.

Recursos sobre Economia Portuguesa Agosto 21, 2012

Posted by netodays in ECPROF - Módulo 8.
add a comment
Exemplo do que nunca deverá fazer!

Miguel Relvas: Direito e Moralidade Agosto 16, 2012

Posted by netodays in legitimidade moral, legitimidade política, moral, Relvas.
add a comment

Em qualquer área disciplinar os profissionais gostam de se intitular “cientistas”, mesmo no Direito. Então para fugirem à relatividade dos sistemas jurídicos em função das culturas e à evidência da sua construção no tempo, restringem a “Ciência do Direito” à compreensão e prática dos aspectos jurídicos (Ascenção, 2005), remetendo outras dimensões da realidade para ciências afins.

Desde modo os juristas deixam de compreender o mundo real, percorrendo as vias estreitas dos princípios jurídicos e da legalidade que eles próprios constroem, interpretações essas cada vez mais abstractas e pobres, limitando-se a verificar o cumprimento da legalidade que definem.

Situação exemplar da pobreza do Direito é a opinião do antigo Bastonário da Ordem dos Advogados de Portugal, José Miguel Júdice:

Não deixa de ser caricato que um advogado de primeira linha tenha dúvidas quanto ao cumprimento da legalidade. Diz que o caso não configura “aparentemente” uma ilegalidade (sic), e como a “Ciência” o impede de se referir a valores morais, só vislumbra a “maledicência portuguesa”, sem procurar entender a origem das denúncias públicas.

Poderemos imaginar Miguel Júdice na barra do Tribunal defendendo Relvas:

  • O ministro Miguel Relvas foi vítima de uma coisa muito portuguesa, toda a gente tem que ser doutor, noutros países mais civilizados do que Portugal ninguém se preocupa muito em ser doutor. A mania de ser doutor é que dá isto, se não houvesse esta mania de ser doutor, ele não teria feito aquela solução que é legal, mas que foi ridicularizada na praça pública. Visto que Miguel Relvas já pagou aí o preço do seu infortúnio deverá ser absolvido do crime de narcisismo.

Do ponto de vista dos experts em Ciência do Direito, estes não devem considerar quaisquer elementos de natureza moral, porque estes aspectos humanos não são “normalizáveis” e lá perderiam a “Cienciazita” do Direito.

As pessoas comuns exigem que os políticos, além de cumprirem as normas legais que estabelecem para a comunidade, também se sintam pessoalmente constrangidos a respeitar as normas que a Sociedade impõe a cada um de nós, sem necessidade de os juristas as criarem. “Não matarás!”, certamente começou por ser uma regra social, muito antes de integrar o sistema jurídico. “Não mentirás!”, norma que, como se vê, não foi integrada no ordenamento jurídico português, é pedra de toque do sistema de valores morais.

Se Relvas tivesse concluído a Licenciatura como os outros estudantes, não haveria qualquer reparo nem em termos de legalidade nem de moralidade. O que as pessoas comuns entendem normal, é que se lute pela vida, e designadamente que se cumpra um determinado percurso escolar para obter o correspondente título académico. Os juristas usam uns óculos que apenas lhes permite observar a legalidade. Para as pessoas comuns é importante que todos sejam tratados nas mesmas circunstâncias, com igual dignidade e respeito pelo bem comum. Designadamente, o mérito académico deverá depender exclusivamente do trabalho escolar evidenciado, que deste modo subordinam os seus interesses pessoais ao interesse da colectividade. A Licenciatura de Relvas, oferecida pelos amigos maçons, trata-se de um claro privilégio que não pode ser concedido a outras pessoas (não disse estudantes!), porque colocou os “espertos” acima dos “esforçados”, ultrapassando todas as regras indispensáveis para conduzir os estudantes a trabalharem pelo bem comum.

Os juristas bem podem inventar um quadro legal para legitimar a situação, tornando-a aparentemente aceitável, mas moralmente nunca será. A moralidade do acto reside na subordinação do indivíduo aos interesses da sociedade (Durkheim).

O mais incrível é que neste país, mesmo os Ministros sem qualquer legitimidade moral, continuam com legitimidade política! Depois – sem vergonha – dizem que os assobios são normais em democracia!

Os donos de Portugal Agosto 14, 2012

Posted by netodays in Socratelândia, transparência.
add a comment

Reflexão sobre a crise que documenta muitos pontos importantes:

– Portugal nunca teve empresários (de um mercado concorrencial), mas apenas chupistas do Estado;
– São sempre os mesmos a beneficiar da protecção do poder político nos seus negócios;
– O documentário questiona se será possível manter um regime político democrático com uma repartição do rendimento tão desequilibrada;
– A ausência da justiça e os casos de corrupção nem são referidos para não sobrecarregar o vídeo.

Nacionaliza, Privatiza, Encaixa….

  • (…) a influência política é o activo mais desejado. A promiscuidade torna-se um problema colateral: quem dirigiu a privatização, passa a dirigir o que privatizou; quem adjudicou a obra pública, passa a liderar a construtora escolhida; quem negociou pelo Estado a parceria público-privado, passa a gerir a renda que antes atribuiu. Ou vice-versa.

Ver mais

Sugatra Mitra mostra como as crianças se ensinam a si mesmas Agosto 9, 2012

Posted by netodays in TEDxTalks.
add a comment

É comum dizer-se que a tecnologia não substitui os professores. Num vídeo politicamente incorrecto, Sugatra Mitra mostra como as crianças se ensinam a si mesmas realizando tarefas em grupo. É incrível a motivação demonstrada pelas crianças quando dispõem apenas de um monitor encaixado numa parede! A experiência foi realizada com crianças de regiões pobres, sem acesso à escola, onde os professores não desejam fixar-se.

Ou a avó Internet ou nada!

Imagine o que poderão fazer crianças da rua indianas, analfabetas, com acesso a um computador em inglês! Se pensa que não farão nada está enganado!

“O computador é o mais poderoso dispositivo pedagógico desde a invenção das avós (…) todas as crianças (deveriam ter) acesso a computador em rede (…) e a uma avó.”
Tom Stonier

Exija escrita em linguagem clara! Agosto 9, 2012

Posted by netodays in TEDxTalks.
add a comment

Sandra Fisher-Martins mostrou no TEDxPorto que um documento mal escrito e não compreendido pode tramar uma vida. Citou Einstein mostrando que escrever em linguagem clara não é acessível a todos: “Se não consegues escrever sobre um assunto de uma forma simples, é porque na verdade não o entendes“.

Ilustração do apartheid de informação Portugal/Suécia

(03:11)

 Em Portugal

50% não percebem a bula de um medicamento, por exemplo, para dar a dose correcta ao filho

30% vão-se safando nas tarefas rotineiras, mas se tiverem de ler o manual de uma máquina para conseguirem operar com ela, já não conseguem

15% conseguem lidar com documentos desde que não sejam realmente complexos

5% conseguem entender documentos realmente complexos

Na Suécia

75% conseguem entender documentos complexos

20% vão-se safando nas tarefas rotineiras

5% não entendem a bula

IMPORTANTE: Técnicas para escrever em linguagem clara: (14:00)

Ideia geral: Escrever coisas simples, como se fosse para a avó, que não conhece palavrões complicados nem tem tempo para isso.

Regra 1. – Começar pelo mais importante, porque a avó tem mais que fazer;

Regra 2. – Usar frases curtas, porque a avó perde-se se os parágrafos forem extensos;

Regra 3. – Usar palavras simples, como aquelas que a avó conhece.

Ministro recebe 1400 euros todos os meses para alojamento quando tem habitação em Algés Agosto 5, 2012

Posted by netodays in Passos Coelho, Socratelândia.
add a comment

O Governo tem nove chulos a usufruir do mesmo subsídio, superior ao vencimento de muita gente, obrigada a deslocar-se da sua zona de residência, sem receber subsídio nenhum, como os professores.

O Governo está a passar nos exames da Troika porque Portugal satisfaz os seus compromissos junto dos credores, mas não passará ao julgamento dos eleitores porque a imoralidade é colossal.

A atribuição do subsídio até pode ser legal, mas um Governo que está a exigir um esforço sobre-humano aos governados não pode conceder regalias injustificadas, e com sabor a trafulhice, dos Governantes. De chulos assim não precisamos.

Exigimos moralidade!