Consumismo e consumerismo Outubro 15, 2012
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A diferença entre o consumerismo e o consumismo é que no consumerismo as pessoas adquirem somente aquilo que que caracteriza um consumo racional, controlado e responsável, que tem em contas as consequências económicas, sociais, culturais e ambientais do próprio acto de consumir.
Já no consumismo a pessoa gasta tudo aquilo que tem em produtos supérfluos, que muitas vezes não é o melhor para ela, porém é o que tem curiosidade de experimentar devido à publicidade, à moda ou por ser um produto de marca.
Muitas vezes o consumismo chega a ser uma patologia comportamental. A doença do consumismo tem nome, chama-se oniomania, ou consumo compulsivo. As pessoas compram compulsivamente coisas que não irão usar ou que não têm utilidade para elas apenas para atender à vontade de comprar.
O consumerismo é importante para levar o indivíduo a reflectir sobre as suas necessidades, aspirações e recursos, nunca se desligando das consequências dos seus actos para o ambiente, para os trabalhadores e para o mercado… Ler mais
O consumidor precisa de estar mais atento aos recursos naturais e à sua utilização, em função das suas necessidades reais. É o caso da água, das embalagens, do uso da energia, dos transportes e da gestão dos resíduos. Há uma relação directa entre o que consumimos e o desenvolvimento sustentável. Quando consumimos com critério e com cuidado pelo ambiente estamos a preservar esses recursos o próprio ambiente. Ler mais
Outros recursos
Apresentação no SlideShare; Consumismo e consumerismo
Texto curto: Consumismo e consumerismo
1. Distingue consumismo de consumerismo.
2. Justifica a importância do consumerismo.
3. Relaciona o consumerismo com a necessidade de preservar os recursos naturais e os equilíbrios ecológicos
A Sociedade de Consumo Outubro 15, 2012
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Recursos
- O conceito de sociedade de consumo é um dos conceitos usados para caracterizar a época contemporânea, que é a era das massas. Os Estados Unidos da América foram o primeiro país em que se verificou a sociedade de consumo, já após a Primeira Grande Guerra (numa euforia que foi fortemente abalada pela Grande Depressão), mas sobretudo após a Segunda Guerra Mundial. Continuar a ler
Vídeo: A História das Coisas
- Na década de 90, em particular na segunda metade, o endividamento das famílias portuguesas subiu em flecha. Vários factores de conjuntura explicam esse aumento acentuado. A adesão à zona euro e o processo de convergência real que a precedeu – com a aproximação significativa do padrão de vida das famílias portuguesas à média europeia – deram início a uma era de estabilidade de preços e de juros nominais e reais historicamente baixos. Ao mesmo tempo, uma maior facilidade no acesso ao crédito foi potenciada pela liberalização e inovação financeiras e por uma forte competição entre a oferta.
Texto na Ordem dos Economistas
Conceitos
Revolução Industrial – Com a industrialização e a produção em série, produzir os bens ficou mais fácil que vendê-los.
Marketing – Como a oferta excede a procura, utilizam-se estratégias de marketing para escoar a produção. A moda e a publicidade são igualmente mecanismos nascidos na sociedade de consumo com a função de criar necessidades a um ritmo mais rápido.
Consumo de massas – Consumo massificado acessível à generalidade da população.
Consumismo – Consumo sem critérios, compulsivo e irresponsável.
Consumerismo – Consumo racional e controlado, respeitando os valores sociais e ambientais, compatibilizando os desejos de hoje com as necessidades das gerações futuras.
Consumo simbólico – Consumo carregado de significação cultural: lazer, informação, educação, saúde, moda, etc. mostram bem a que grupos sociais pertencemos. Ex.: O consumo de caracóis sinaliza um grupo que não terá acesso à lagosta.
Relação de vizinhança – Destruindo os laços de familiaridade das comunidades rurais, construiu relações muitas vezes impessoais das grandes multidões.
Obsolescência tecnológica – Desclassificação tecnológica do material industrial, motivada pela aparição de um material mais moderno.
Obsolescência planeada – Produzir os produtos com características que os levem a ficar rapidamente obsoletos.
Obsolescência perceptiva – Criar a ideia de que determinados bens, apesar de ainda estarem funcionais, já não se usam.
Ciclo de vida dos produtos – A sociedade de consumo caracteriza-se pelo encurtamento do ciclo de vida dos produtos. As suas fases são:
Introdução: quando se lança um produto no mercado;
Crescimento: quando o mercado começa a conhecer o produto e a consumi-lo;
Maturidade: quando o produto já é de conhecimento amplo do mercado;
Saturação: quando o mercado já não consome o produto como anteriormente;
Declínio: quando o produto não desperta mais o interesse do mercado e as vendas caem.
Consumo sustentável ou responsável – Os consumidores têm a responsabilidade de mudar os seus hábitos de consumo, e as empresas têm a responsabilidade social e ambiental de melhorar os seus sistemas produtivos, oferecendo produtos e serviços sustentáveis.
1. Aponta quatro características da Sociedade de Consumo após responderes a estas questões.
2. Faz uma imagem mostrando as diferenças entre os “produtos de ontem” e os “produtos de hoje” a partir daqui.
3. Indica três aspectos que possas mudar, como eco-consumidor preocupado com o futuro do Planeta.
4. Menciona dois factores explicativos do endividamento das famílias portuguesas.
5. Apresenta numa composição de 100 palavras os mais fortes argumentos para convencer um consumista a adoptar uma atitude consumerista.
Os votos em branco ou nulos e as abstenções deviam ser representados por lugares vazios no Parlamento Outubro 14, 2012
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Nas últimas eleições para a Assembleia da República só participaram 5,5 dos 9,6 milhões de inscritos, fazendo das abstenções o “partido” com maior expressão, contudo foram eleitos deputados para 100% dos lugares na AR. Mesmo que apenas tivessem votado 500 mil eleitores o resultado seria o mesmo! Isto é, se as pessoas estiverem descontentes com o trabalho dos seus representantes, e resolverem não votar em nenhum – abstendo-se, votando em branco ou anulando o voto – isso, lamentavelmente, não tem quaisquer consequências.
Este sistema é injusto, porque em todas as actividades os vendedores precisam dos votos favoráveis dos compradores (em Euros) para que o negócio se efective, enquanto aos políticos bastará não terem menos votos que os seus concorrentes.
Desta forma, quem quiser expressar o seu desencanto não tem possibilidade de o fazer, estando mais que visto que o Parlamento não representa a população, pois cerca de metade dos eleitores nem votaram em nenhum dos eleitos! Uma lei eleitoral que traduzisse o afastamento dos cidadãos da vida política por lugares vazios, certamente introduziria maior competitividade na luta política, aproximando os deputados dos cidadãos e dignificando a actividade política.
Já sei que nenhum dos partidos acolherá esta ideia, mas escrevê-la aqui é a única forma de expressão que a democracia me oferece.
A guerra é demasiado séria para ser deixada aos generais Outubro 14, 2012
Posted by netodays in António Borges, Troika, Vítor Gaspar.add a comment
Nas manifestações de 15 e 29 de Setembro o povo saiu à rua e ficou claro que já ninguém acreditava na narrativa da austeridade, após sucessivos erros de estimativa, desvios colossais, necessidades de ganhar margem de manobra, etc. a artimanha de ganho de competitividade via TSU terá sido fatal.
Como o povo já não acredita que depois das políticas austeritárias melhores dias virão, os líderes internacionais perceberam que seria necessário desvincularem-se da política prosseguida para manterem a sua credibilidade.
As declarações mais surpreendentes foram de Christine Lagarde, dizendo que o FMI se tinha enganado na estimativa de um coeficiente central nos seus modelos:
- Enquanto que nos modelos de projecção usados, se estimava que, por cada euro de cortes de despesa pública ou de agravamento de impostos se perdia 0,5 euros no PIB, a realidade mostrava que esse impacto (os chamados multiplicadores) é muito maior. Afinal, desde que começou a Grande Recessão, em 2008, o que os dados económicos mostram é que por cada euro de austeridade, o PIB está a perder um valor que se situa no intervalo entre 0,9 e 1,7 euros.
PÚBLICO, 09.10.2012
Daqui concluiu que para a terapia ter sucesso, o veneno deverá continuar a ser administrado em menores doses para evitar o “risco de fadiga” ou durante mais tempo.
Abebe Selassie foi o primeiro a desvincular-se das medidas “além da Troika”, classificando a TSU como uma forma “criativa” do Governo resolver o problema do défice e da competitividade.
O oportunista Durão Barroso, que tem sido o nosso maior carrasco na exigência da austeridade, já empurrou a responsabilidade da política prosseguida para os Governos nacionais, dizendo que a Comissão Europeia só faz sugestões, que estes aceitam ou não.
Só falta mesmo o funcionário internacional Vitor Gaspar vir pedir desculpa pela violência orçamental a que tem submetido o país. Talvez não tome essa iniciativa, porque isso significaria abdicar da sua margem de lucro na venda do país a retalho, e uma traição aos amigos Borges e Cª. A emergência económica tem sido invocada para vender em saldo grandes empresas públicas, mas as pessoas já estão alertadas para os ganhos realizados nestas operações pelos intermediários.
O povo já deixou de ser um agente passivo da austeridade, e este Governo só ainda não caiu porque afinal a única oposição que tem é a do PSD.
Uma aplicação do Telemóvel na sala de aulas Outubro 8, 2012
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Hoje fui surpreendido com uma utilização útil do Telemóvel. Enquanto explicava a uma aluna na sua carteira como preencher uma tabela inserindo fórmulas, ela gravou um vídeo com Telemóvel capturando a imagem do computador, e ficou com um tutorial do Excel 😉
Evolução da estrutura do consumo em Portugal e na UE Outubro 8, 2012
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Portugal é dos países da União Europeia onde a privação do consumo de bens se sente mais severamente.
Fonte: Figura 6.6. de Europe in figures – Eurostat yearbook 2011: Living conditions and social protection (tables and graphs), EUROSTAT.
A taxa de privação material (severa) é um indicador que expressa a incapacidade de pagar alguns itens considerados pela maioria das pessoas como desejáveis ou mesmo necessários para levar uma vida adequada. O indicador mede a percentagem da população que não pode pagar pelo menos três (quatro) dos seguintes nove itens: 1. Amortização dos empréstimos e/ou rendas da habitação; 2. Manter a sua casa adequadamente aquecida; 3. Enfrentar despesas inesperadas; 4. Comer carne ou proteínas regularmente; 5. Ir de férias; 6. Ter um aparelho de televisão; 7. Ter uma máquina de lavar roupa; 8. Ter um carro; 9. Ter um telefone.
In Glossário do EUROSTAT.
Comparando os coeficientes orçamentais da rubrica alimentação em Portugal com os da UE27, confirma-se a Lei de Engel, quer com os dados de 2009, quer em 1995.
Fonte: Despesas de consumo final dos agregados domésticos: por tipo de bens e serviços (%), PORDATA.
Apesar de algumas diferenças que uma análise mais detalhada das duas imagens permite evidenciar, destaca-se que nos dois momentos e em ambos os espaços, as componentes mais importantes da despesa são as mesmas.
A imagem abaixo documenta a evolução da estrutura do consumo em Portugal, de 2000 a 2009:
Fonte: Despesas de consumo final no total do rendimento disponível das famílias: total e por tipo de bens e serviços (%), PORDATA.
1. Constrói imagens tuas dos gráficos acima apresentados.
2. Justifica a sobreposição gráfica das taxas de privação material e das taxas de privação severa. Comenta a posição de Portugal no contexto da União europeia.
3. “Comparando os coeficientes orçamentais da rubrica alimentação em Portugal com os da UE27, confirma-se a Lei de Engel, quer com os dados de 2009, quer em 1995”. Justifica.
4. “Nos dois momentos e em ambos os espaços, as componentes mais importantes da despesa são as mesmas”. Indica as três rubricas mais importantes.
5. Refere os valores apresentados pelas rubricas “lazer, recreação e cultura” e “restaurantes e hotéis”.
6. Refere uma rubrica que tenha ganho importância nos orçamentos familiares e outra que a tenha perdido.
7. O gráfico “Despesas de consumo final das famílias por bens e serviços” indica a estrutura do consumo em Portugal, de 2000 a 2009. Refere três aspectos que esperarias encontrar se te fosse apresentado o gráfico homólogo para a Alemanha. Justifica.
Formulário de Contabilidade Nacional Outubro 6, 2012
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Ópticas de cálculo do valor da produção:
- Óptica do Produto permite-nos conhecer o valor do produto por sector institucional e/ou sector da actividade.
- Óptica do Rendimento permite-nos conhecer o valor atribuído a cada um dos factores intervenientes no processo produtivo.
- Óptica da Despesa permite-nos conhecer o valor gasto pelos diferentes sectores institucionais.
Óptica do Produto
- Método dos valores acrescentados:
PIB pm = Somatório dos Valores Acrescentados + impostos indirectos – subsídios à exploração
- Método dos produtos finais:
PIB = Somatório dos consumos finais
Produto Líquido = Produto Bruto – Consumo de capital fixo
Produto Nacional = Produto Interno + Saldo dos rendimentos do trabalho, da propriedade e da empresa com o Resto do Mundo Produto
Índice de Preços implícitos no PIB = PIB a preços correntes / PIB a preços constantes * 100
Exercício
Ainda vem nos manuais a distinção entre “a preços de mercado” e “a custos de factores”:
Produto a preços de mercado = Produto a custos de factores + impostos indirectos – subsídios à exploração
Esta nomenclatura foi substituída pela distinção entre preços base, preços no produtor (preços à saída da fábrica) e preços de aquisição:
Ver pp. 27-28 deste documento.
Isto é:
VAB a preços de base = Somatório dos Valores Acrescentados dos ramos de actividade
PIB a preços de mercado = VAB a preços de base + Impostos líquidos de subsídios sobre os produtos
Óptica do Rendimento
Rendimento Nacional = remunerações do trabalho + excedente do bruto de exploração + impostos líquidos de subsídios sobre a produção e a importação
- Antiga nomenclatura:
Rendimento Nacional = Produto Nacional Líquido a custos de factores Rendimento Disponível dos Particulares = remunerações do factor trabalho e capital + transferências correntes (internas e externas) – impostos directos – contribuições sociais
NOVA NOMENCLATURA:
Rendimento Nacional = Produto Interno Bruto + Rendimentos Primários recebidos do resto do mundo – Rendimentos Primários pagos ao resto do mundo
Rendimentos Primários recebidos do (pagos ao) resto do mundo = Remunerações recebidas do (pagas ao) resto do mundo + Impostos sobre a produção e importação recebidos do (pagos ao) resto do mundo + Subsídios recebidos (pagos) ao resto do mundo + Rendimentos de propriedade recebidos do (pagos ao) resto do resto do mundo
PNB = Rendimento Nacional
Isto é:
PIB a preços de mercado = Remunerações + Excedente Bruto de Exploração/Rend.Misto + Impostos líquidos de subsídios
Óptica da Despesa
Procura Interna = Consumo Privado + Consumo Público + Investimento
Investimento = Formação Bruta de Capital Fixo + Variação de Existências
Procura Externa = Exportações de bens e de serviços
Procura Global = Procura Interna + Procura Externa
PIB pm = Procura Global – Importações
PIB pm = Consumo Privado + Consumo Público + Formação Bruta de Capital Fixo + Variação de Existências + Exportações – Importações
Isto é:
Despesa de consumo final = Despesa de consumo final das famílias residentes + Despesa de consumo final das ISFLSF + Despesa de consumo final das administrações públicas
Formação bruta de capital = Formação bruta de capital fixo + Variação de existências + Aquisições líquidas de cessões de objectos de valor
Procura interna = Despesa de consumo final + Formação bruta de capital
Procura externa líquida = Exportações de bens (FOB) e serviços – Importações de bens (FOB) e serviços
PIB a preços de mercado = Procura interna + Procura externa líquida
Outros formulários de Contabilidade Nacional
- A Medição da Actividade Económica – Universidade do Porto
- Formulário de Contabilidade Nacional – Universidade da Madeira
1. Consultando as Contas Nacionais no site do INE, (A – Agregados Macroeconómicos) apresenta para 1995 a 2009 (*):
a) PIB a preços de mercado pela óptica da produção – Quadro A.1.4.4.1
b) PIB a preços de mercado pela óptica do rendimento – Quadro A.1.3.4.1
c) PIB a preços de mercado pela óptica da despesa – Quadro A.1.2.5.1
(*) NOTA: A cada ano deverá corresponder uma coluna, como nos quadros acima.
2. Indica as fórmulas da Contabilidade Nacional integradas no quadro que construíste em:
a) 1. a)
b) 1. b)
c) 1. c)
3. Explica a utilidade de calcular o mesmo agregado de três modos diferentes.
Conceitos necessários à Contabilidade Nacional Outubro 5, 2012
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Consultando a este texto, responde às primeiras quatro questões abaixo. Os ramos de actividade podem observar-se neste ficheiro.
1. Define sector institucional.
2. Caracteriza os sectores institucionais.
3. Explica o conceito de território económico.
4. Distingue unidade residente de unidade não residente.
5. Identifica os ramos de actividade.
Sexo, Mentiras e Internet Outubro 5, 2012
Posted by netodays in Internet, sexo.add a comment
Terminou hoje a publicação do inquérito à sexualidade dos portugueses pelo Expresso.
Sendo os recursos digitais mais utilizados pelos jovens, o propósito explícito de encontrar parceiro sexual na Internet, observa-se mais na procura de relações ocasionais e por parte da Geração Viagra.
O consumo como um acto económico e um acto social Outubro 1, 2012
Posted by netodays in sociedade de consumo.add a comment
A procura é muitas vezes apresentada como elemento determinante da produção, do emprego e do rendimento, observando-se o consumo meramente como acto económico:
Recentemente os meios de comunicação têm difundido uma versão um pouco mais complexa:
Este é o novo consenso que começa a emergir na comunicação social: a austeridade era uma estratégia que visava restaurar a confiança dos mercados; mas a ênfase na consolidação orçamental foi exagerada, levando as economias para uma recessão prolongada; em suma, a estratégia da austeridade falhou.
O consumo é um acto social com consequências em diversas dimensões:
– Económicas: A redução do consumo, provocada deliberadamente pelos aumentos de impostos e cortes salariais, faz crescer a economia paralela e reduz as receitas fiscais, agravando o défice orçamental
– Sociais: Grande parte das deslocações aos centros comerciais não tem qualquer justificação económica, destinando-se antes ao lazer e ao reencontro com os amigos
– Políticas: As políticas de austeridade têm prosseguido “Uma gigantesca redistribuição do rendimento lesa trabalhadores, pensionistas e grupos desfavorecidos”, EUGÉNIO ROSA.
– Ambientais: A política de austeridade terá tido um impacto positivo sobre o Ambiente, não programado (diz-se externalidade). Como os combustíveis estão muito caros, reduziu-se a circulação automóvel e as emissões de dióxido de carbono
- “Consumo ético” significa um consumo consciente, em que a decisão de compra de um produto ou serviço assenta não só em critérios de qualidade e preço,mas também nas condições humanas e ambientais em que foram produzidos e comercializados, assim como nas consequências humanas e ambientais dessa compra.
CONSUMO PÚBLICO, CONSUMO ÉTICO
Os diversos tipos de consumo, distinguem-se habitualmente quanto:
– às necessidades satisfeitas: Essencial / Supérfluo
– ao agente que consome: Privado / Público
– ao beneficiário do consumo: Individual / Colectivo
– à finalidade do consumo: Final / Intermédio
1. Apresente argumentos que legitimem a austeridade, referindo o consumo como acto económico.
2. Apresente argumentos que retirem legitimidade à política de austeridade, referindo o consumo como acto económico.
3. Problematize a racionalidade económica do consumo ético.
4. Refira e justifique exemplos de consumo:
– Essencial;
– Privado;
– Individual; e
– Final.