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Portugal é uma pequena economia aberta ao exterior, particularmente dependente da Área Euro Novembro 29, 2012

Posted by netodays in confiança, PIB, União Europeia.
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O peso de Portugal na União Europeia é reduzido, mas o clima que se vive na UE determina em larga medida o que sucederá na nossa economia. Geralmente quando a Europa cresce, Portugal também tem oportunidades de crescimento. Portugal cresceu a uma velocidade superior à da área Euro até 2000, aspecto que a Espanha manteve até 2008. A área Euro entrou em recessão em 2000, vivendo Portugal e Alemanha um período de depressão após a criação do Euro (2002), mas a Alemanha recuperou rapidamente a partir de 2005, desempenhando o papel de locomotiva da área Euro, que Portugal não acompanharia com a mesma velocidade.

Fonte: EUROSTAT

A crise financeira de 2007/08 arrasou toda a Europa, e Portugal só não terá registado uma queda tão profunda quanto os restantes países porque a bolha de crescimento do sector financeiro e imobiliário terá tido menor expressão entre nós. A partir de 2010, quando a Europa parece iniciar um novo ciclo, as vulnerabilidades estruturais de Portugal e de Espanha parecem eternizar a recessão na península ibérica, apontando as últimas estimativas do EUROSTAT tcv’s positivas apenas em 2014, iniciando-se a retoma em 2013.

A confiança do consumidor (ou sentimento do consumidor) é frequentemente retratada como uma força motora fundamental da economia. Quando os consumidores estão confiantes, a economia é estimulada e quando estão inseguros, a economia é contraída, sendo que os consumidores tendem a ser mais confiantes sobre o futuro quando estão confiantes com o presente. Com base em inquéritos mensais o INE vai publicando indicadores de confiança que permitem interpretar melhor a dependência de Portugal relativamente à área Euro.

Os nossos consumidores são mais pessimistas.

A indústria só teve expectativas mais elevadas que a área Euro antes da unificação alemã.

O comércio a retalho manteve expectativas de crescimento acima da área Euro até à criação do Euro.

A construção e obras públicas só mantiveram expectativas acima da área Euro antes da unificação alemã, afastando-se destas após 2002.

O indicador de confiança nos serviços apresenta valores inferiores aos da área Euro, apenas tendo registado valores positivos antes da criação do Euro, durante o Euro-2004 (futebol) e com a política despesista de José Sócrates.

1. Constrói e interpreta um gráfico com as tcv´s do PIB de Portugal, Espanha, Alemanha e Área Euro a 16. (PREVIEW acima) Fonte: EUROSTAT

2. Comenta a evolução da economia portuguesa, comparando as tcv’s do PIB com as da Tríade Mundial (Área Euro-16, EUA e Japão).(PREVIEW)

3. Compara Portugal com Área Euro construindo e interpretando dois dos gráficos abaixo propostos: Fonte: INE.
a) indicador de confiança dos consumidores; Folha Cons-1, PREVIEW
b) indicador de confiança da indústria transformadora; Folha ICIT – 1, PREVIEW
c) indicador de confiança do comércio a retalho; Folha ICC – 1, PREVIEW
d) indicador de confiança da construção e obras públicas; Folha ICCOP – 1, PREVIEW
e) indicador de confiança dos serviços. Folha ICS – 1, PREVIEW

Lei dos Rendimentos Decrescentes Novembro 27, 2012

Posted by netodays in produtividade, produto marginal, produto médio, rendimentos decrescentes.
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A produção (Y) resulta da combinação dos factores produtivos capital (K) e trabalho (L, da expressão inglesa Labour) utilizando uma dada tecnologia A (a letra t e utilizada em Economia para representar o tempo. Portanto, a expressão abaixo representa a função de produção, que já terás observado no blogue:

Y = f(A,K,L)

A longo prazo, todos os factores podem ser ajustados, incluindo o trabalho, as matérias-primas, o capital e a tecnologia. Isto é, dentro de determinados limites os factores são substituíveis. Estudaremos esta situação em próximos posts. Outra característica dos factores é a complementaridade, visto que ambos os factores são necessários para o desenvolvimento do processo produtivo.

O curto prazo é o período de tempo suficiente para o ajustamento dos factores produtivos variáveis, tais como as matérias-primas e o trabalho, mas demasiado curto para permitir que se alterem os factores fixos como o capital – edifícios e equipamentos – e a tecnologia.
Por exemplo, no curto prazo uma companhia aérea pode começar a fazer mais rotas, contratando mais pilotos, ou pedindo horas extras aos que já se encontram ao serviço. Igualmente, facilmente adquirirá mais gasolina ou contratará mais hospedeiras para os novos vôos, mas a aquisição de mais aviões, ou a sua substituição por aparelhos mais modernos só será possível a longo prazo.
No curto prazo, geralmente consideramos uma dada tecnologia, tomamos o capital como um custo fixo, e o trabalho como um custo variável. Isto nem sempre é verdade, por exemplo é relativamente difícil despedir funcionários públicos, mas o trabalho pode, em geral, ser mais facilmente ajustado do que o capital.

Segundo a lei dos rendimentos decrescentes, obtemos cada vez menor produção adicional à medida que acrescentarmos doses adicionais de um factor, mantendo fixos os restantes. Ou seja, mantendo constantes os restantes factores produtivos, o produto marginal de cada unidade do factor de produção reduzir-se-á com o aumento da quantidade utilizada desse factor.

Um exemplo anedótico, é o caso de empregarem mais secretárias nos escritórios sem cuidar de instalar novos equipamentos.

Imagine que na produção do bem X são utilizadas 10 unidades de Capital, variando o Trabalho de 1 a 5 unidades. A tabela abaixo mostra a Produção Total, O Produto Marginal e o Produto Médio.

O Produto Marginal – ou produtividade marginal – de um factor de produção é o produto adicional gerado por 1 unidade adicional desse factor, mantendo os restantes factores constantes.

O Produto Médio – ou produtividade média – é igual à produção total dividida pela totalidade de unidades do factor de produção.

Segue-se a imagem que ilustra a tabela acima.

Em casos extremos o produto marginal pode ser negativo. Voltando ao exemplo das secretárias, seria o caso de a funcionária não ter material para trabalhar, e começar a perturbar uma amiga!

1. Explica os seguintes conceitos:
– combinação dos factores produtivos
– função de produção
– factores de produção
– complementaridade dos factores
– substituibilidade dos factores

2. Distingue o curto prazo do longo prazo tendo em vista a produção.

3. Enuncia a lei dos rendimentos decrescentes.

4. Define:
– Produto Marginal/Produtividade Marginal
– Produto Médio/Produtividade Média

5. Preenche a tabela que se encontra aqui, e constrói um gráfico que ilustre a relação entre a Produção Total, o Produto Marginal e o Produto Médio. Publica imagens da tabela e do gráfico.

Análise Económica II Novembro 25, 2012

Posted by netodays in despesa, Economia Portuguesa.
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Nas Contas Nacionais, o Quadro A.0.1 – Principais indicadores económicos (anual) sintetiza a evolução da economia portuguesa no período 2007/11.

1. Indica o ano em que o PIB:
– cresceu mais rapidamente
– cresceu mais lentamente
– caiu mais lentamente
– caiu mais rapidamente

2. Em 2007, indica o contributo para a variação do PIB, em pontos percentuais, das seguintes rubricas:
– Consumo privado
– Consumo público
– Formação bruta de capital
– Exportações
– Importações

3. Verifica que a soma dos contributos para a variação do PIB, em pontos percentuais, corresponde ao valor da tcv.

4. Constrói e interpreta um gráfico que apresente as taxas de variação real do Consumo Privado e do Rendimento disponível bruto das famílias e ISFLSF. (PREVIEW)

5. Constrói e interpreta um gráfico que apresente as taxas de variação real das Exportações e dos Custos do trabalho por unidade produzida (CTUP nominal). (PREVIEW)

6. Constrói e interpreta um gráfico que apresente as taxas de variação real do PIB e das componentes da Procura Global. (PREVIEW)

Limitações da Contabilidade Nacional II Novembro 24, 2012

Posted by netodays in economia paralela.
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O PIB inclui muitas variáveis questionáveis e omite muitas actividades económicas com valor. Por exemplo, o PIB inclui a produção de bombas e mísseis, bem como os salários pagos aos guardas das prisões. O aumento das actividades criminosas faz disparar as vendas de alarmes e sistemas de segurança, que se somam ao PIB. Por outro lado, o corte de florestas insubstituíveis, a degradação ambiental, a poluição, as chuvas ácidas ou o aquecimento global, constituem externalidades (*) que não têm qualquer impacto sobre o valor da produção.

A Contabilidade Nacional tem sido muito criticada pelas actividades extra-mercado que omite, procedendo-se então ao cálculo da importância da Economia Não-Registada – ENR, vulgo economia paralela – relativamente ao PIB. “Sendo clandestina e incluindo muitos procedimentos ilegais discute-se frequentemente a questão da sua medida. Aos que tendem a desvalorizar medições efectuadas há que recordar que o próprio produto interno bruto oficial é obtido por estimativas unanimemente aceites” (Índice de 2011, A Economia Não Observada em Portugal, OBEGEF, 2012).

A ENR inclui (1) a economia subterrânea, (2) a ilegal, a (3) economia informal e o auto-consumo e (4) produto não contabilizado por deficiências da estatística.

Os valores calculados para a economia portuguesa desde 1970 apresentam valores sempre crescentes, que em 2011 já terão ultrapassado 25% do PIB.

Fonte: Índice de 2011, A Economia Não Observada em Portugal, OBEGEF, 2012.

(*) Externalidades (ou efeitos sobre o exterior) ocorrem quando empresas ou indivíduos impõem custos ou benefícios a outros que estão fora do mercado.
A poluição é obviamente uma externalidade negativa. As descobertas científicas, de cujo conhecimento poderá beneficiar a generalidade da população dizem-se externalidades positivas.

Continuando a utilizar o documento acima indicado:

1. Explicite o significado das diversas componentes da ENR: (1) a economia subterrânea, (2) a economia informal e o auto-consumo e (3) discrepâncias estatísticas.

2. Por que motivos se espera que a importância da ENR relativamente ao PIB tenha crescido em 2011, e que continuará a crescer?

3. Comente a distribuição sectorial da ENR (Tabela 5, na p. 9).

4. Justifique a sobrevivência das populações em países com produto interno bruto oficial per capita abaixo do limiar de subsistência.

5. Problematize o conceito de “externalidades” no âmbito da ENR.

6. Esta actividade é complementada com o TPC indicado aqui.

Limitações da Contabilidade Nacional – I Novembro 23, 2012

Posted by netodays in economia paralela.
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Tarefa proposta como TPC

A maior limitação da Contabilidade Nacional decorre do desenvolvimento da economia paralela – economia não registada -, que já representa 1/4 do PIB. Se não fosse este flagelo, as contas públicas não apresentariam défice.

I

Visualiza a parte inicial do vídeo – primeiras intervenções, após as notícias – e responde às seguintes questões:

1. Explicita o conceito de Economia Paralela e suas componentes, expostas por Nuno Gonçalves.

2. Porque é que a população acha melhor não pagar os impostos?
Refere a argumentação de Sara Santos.

3. Identifica a elite corrupta indicada por João Pedro Martins.

4. Como explica Helena Garrido o regresso da pergunta “com ou sem factura?”

5. Refere como a teoria da felicidade explica a fuga ao fisco? (Helena Garrido)

II

1. Comenta alguns aspectos que consideres interessantes do resto do vídeo.

2. A economia paralela é um problema económico ou uma questão (de falta de)moral? Justifica.

Capital Novembro 22, 2012

Posted by netodays in capital.
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Adam Smith, frequentemente referido como pai da Economia, no seu livro A Riqueza das Nações, explicitou o conceito de riqueza:

  • Cada homem é rico ou pobre consoante o grau em que lhe é dado fruir dos bens necessários à vida e ao conforto e das diversões próprias dos seres humanos. Mas, após a divisão do trabalho se ter estabelecido completamente, o trabalho de cada homem só poderá provê-lo de uma pequeníssima parte desses bens. A grande maioria deles terá de ser suprida pelo trabalho de outros homens e, assim, ele será rico ou pobre consoante a quantidade desse trabalho sobre que ele pode adquirir domínio, ou que lhe é possível comprar. Portanto, o valor de qualquer mercadoria, para a pessoa que a possui e não tenciona usá-la ou consumi-la, mas sim trocá-la por outras mercadorias, é igual à quantidade de trabalho que ela lhe permite comprar ou dominar. O trabalho constitui, pois, a verdadeira medida do valor de troca de todos os bens.
    O verdadeiro preço de todas as coisas, aquilo que elas, na realidade, custam ao homem que deseja adquiri-las é o esforço e a fadiga em que é necessário incorrer para as obter.
    Adam Smith (1723-1790)

Na época em que Adam Smith viveu a riqueza era em grande parte definida pela propriedade da terra e pelos títulos da nobreza, base de uma estrutura quase imutável.
Hoje o dinamismo económico e financeiro não tem qualquer comparação, e alguns indivíduos enriqueceram rapidamente nos anos 1990/2000, com as bolhas das dot.com, do imobiliário, dos novos espaços da distribuição, ou dos produtos financeiros, dizendo-se novos-ricos. A este ciclo de prosperidade artificial, desligada do resto da economia, sucedeu a crise financeira (2007/08) e na sua sequência estão a ser seguidas na Europa políticas de austeridade que forçam franjas da classe média a empobrecer, criando os novos-pobres. No entanto continua a ser praticamente impossível um rico tornar-se pobre.

A riqueza que é mobilizada para o processo produtivo, com o objectivo de a reproduzir designa-se capital. Há muitos conceitos de capital, mas em termos práticos podemos defini-lo como o conjunto de todos os factores produtivos que são necessários para o desenvolvimento do processo produtivo, exceptuando o trabalho.

Entre os conceitos de capital, a Infopédia define capital financeiro, capital técnico, capital circulante, capital fixo, capital social e capitais próprios. No Glossário do Instituto Camões encontrarás muitos outros conceitos de capital.

Observa que no capital financeiro, recursos monetários e títulos ao dispor de uma sociedade, distinguem-se:

  • Capitais Próprios, e
  • Capital Alheio

No capital técnico, conjunto de bens indispensáveis ao processo produtivo, distinguem-se:

  • Objectos de Trabalho: Matérias primas, etc. que são integradas no produto final, participando num só ciclo produtivo, constituem o capital circulante
  • Meios de Trabalho: Instrumentos de trabalho, máquinas ou ferramentas, edifícios e terrenos participam em múltiplos ciclos produtivos, designando-se capital fixo

1. Apresenta um conceito de “riqueza”.

2. Distingue os novos-ricos dos novos pobres, relacionando-os com os conceitos de mobilidade social e desigualdade na repartição do rendimento.

3. Indica as actividades desenvolvidas pelos portugueses mais ricos.

4. Distingue riqueza de capital.

5. Define os seguintes conceitos de capital: capital financeiro, capital técnico, capital circulante, capital fixo, capital social, capitais próprios, capital alheio, capital natural e capital humano.

6. Utilizando as definições do ponto 5. classifica os seguintes itens:
– poupança pessoal de um empresário que foi mobilizada para a actividade produtiva
– valores financeiros dos proprietários da empresa, afectados à produção
– um empréstimo bancário que a empresa contraiu
– maquinaria, edifícios, matérias-primas e matérias-subsidiárias empregues no processo produtivo
– maquinaria, edifícios, etc. que são utilizados em vários ciclos produtivos (durante vários anos)
– matérias-primas, que são incorporadas no produto acabado, participando num único ciclo produtivo
– montante de recursos financeiros colocados à disposição de uma empresa pelos seus sócios
– recursos naturais
– factor produtivo trabalho

7. Partindo da apresentação popular na Internet Suiça vs Portugal na perspectiva de um português, refere sobre a importância relativa dos recursos naturais, do capital humano, do enquadramento cultural e normativo e dos valores no desenvolvimento dos países.

Lamento não conseguir usufruir do benefício de 250 € oferecido pelas Finanças Novembro 22, 2012

Posted by netodays in Socratelândia.
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Exmo. Sr. Diretor-Geral das Finanças,

Lamento não conseguir usufruir do benefício de 250 € que tão generosamente me concede, pois o valor dos bens que teria de adquirir excede o meu vencimento líquido, que teria de ser superior a 26.739 €. Talvez atribuindo um benefício maior conseguisse combater mais eficazmente a economia paralela, pois os valores morais, como V/ Excelência reconhece, já não têm força suficiente para coagir os contribuintes a pagar os impostos.

Autoridade Tributária e Aduaneira No-reply-qsc@at.gov.pt
13:22 (1 hour ago)

to me

Assunto: Beneficie do incentivo fiscal à exigência de fatura

Exmo.(a) Senhor (a)

JOSE ******************** NETO
*********

A partir de 1 de janeiro próximo, pode beneficiar de uma dedução à coleta do IRS no montante correspondente a 5% do IVA pago em cada fatura, por qualquer membro do agregado familiar, com o limite global máximo de 250 Euros.

Para usufruir desse benefício, basta que exija a inclusão do seu número de identificação fiscal (NIF) nas faturas relativas às aquisições que efetuar. Os comerciantes são sempre obrigados a emitir faturas, mesmo nos casos em que o adquirente não as exija (com exceção dos comerciantes isentos de IVA).

Numa primeira fase encontram-se abrangidas apenas as prestações de serviços enquadradas nos seguintes setores de atividade:

i) Manutenção e reparação de veículos automóveis;
ii) Manutenção e reparação de motociclos, de peças e acessórios;
iii) Alojamento e similares;
iv) Restauração e similares;
v) Atividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza.

O sistema funciona de forma muito simples. Se exigir a colocação do seu NIF nas faturas, a AT atribui automaticamente o benefício.

Quando exige fatura, a AT garante o controlo e a segurança de que o IVA que nela pagou será entregue ao Estado.

Caso necessite de informação adicional, não hesite em contactar o nosso Centro de Atendimento Telefónico da AT (707 206 707), nos dias úteis das 08H30 às 19H30.

Com os melhores cumprimentos,

O Diretor-Geral,

José A. de Azevedo Pereira

A política dos cortes salariais nos professores vai prosseguir Novembro 20, 2012

Posted by netodays in estatísticas, professores.
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Foi hoje divulgado o estudo de um grupo do MEC que apurou o custo médio por turma. Observou também que na sua estrutura “grande parte dos custos (cerca de 85%) se referem a custos de docência”, identificando a rubrica onde Ministério deverá continuar a cortar.

Desde 2001 que os professores começaram por conhecer o aumento zero do vencimento – expressão então inventada por Manuela Ferreira Leite para designar o seu congelamento, sem o referir – e nos últimos tem sido pior, porque até têm cortado os vencimentos nominais.

O unanimismo do PS ao CDS em torno desta “receita para a crise” resulta da representação machista que têm dos professores como professoras, que apesar da sua elevada qualificação não deverão ganhar mais que os respectivos maridos!

Nem de propósito, também hoje o INE divulgou os resultados definitivos dos Censos 2011, destacando que a categoria de “formação de professores e ciências da educação” apenas tem significado para as mulheres! Portando podem continuar a cortar…

Voto no partido que entender que a sociedade precisa de rejuvenescer…

… promovendo uma maior dimensão das famílias, porque sem produtividade neste sector é o futuro dos portugueses como Nação que fica em jogo.

Análise Económica Novembro 20, 2012

Posted by netodays in despesa, Economia Portuguesa.
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As mais recentes projecções do FMI apontam para um abrandamento do crescimento da economia mundial em 2012 (caiu a tcv de 3,8 para 3,3) e para uma recuperação gradual a partir de 2013 (tcv de 3,6). Contudo os vários países/áreas apresentam crescimentos muito diferentes. Prevê-se que a Área Euro registe recessão em 2012 (tcv de -0,4) e um crescimento quase nulo em 2013 (tcv de 0,2), a um ritmo muito inferior ao dos BRIC’s. No seio da área prevê-se que PIGS continuem em recessão em 2012 e 2013.

Para Portugal prevê-se que o PIB que já caiu em 2011 (tcv=-1,7) acelere o ritmo a que o país se afunda na recessão em 2012, prevendo-se tcv’s de -2,3 e -3,3, respectivamente, no 1º e 2º trimestres relativamente aos períodos homólogos do ano anterior. O quadro abaixo discrimina as taxas de crescimento homólogo real (isto é, em volume) de várias componentes da despesa nacional.

A estratégia proposta pelo Governo para o país se tornar mais competitivo radica na redução dos custos unitários do trabalho (CTUP), recorrendo mesmo à aceleração da redução dos salários nominais, no intuito de obter escassos ganhos de produtividade.

1. Observando o Quadro I.1.1. indica o peso dos membros da tríade dominante na economia mundial: Estados Unidos, EU-27 e Japão.

2. Indica os cinco países mais importantes na economia mundial.

3. Comenta as perspectivas de crescimento dos cinco países mais importantes em 2011-2013.

4. Comenta a capacidade de influência na economia mundial pela Alemanha em dois cenários: I – integrada na EU-27: e II – sozinha.

5. Observando o Quadro I.1.2. interpreta as taxas de crescimento homólogo real apresentadas para o 2º trimestre de 2012 pelo: (a) Consumo Privado; (b) Consumo público; e (c) PIB.

6. “Portugal é um avião a jacto com 4 motores, mas só um está a funcionar”. Justifica esta metáfora do Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, comentando a evolução das componentes da Procura Global indicadas no Quadro I.1.2.

(*)7. Observando o Quadro I.1.5. critica a estratégia definida por este Governo no OE2013 referindo o importante papel a desempenhar pelo Estado para fomentar a mudança do padrão de especialização, defendida pela generalidade dos economistas.

NOTAS:
BRIC’s -Os “tijolos” da economia mundial são: Brasil, Rússia, Índia e China.
PIGS – Portugal, Itália, Grécia e Spain.
(*) A questão 7. é de desenvolvimento.

Componentes da Despesa Novembro 19, 2012

Posted by netodays in despesa, PIB.
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O cálculo do PIB pela óptica da despesa será certamente o mais popular no jornalismo e na análise económica. Muitas rubricas já têm consagradas determinadas siglas que iremos utilizar, como neste formulário. Já conheces a generalidade das componentes da Despesa:

  • Consumo Privado (C): dos particulares
    Consumo Privado = Despesa de consumo final das famílias residentes + Despesa de consumo final das ISFLSF
  • Consumo Público (G): do Estado
    Consumo Público = Despesa de consumo final das administrações públicas
  • Despesa de Consumo Final: DCF = C + G
    A despesa de consumo final consiste na despesa efectuada pelas unidades institucionais residentes com os bens ou serviços utilizados para a satisfação directa de necessidades ou carências individuais, ou das necessidades colectivas de membros da colectividade. A despesa de consumo final pode ser efectuada no território nacional ou no estrangeiro (INE, Metainformação)
  • Investimento Bruto/Formação Bruta de Capital (I): I = FBCF + VE
  • Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF): Valor que integra os bens duradouros novos de montante superior a 500 Euros destinados a fins não militares e produzidos/adquiridos pelas unidades produtoras residentes, para utilização por um período superior a um ano no seu processo produtivo (incluindo os que são adquiridos por recurso a contratos de leasing financeiro), e os serviços incorporados nos bens de capital fixo.
    http://smi.ine.pt/Conceito/Detalhes?id=6779&lang=PT
  • Variação de Existências (VE): A variação de existências é medida pelo valor da diferença entre, por um lado, as entradas de existências, e, por outro lado, as saídas e as perdas correntes de bens constantes das existências (INE, Metainformação)
  • Exportações, (X): As exportações de bens e serviços consistem nas transacções de bens e serviços (vendas, trocas directas, ofertas ou doações) de residentes para não residentes (INE, Metainformação)
  • Importações, (M): As importações de bens e serviços consistem nas transações de bens e serviços (aquisições, trocas diretas, ofertas ou doações) de não residentes para residentes (INE, Metainformação)
  • Despesa:
    Despesa Interna = PIBpm
    isto é, PIBpm = C + G + I + X – M
    ou Despesa Interna = Procura global – Importações
  • Despesa Nacional = PNBpm
    isto é, Despesa Nacional = PNBpm = PIBpm + Saldo dos rendimentos do trabalho, da propriedade e da empresa com o Resto do Mundo (REX)
    ou Despesa Nacional = Despesa Interna + REX
  • Procura:
    Procura Interna: Soma da Despesa de Consumo Final e de Formação Bruta de Capital efetuada por residentes (INE, Metainformação),
    isto é, Procura Interna = Consumo Privado + Consumo Público + Investimento
    ou Procura Interna = C + G + I
    Investimento = Formação Bruta de Capital Fixo + Variação de Existências (Formulário)
    Procura Global: Procura Global = Procura Interna + Procura Externa
    Procura Externa = Exportações de bens e de serviços (Formulário)

AQUISIÇÕES LÍQUIDAS DE OBJETOS DE VALOR
Definição: Os objetos de valor são bens não financeiros que não são principalmente utilizados na produção ou consumo, que não se deterioram (fisicamente) com o tempo, em condições normais, e que são sobretudo adquiridos e conservados como reservas de valor.
NOTAS: Os objetos de valor compreendem os seguintes tipos de bens: a) pedras e metais preciosos, como diamantes, ouro não monetário, platina, prata, etc.; b) antiguidades e outros objetos de valor, como pinturas, esculturas, etc.; c) outros objetos de valor, como joalharia trabalhada com pedras e metais preciosos, bem como objetos de coleção. Ver também § 3.116 e 3.117 do SEC/95.
http://metaweb.ine.pt/sim/CONCEITOS/Detalhe.aspx?cnc_cod=2674&cnc_ini=24-05-1994

I

Partindo do Quadro A.1.2.5.1 – PIB a preços de mercado na ótica da despesa (preços correntes; anual), confirma/calcula com os valores de 1995:

1. Despesa de consumo final = Despesa de consumo final das famílias residentes + Despesa de consumo final das ISFLSF + Despesa de consumo final das administrações públicas
Isto é, DCF = C + G

2. Formação bruta de capital = Formação bruta de capital fixo + Variação de existências + Aquisições líquidas de cessões de objectos de valor
isto é, I = FBCF + VE (*)
(*) O valor das Aquisições líquidas de cessões de objectos de valor é frequentemente omitido porque tem geralmente pouca importância nas economias.

3. Procura interna = Despesa de consumo final + Formação bruta de capital
isto é, Procura interna = C + G + I

4. Procura externa líquida = Exportações de bens (FOB) e serviços – Importações de bens (FOB) e serviços
isto é, Procura externa líquida = X – M

5. Procura Global = Procura Interna + Procura Externa
isto é, Procura Global = C + I + G + X

NOTE QUE: C = Consumo Privado = Despesa de consumo final das famílias residentes + Despesa de consumo final das ISFLS

6. PIB a preços de mercado = Procura interna + Procura externa líquida
ou PIBpm = C + G + I + X – M

II

Constrói um gráfico que ilustre a evolução das componentes da Procura Global, em valores percentuais. (PREVIEW) Comenta-o.

CORRECÇÃO do Grupo I