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Política, um jogo de rapazolas movidos por interesses mesquinhos Março 25, 2011

Posted by netodays in António Barreto.
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  • Gostava de poder acreditar que as próximas eleições fazem uma limpeza dos rapazolas. Mas não vão limpar muita coisa porque as pessoas são as mesmas, e não creio que tenham aprendido. A maneira como se anunciam firmes para a lide, parece que estão a entrar numa Praça de Touros….

A web é para ler Julho 25, 2009

Posted by netodays in António Barreto.
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O Magalhães é um brinquedo inútil. Não tem leitor de CD/DVD que permita instalar novo software e isso faz toda a diferença. Não é computador porque não podemos alterar as suas funções. Ponto final.

António Barreto toma o Magalhães para criticar a tecnologia.

  • Da maneira como o Governo aposta na informática, sem qualquer espécie de visão crítica das coisas, se gastasse um quinto do que gasta, em tempo e em recursos, coma leitura, talvez houvesse em Portugal um bocadinho mais de progresso. O Magalhães, nesse sentido, é o maior assassino da leitura em Portugal. Chegou-se ao ponto de criticar aquilo a que chamaram «cultura livresca». O que é terrível. É a condenação do livro. Quando o livro é a melhor maneira de transmitir cultura. Ainda é a melhor maneira. A coroa de todo este novo aparelho ideológico que está a governar a escola portuguesa – e noutras partes do mundo – é o Magalhães. Ele foi transformado numa espécie de bezerro de ouro da nova ciência e de uma nova cultura, que, em certo sentido, é a destruição da leitura.

    Entrevista de António Barreto

Sabe-se que a melhor maneira de fazermos alguma coisa é aquela como aprendemos! Posso garantir que é muito mais cómodo ler os “Retratos da Semana” na web que no jornal em papel. O texto em formato digital pode ser editado, cortamos o que não nos interessa e adicionamos o que faz falta. Levamos uma ideia daqui, colamos acolá, e recombinamos o trabalho n vezes, como nunca faria alguém condicionado pelos limites do papel. Não será isto “adaptar o tipo de livro à pessoa em causa”?

A web é para ler. Os estratos sociais letrados procuram informação diversa sobre dietas, viagens, saúde, parceiros e concorrrentes profissionais, software, finanças, pagamento de impostos, realizam aplicações financeiras, fazem compras e até trabalham… Quem não sabe ler vê os bonecos, e temos as crianças dos estratos sociais mais baixos a utilizarem predominantemente o Hi5 e o MSN, porque se encontram limitadas cognitivamente.

É errado colocar a web em oposição à leitura porque os seus conteúdos só têm utilidade ser forem lidos. Mesmo os sites que prestam serviços através da web não serão utilizados decentemente se os seus tutoriais e instruções (FAQ’s) não forem lidos.

As crianças que têm aulas de Português utilizando livros de leitura geralmente exercitam pouco a escrita, e daí o descalabro nos testes a todas as disciplinas. As que editam um blogue têm de ler, compreender e expressar-se por escrito! Isto é muito mais que ler.

Os direitos de autor é que constituem um obstáculo ao desenvolvimento da leitura. Por exemplo, os docentes universitários têm acesso à B-ON, podendo ler milhares de obras de autores conceituados no mundo académico, mas os restantes professores e população em geral não têm acesso a este espólio. Porquê?

Felizmente já não precisamos de cansar a vista a ler as letras miudinhas da Análise Social, cujos artigos estão online. É muito mais simples mudar a fonte do texto no computador que ser forçado a mudar de óculos. Felizmente as outras revistas também já perceberam que têm de estar na web para ser lidas, e graças à Internet podemos usufruir de salas mais espaçosas.


A raça está a crescer Junho 10, 2008

Posted by netodays in António Barreto, José Sócrates.
2 comments
  • NÃO SEI SE SÓCRATES É FASCISTA. Não me parece, mas, sinceramente, não sei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições. Não tolera ser contrariado, nem admite que se pense de modo diferente daquele que organizou com as suas poderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação. No seu ideal de vida, todos seriam submetidos ao Regime Disciplinar da Função Pública, revisto e reforçado pelo seu governo. O Primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas.
    António Barreto, Público, 06/JAN/2008

A comunidade científica trata a Sociologia como se fosse uma religião porque os “sociólogos” com maior visibilidade nos meios de comunicação não se acanham de dizer os maiores disparates. Para quê induzir os leitores no erro de que se acusa a populaça se podemos afirmar com segurança que Sócrates é autoritário?

Enfim, quando se escreve para os jornais, apimentam-se os artigos com umas expressões
que deixam à margem o rigor sociológico. Eis mais um exemplo para o rol das anedotas:

  • A Miss Portugal 1990 tem 1,81 metros. Repito, um metro e oitenta e um centímetros! Outro feito do cavaquismo ocidental: a raça está a crescer…
    António Barreto, Público, 13 de Maio de 1990

Esta brilhante conclusão de que a raça está a crescer, partindo da altura da Miss Portugal é elucidativa do tipo da “Sociologia” de algibeira que se pratica em Portugal. Quanto à expressão “raça” no léxico de um sociólogo, diria que o erro é 1.000 vezes mais grave que no caso de Cavaco.