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Grelha de Análise do Recurso Educativo Online PORDATA Fevereiro 14, 2012

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Este recurso educativo cobre todas as áreas do quotidiano para as quais existem estatísticas produzidas pelas fontes oficiais desde 1960 à actualidade. Já colaboram com o PORDATA mais de 50 organismos da administração pública, o que evidencia o seu interesse. Assim, além da Economia e da Sociologia, provavelmente todas as áreas disciplinares encontrarão aqui indicadores com interesse para os seus temas.

No caso do ensino, poder dispor do acesso a toda a informação num só site é particularmente vantajoso porque quando a informação se encontra dispersa não é tão simples de aceder. Além disso, a habituação/aprendizagem de um determinado interface numa tarefa, facilita a sua utilização em tarefas futuras. É evidente que o site não evita a utilização imprópria das estatísticas – problema referido no Guia referenciado -, mas possui muitas funcionalidades que facilitam a interpretação das mesmas.

Pedia-se neste trabalho a adaptação de grelhas (modelo) existentes à avaliação deste recurso, certamente no pressuposto da justificação industrial que a cada recurso é possível adaptar uma grelha óptima, pois esta equaciona o produto escolar independentemente do aluno, apenas em função dos ditos objectivos pedagógicos. Ora num site como estes, bastará pensar na idade dos estudantes para admitir que toda a avaliação do recurso deveria variar com a mesma, pois as estratégias que se podem utilizar com alunos de 17 anos (a fazer o 12º ano) serão muito distintas de uma breve visita com alunos mais jovens cujos olhares se irão fixar nos contadores, mas que também revelarão interesse em explorar os gráficos dinâmicos. Isto é, em vez de apresentar uma grelha única, creio que a avaliação do recurso seria mais precisa se pudesse apresentar várias grelhas para dois ou três níveis etários, porque poderia aproximar-me mais das expectativas dos estudantes (justificação doméstica), mas como fui desleixado no prazo de entrega do trabalho, fica assim mesmo.

Grelha de Avaliação do PORDATA

Bibliografia

Evaluating, Selecting and Acquiring Learning Resources: A Guide
http://www.bcerac.ca/docs/ERAC_WB.pdf

Sistema de Avaliação, Certificação e Apoio à Utilização de Software na Educação e Formação, Guião de Apoio à Avaliação de Produtos Multimédia
http://www.crie.min-edu.pt/files/@crie/1220024785_13_SACAUSEF_III_115a124.pdf

Análise e Avaliação de Recursos Educativos online Janeiro 19, 2012

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Permito-me apresentar uma perspectiva própria sobre a avaliação de recursos educativos, relativamente mais elaborada que o solicitado na tarefa, visto que resulta da integração dos materiais disponibilizados em ARE, com ideias que transporto de um mestrado anterior, à semelhança de um trabalho sobre percursos de aprendizagem mediados por blogues que fiz para a UC de Aprendizagem e Tecnologias.

Um aspecto que considero fundamental referir, é que tão importante quanto os recursos é a concepção que os professores têm da educação. O que separa José Luís Ramos de Fernando Albuquerque Costa não são dúvidas menores sobre os critérios de avaliação dos recursos educativos digitais, mas o próprio conceito de RED’s, que deriva de diferentes concepções da educação.

O professor José Luís Ramos representa um conjunto de pessoas para quem as crianças são vistas apenas como os trabalhadores de amanhã, que deverão receber um treino em determinadas tarefas escolares padronizadas, que constituem meros problemas técnicos, nos quais deverão ser treinadas, utilizando materiais padronizados e preferencialmente certificados. Desta perspectiva decorre uma multiplicidade de critérios de avaliação dos Recursos Educativos Digitais tendo em vista a cereja em cima do bolo (o selo de certificação). Para promover a utilização destes recursos propôs a criação de um repositório de RED’s, que todos conhecemos através do Portal das Escolas (Recursos). Designo esta lógica por justificação industrial, termo que deriva da analogia com a fabricação industrial, também sujeita a rigorosos critérios de controlo da qualidade.

O professor Fernando Albuquerque Costa expressou o seu horror a manuais, e não vê qualquer motivo para a certificação de software, visto que compete à escola promover a integração das crianças no meio, desenvolvendo relações de proximidade e de confiança com os alunos. Na sua perspectiva, o melhor software é exactamente aquele em cuja construção os alunos se envolvem e como se interessa pelo desenvolvimento global das crianças, propõe como critérios de avaliação dos recursos educativos a sua eficácia ou a sua capacidade para ensinarem os alunos a pensar. Naturalmente que os recursos podem ser eficazes para os alunos transitarem de ano, mas isso não significa que preencham os requisitos de qualidade técnica exigidos ao nível da certificação. Muitos professores reconhecerão que é muito mais estimulante utilizar materiais próprios do que andar a reboque de produtos normalizados. Fernando Albuquerque chega a criticar os repositórios de recursos, alegando que estes “privam os alunos da oportunidade de criarem os materiais”. Designei por justificação doméstica esta perspectiva, que tira partido dos problemas concretos que se colocam aos alunos na comunidade onde se inserem, promovendo a sua motivação pelos conteúdos.

Feita esta introdução, não me resta a mínima dúvida que esta tarefa me foi colocada, exactamente para que desenvolvesse a justificação industrial, e será exactamente o que farei seguidamente.

O conceito de Recursos Educativos Digitais (RED’s) apresentado por José Luís Ramos é:

  • Um artefacto armazenado e acessível em suporte lógico que contenha intrinsecamente uma finalidade educativa, tenha uma identidade e autonomia relativamente a outros objectos, e satisfaça padrões de qualidade definidos pela comunidade educativa, (Ramos, JL, et al) (06:05)

Ramos considera que criar recursos com qualidade é um desafio estimulante e a avaliação de recursos é um ponto de partida para a inovação educativa, mas não explica porque é que tão escassos professores produzem RED’s, quando na sua opinião as competências pedagógicas e o conhecimento dos alunos são suficientes para os produzir com qualidade. Pelo exemplo que deu do http://www.weebly.com para a construção de sites parece acreditar que um dia o software será tão simples de utilizar que todos os professores aprenderão intuitivamente, mas deveria reconhecer que o software tem realmente muito pouco de intuitivo, e por isso é que precisa que lhe configurem a ligação à Internet no portátil. Além disso aqueles professores que utilizaram o http://www.weebly.com eram jovens “que até tinham alunos” – fazendo todos os esforços para iniciar a sua carreira – naturalmente mais motivados que aqueles que se encontram à espera da reforma ou a meio do itinerário profissional.

Outro factor que obstaculiza o desenvolvimento dos RED’s é o desinvestimento que actualmente se está a verificar nas escolas, e que leva a que frequentemente a Internet nas salas de aula não tenha sinal suficiente para uma utilização confortável.

A “aposta” na produção e distribuição de recursos digitais tem como questão prévia a generalização do acesso à Internet e a criação de condições de aquisição e utilização deste tipo de recursos. Sem uma aposta clara nestas condições dificilmente se poderá investir no âmbito da produção de recursos em suporte digital.

Certamente que do ponto de vista de Fernando Albuquerque os recursos gastos na aquisição de RED’s seriam melhor empregues se as escolas vissem reforçado o seu acesso à Internet em termos uma ligação com maior capacidade.

A imagem que os professores têm dos recursos educativos será certamente de algo com conteúdos muito próximos dos indicados nos programas escolares. Por essa razão alguém referiu na fase final de um webinar de Ramos que os professores sentem “além da escassez de recursos, muita dificuldade em enquadrar os conteúdos nos níveis disciplinares” (45:00). Isso sucede porque muitos dos conteúdos disponíveis não foram desenhados especificamente para o ensino aprendizagem, mas existem no mundo natural, social e humano, sendo susceptíveis de serem reutilizados na educação formal, adiantou Ramos noutra apresentação. Certamente por razões comerciais as editoras têm opinião oposta, considerando que “já há muita gente a fazer RED’s e bons”.

Apesar te ter referido que todos os professores têm competências para a construção de RED’s, Ramos assume a justificação industrial da educação quando admite que estes se dispersarão por diversos níveis de proficiência (06:00):

Nível mecânico – utilizadores básicos que só dominam a arte do copy /paste;

Nível criativo – utilizadores medianos, capazes de criar imagens, vídeos, sons, texto original e recombinar os diversos elementos; e

Nível de design – destinado aos produtores industriais de software educativo.

Um dos efeitos da certificação será a exclusão de projectos de software educativo concebidos por professores, com insuficientes conhecimentos de webdesign. Por exemplo, o blogue de Economia onde acumulo materiais desde 2007 nunca teria lugar no Portal das Escolas, que se encontra vazio nesta disciplina.

Como disse Ramos “a qualidade não é abstracta”, importando saber de que critérios e padrões depende. “Um factor que condiciona a qualidade é a pessoa não ter a ideia do que é a sala de aula” (10:00) e eu acrescentaria ainda não conhecer a turma, para defender que quem se encontra melhor posicionado para construir o software educativo são os professores.

Outros factores que limitam a qualidade dos produtos são “o escasso conhecimento científico”, mas eu observaria que os professores são profissionais com elevadas qualificações, e a Internet lhes oferece possibilidade de actualização contínua.

Ramos refere também como motivos da falta de qualidade dos produtos, a utilização de tecnologias ultrapassadas e a escassez de recursos financeiros e humanos, razões que do meu ponto de vista justificariam que o trabalho dos professores fosse melhor aproveitado.

Ramos explica ainda que ao nível da produção industrial dos RED’s “nem sempre se tira partido do conhecimento científico disponível para melhorar a qualidade pedagógica dos produtos”.

Quando procura explicar o se deverá fazer para melhorar a qualidade dos produtos, Ramos aposta na certificação dos produtos e na sua publicitação através do Repositório, bem como a publicitação dos padrões de qualidade e discussão pública dos projectos (12:00).

A certificação de um recurso é uma avaliação que utiliza os padrões de qualidade pré-definidos, tendo em vista um produto que não tem defeitos. “Não tem defeitos científicos, não tem defeitos técnicos, não tem defeitos na linguagem, não chama nomes a ninguém. A ausência destes defeitos significa que o produto pode ir para a escola”.

Para desenharem bons recursos, Ramos refere que os professores terão de “saber como as pessoas aprendem” e tentar combinar as seguintes características, difíceis de conjugar:

– inclusão e o acesso dos alunos;

– o envolvimento dos alunos na aprendizagem;

– aprendizagem efectiva e eficaz;

– abordagens inovadoras;

– convergência curricular;

– estímulo e feedback;

– trabalho colaborativo;

– percursos de aprendizagem;

– combinar multimédia;

– registar progresso;

– design: interacção, ajuda, navegação.

O que me parece fundamental para que um site seja um recurso educativo é que os alunos percebam exactamente o que devem “fazer”, e destaco o “fazer” porque é fundamental que os alunos tenham actividades onde clicar. Quanto maior for a componente de interacção, tanto melhor o site resulta, mas integrar elementos interactivos exige mais conhecimentos de informática aos professores e dá-lhes mais trabalho. Por outro lado, se não apresentarem recursos atractivos arriscam-se a ter mais trabalho durante as aulas, motivado por situações de indisciplina.

Assim, do meu ponto de vista, numa primeira fase deveria promover-se o trabalho em recursos digitais dos professores independentemente da sua qualidade. Quando a quantidade fosse suficiente, seria o próprio “mercado” que ditaria a exclusão dos produtos de qualidade inferior, sem necessidade de comprar algum, integrando-se cada professor como mais um elo da rede conectivista.

Fica uma última observação para referir que o Sistema de Avaliação, Certificação e Apoio à Utilização de Software para a Educação e Formação (SACAUSEF) foi criado e instalado por iniciativa da DGIDC, Instituto para a Qualidade na Formação (IQF), Universidade de Évora e Comissão para a Igualdade de Direitos da Mulher (CIDM) (!!). São funções do SACAUSEF a avaliação, certificação e apoio à utilização de software no campo da educação e formação.

Não tive tempo para investigar a parceria com a Universidade de Évora, quando me parece que outras cidades têm maior tradição na investigação em educação, mas o mais surpreendente foi a inclusão da CIDM na certificação dos RED’s. Escreveram que a participação da Comissão para a Igualdade de Direitos da Mulher no SACAUSEF destina-se a assegurar que “a presença, em produtos educativos, de concepções estereotipadas de homem e de mulher serão eliminadas” para evitar a deformação das mentes das criancinhas.

Realmente tenho muita dificuldade em aceitar esta justificação, porque há muitos outros grupos sociais que poderão ser vítimas de representações preconceituosas se os docentes não forem sensatos, e naturalmente a SACAUSEF ficaria tão pesada que nem funcionaria! Ora, se não podemos assegurar esse direito a todos, não é justo que se conceda o privilégio a um grupo especial, neste caso as mulheres. Este privilégio não tem qualquer justificação porque como os quadros de docentes são constituídos em larga maioria por mulheres, são elas que escolhem os recursos educativos a adquirir, e isso é mais que suficiente para eliminarem os produtos inconvenientes ou desconformes. Num texto que refere tão frequentemente os valores da paridade de género, na actual situação de redução das necessidades em termos de docentes, há o perigo de os docentes masculinos começarem a reivindicar essa paridade no emprego 😉

Webgrafia

Fernando Albuquerque Costa
http://www.erte.dgidc.min-edu.pt/index.php?section=383
http://www.crie.min-edu.pt/index.php?section=263
http://www.crie.min-edu.pt/files/@crie/1186584598_Cadernos_SACAUSEF_46_53.pdf

José Luís Ramos
http://webinar.dgidc.min-edu.pt/2011/02/23/recursos-educativos-digitais/
http://www.crie.min-edu.pt/files/@crie/1210161451_06_CadernoII_p_79_87_JLR_VDT_JMC_FMF_VM.pdf
http://www.crie.min-edu.pt/index.php?action=view&id=669&date_id=745&module=calendarmodule§ion=9
http://www.erte.dgidc.min-edu.pt/index.php?section=383

SACAUSEF
http://www.crie.min-edu.pt/files/@crie/1186584525_Cadernos_SACAUSEF_16_21.pdf
http://www.crie.min-edu.pt/files/@crie/1186584566_Cadernos_SACAUSEF_22_45.pdf

OER Blogroll Dezembro 24, 2011

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Justificação da selecção de 2 REA online Dezembro 23, 2011

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Todos os dias proponho actividades de aprendizagem aos alunos, mas a sua planificação reveste apenas um carácter formal, para poder dizer que os documentos foram apresentados ao Conselho Pedagógico, porque em rigor a crítica está ausente. Neste sentido, porque sei que desta vez serei lido, esta foi uma actividade nova.

Se não tivesse escuta, ter-me-ia desenrascado como habitualmente, propondo aos estudantes a utilização dos sites de algumas organizações internacionais, cujos endereços venho coleccionando – nos Indicadores Online – para o estudo da heterogeneidade de situações de desenvolvimento.

Quanto a critérios para escolha de recursos, até aqui considerava a página da B-ON sobre avaliação de recursos para professores uma excelente referência, pelo que apenas mencionarei, por agora, os seguintes:

1 – Autoridade

2 – Cobertura

3 – Objectividade

4 – Rigor

5 – Actualidade

A tarefa de ARE especificava que deveria indicar dois REA’s, pelo que também verifiquei um outro critério:

6 – Licenciamento

O conceito de Recursos Educativos Abertos começou inicialmente por me provocar problemas porque os sites das organizações internacionais geralmente não indicam expressamente qualquer licença, e frequentemente nem encorajam a reutilização dos ficheiros que disponibilizam. Na ausência de permissão expressa nos sites e/ou produtos online, estes deverão ser encarados como protegidos pelas leis de copyright. Embora no ensino possamos fazer a transposição da interpretação do “fair use” americano, como professor também devo sensibilizar os estudantes para as restrições à utilização da Internet, e promover a utilização dos REA’s.

Após alguma pesquisa, encontrei os dois REA’s que utilizo na actividade proposta – A heterogeneidade de situações de desenvolvimento – para leccionar parte dos conteúdos do Módulo 7 de Economia do Curso Profissional, no blogue EconomiaX. A planificação desta actividade, bem como a planificação do Módulo 7 encontram-se no Arquivo EconomiaX.

Os REA’s seleccionados foram:

Google Public Data Explorer

Gapminder

Quanto aos cinco primeiros critérios, creio que ambos os REA’s os verificam, porque qualquer deles utiliza os dados das organizações internacionais, pretendendo cobrir todos os países com um conjunto diversificado de indicadores, e realizando um trabalho regular para manter as séries actualizadas. Convém registar que estes sites não criam informação estatística, apenas a apresentam, geralmente de uma forma mais simples de observar. Assim, através deles temos acesso a uma imensa massa de dados que se encontra dispersa por fontes diversas.

Quanto ao Google Public Data Explorer as suas características de REA observam-se logo pela facilidade com nos é permitido incorporar os gráficos nos sites ou blogues. O código fornecido pelo GPDE permite que estes sejam actualizados sem nenhuma intervenção posterior.

Logo no início da descrição do produto a Google expressa a sua filosofia de massificar a construção de gráficos a partir das estatísticas públicas e facilitar a partilha destes nas páginas Web:

O Explorador de Dados Públicos do Google permite explorar, visualizar e comunicar facilmente conjuntos de dados de grande dimensão e de interesse público. Graças ao recurso de animação presente nos gráficos e nos mapas, as mudanças ao nível mundial ficam mais fáceis de entender. Não precisa de ser um especialista para navegar entre diferentes vistas, fazer as suas próprias comparações e partilhar as suas conclusões. Esta ferramenta não se destina apenas a estudantes, jornalistas, decisores políticos, mas a qualquer outra pessoa que pretenda criar visualizações de dados públicos, associá-los a outros elementos ou incorporá-los nas suas próprias páginas Web. (…)
Fonte: http://support.google.com/publicdata/bin/answer.py?hl=pt&answer=1100640&topic=1100622&ctx=topic

Os termos de utilização do GPDE estão definidos em http://www.google.com/accounts/TOS parecendo-me mesmo bastante permissivos até quando a aplicações comerciais. Quando à utilização para fins pessoais ou educativos, ficamos aquém do desejável num aspecto importante: através do GPDE não é possível o acesso a ficheiros que possam ser abertos no Excel.

O Gapminder resolve o problema acima referido, podendo-se ler em http://www.gapminder.org/data/ expressamente que:

They can be reused freely but please attribute Gapminder.

Mas o Gapminder vai bastante mais longe. O seu objectivo é desenvolver software livre e sem publicidade, que apresente os dados estatísticos de modo inovador, permitindo que professores, jornalistas e cada um de nós possa continuar a utilizar livremente estas ferramentas.
http://www.gapminder.org/donations/

As FAQ’s também são elucidativas:

As long as your purpose is educational, informational or non-commercial and you give the source: “Free material from http://www.gapminder.org”

Particularmente para quem estiver interessado em criar materiais educativos:

Yes, please do! We are very interested to look at your material, so please feel free to send us an email and tell us how you use it in your classroom. Please have a look at our teachers page.

REFLEXÃO

A planificação da actividade é uma mera simulação, surgindo apenas o tema/conteúdo mais próximo do título da actividade, mas como se vê pelos objectivos serão certamente abordados outros temas em simultâneo.

Sem dúvida que realizando a actividade de ARE tive um trabalho acrescido na preparação da tarefa para os alunos, mas vejo o tempo adicionalmente gasto como investimento porque os REA’s descobertos me facilitarão bastante futuramente. Obrigado Professor e Boas Festas!

B-ON Dezembro 14, 2011

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Quem frequenta o ensino superior dispõe de acesso à B-ON, mas não percebo porque é que a generalidade dos docentes não tem, e simultâneamente lhes pedem trabalho de investigação, uma vez que o custo marginal seria nulo.

A problemática dos Recursos Educacionais Abertos (OER) Novembro 12, 2011

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Para iniciar a reflexão de ARE gostaria de enfatizar que não existem Recursos Educacionais Abertos (OER ou REA) ideais, pois os diferentes actores podem exigir deles características diversas como refere David Wiley.

Do meu ponto de vista parece-me claro que os Recursos Educacionais Abertos “ideais” prestariam um serviço aos produtores de OER (no trabalho solitário ou colaborativo, estudantes ou professores, etc) quando estivessem livremente acessíveis e pudessem ser livremente adaptados aos diversos contextos locais. A minha experiência no Blogue de Economia, que já existe desde 2007 diz-me que cada vez que procuro fazer um post sobre determinado tema,o mais difícil é o primeiro, pois se já contar com outros que possa “reciclar” as tarefas serão bem mais simples. Ora se em vez de contar apenas com o meu Blogue, pudesse integrar uma diversidade de recursos acessíveis na Web o meu trabalho de produtor ficaria muito facilitado, e é esperando romanticamente que outros tenham a mesma generosidade que continuarei a contribuir num espaço aberto.

Esta nova perspectiva da partilha de em educação, emergiu das próprias características dos recursos digitais, que entra em colisão com a lógica dos recursos em papel. Efectivamente na Sociedade Industrial, um livro em papel de alguém, excluiria a sua utilização por outros, que caso o desejassem também o deveriam adquirir. Na Sociedade da Informação quando publicamos um post o mais simples é deixá-lo acessível a todos, sendo o número de utilizadores independente do custo.

  • O meio digital é muito diferente do mundo do papel. Se dermos um livro ficamos sem ele, mas indicando um endereço da Web, este pode ser consultado por milhares de pessoas ao mesmo tempo. É avanço indescritível, a primeira vez que sucede na história da humanidade.

    Assim justifica David Wiley a generosidade dos recursos abertos na Educação (ver vídeo Open Education and the Future)

O grande problema é que quando pensamos na lógica da Sociedade Industrial, iremos estabelecer uma relação entre o número de utilizadores e as receitas, e então começam-se a colocar barreiras à abertura dos OER. Em vez de privilegiar os interesses dos produtores/consumidores, David Wiley levanta a questão dos OER “ideais de que maneira?” E então, referindo-se ao retorno das editoras, questiona se os OER não serão ideais para “destruir a indústria editorial comercial educacional”, entre múltiplas outras questões sobre outros intervenientes, cujo conflito de interesses serve para mostrar que não haverá um conceito de OER “ideal”, mas por fim centra-se em três características deste, semelhantes às que destaquei acima (do meu ponto de vista):

1. Ser sempre, de imediato, e de acesso livre para todas as pessoas no mundo
2. Conceder ao utilizador as permissões legais necessárias para se envolver nos possíveis usos do recurso sem qualquer restrição
3. Apoiar eficazmente as metas educacionais do utilizador

Como referimos na Wiki do Grupo ADAPTAR, “adaptar recursos é uma arte inteligente porque é economicamente mais eficiente que começar sempre do zero. Não há necessidade de reinventar a roda enquanto conceito, mas adaptá-la a novas realidades”. Creio que não a pena insistir neste aspecto, que será demasiado evidente.

Mas então surge outra questão: Porque é que a partilha de OER é ainda tão limitada?

A resposta que consigo dar é que a Sociedade da Informação (digital) exige que se pense e se resolvam os problemas de uma maneira diferente da Sociedade Industrial (analógico). No vídeo David Wiley’s Keynote on Open Education o autor evidencia o desfasamento entre a educação e o quotidiano, mostrando que a Escola é o sector da sociedade que se está a mostrar mais retrógrado na implementação de soluções adequadas ao mundo digital. Copio para aqui uma imagem bem elucidativa que já tinha apresentado num post anterior.

Portanto os OER serão apenas um aspecto particular do panorama geral em que a Escola não está a acompanhar o Mundo.

A Escola pode dar-se ao luxo de não inovar – contrariamente às empresas – porque tem um público garantido, isto é, não precisam de inovar para não falir.

É urgente uma mudança de mentalidades, pois vivemos numa sociedade onde todos têm satisfeitas as suas necessidades básicas e as compensações estritamente financeiras não têm o mesmo valor que tinham na Sociedade Industrial. É por isso que quando a OCDE perguntou “o que é importante para um produtor de conteúdo aberto?” (Figura 4.1 do Relatório Giving Knowledge for Free – THE EMERGENCE OF OPEN EDUCATIONAL RESOURCES) concluiu que ter recursos de qualidade, ser reconhecido como criador e adaptador de recursos, saber como os recursos são utilizados e reconhecer as mudanças feitas nos recursos, são aspectos muito mais importantes que a compensação financeira. Por exemplo, eu posso desprezar os trocos tendo em consideração que já sou pago pelas aulas, onde empregando os recursos produzidos poderei contar com maior tranquilidade.

As organizações internacionais – OCDE, ONU, PNUD, UNESCO, Banco Mundial, União Europeia, EuroStat, etc. – disponibilizam imensa informação online, parte dela até com versões em português que poderá ser utilizada directamente nas escolas. Mesmo quando a informação está em inglês, nos textos técnicos, o tradutor do Google já funciona muito bem, pelo que os dados poderão ser utilizados na mesma. A “antiga” imprensa – rádios, TV’s, jornais e revistas – também coloca diariamente imenso material na rede. Portanto eu diria que é relativamente simples produzir materiais em qualquer área disciplinar. Creio que Stephen Downes concordaria comigo nesta análise.

O principal obstáculo à mudança é mesmo a estrutura mental, que muda bastante mais lentamente que a tecnológica. Exemplo disso, quando recentemente fui forçado pela lei a apresentar um Relatório do Desempenho optei por o escrever no Google Sites porque seria mais simples apresentar as evidências que tenho espalhadas pela rede indicando os respectivos links. Só que como ninguém tem pachorra para ler aquele relatório, fui obrigado a imprimi-lo “para ficar arquivado no meu processo” 😉 Eu acho que o link do Relatório ocuparia muito menos espaço na secretaria, mesmo acompanhado do CD, para garantir que não contariam alterações posteriores à data de entrega 😉

A actual estrutura mental dos professores observa os OER como recursos para “o ensino à distância”, o que é uma forma elegante de as Escolas continuarem a funcionar num estádio de digitalização e de colaboração inferiores aos que podemos observar nas empresas e na sociedade em geral. É a mentalidade de quem define as tarefas nas Escolas que e necessário mudar, para que seja possível uma Educação Aberta.


ADAPTAR, Wiki do Grupo, (2011), Visitado em Novembro de 2011, http://are11uab.wikispaces.com/Adaptar

DOWNES, Stephen, (2010), Agents Provocateurs, Visitado em Novembro de 2011, http://www.downes.ca/post/54026

OCDE, (2007), Giving Knowledge for Free: The Emergence of Open Educational Resources, Visitado em Novembro de 2011,
http://www.oecd.org/document/41/0,3343,en_2649_35845581_38659497_1_1_1_1,00.html

WILEY, David, (2011), On OER – Beyond Definitions, Visitado em Novembro de 2011, http://opencontent.org/blog/archives/2015

WILEY, David, (2009), David WILEY’s Keynote on Open Education, Visitado em Novembro de 2011, http://youtu.be/VcRctjvIeyQ

WILEY, David, (2010), Open Education and the Future, Visitado em Novembro de 2011, http://youtu.be/Rb0syrgsH6M

Fonte da ilustração: http://www.flickr.com/photos/davidwiley/6296834006/in/photostream

Professores vão aprender a trabalhar com Linux? Outubro 29, 2011

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Em resultado da crise financeira e orçamental o Governo não quer pagar mais licenças à MicroSoft nas escolas.

  • O Ministério da Educação e Ciência (MEC) avisou esta semana as direcções das escolas de todo o país que não vai pagar a renovação de licenças de utilização de software da Microsoft dos perto de 50 mil computadores distribuídos entre 2004 e 2007, pelo que aquelas deverão mudar para um sistema de utilização livre, tipo Linux.
    PÚBLICO, 29.10.2011

O Governo sugere que os estabelecimentos desinstalem os produtos Microsoft, substituindo-os pelo sistema Linux Caixa Mágica ou outro que lhe seja equivalente. O problema é que toda a gente conhece o Windows, mas ninguém se aventura no Linux apesar de a tecnologia lá estar até instalada em muitos PC’s.

Numa comunidade de professores inovadores já chegou o grito de aflição:

  • 1. Quem vai executar essa mudança? OU seja, quem tem tempo e conhecimento suficientes nas escolas para levar a cabo tais (des)instalações?
    2. Que formação será dada aos Professores sobre a utilização do Linux?
    3. Quem fará a manutenção e adaptação de drivers/controladores, quando houver necessidade de instalar certos softwares nessas máquinas?

    Importante: esta orientação só se aplica aos PCs das salas TIC comprados em 2004/2005 e aos portáteis comprados para os professores em 2006 – não se aplica a mais nenhumas máquinas!
    O Ministério não está a mandar desinstalar, está a informar que não tem dinheiro centralmente para renovar o licenciamento destas máquinas e a sugerir a desinstalação caso a escola não tenha forma de manter esse licenciamento – cada escola pode renovar o licenciamento do software destas máquinas sem qualquer problema.
    Não existe qualquer orientação no sentido de adopção preferencial ou exclusiva de software livre – o que existe é uma lei por regulamentar no sentido da adopção de normas abertas (que o software Microsoft suporta em pleno, nomeadamente o Office 2010 que permite escolher entre ODF e OpenXML) e o Ministério da Educação tem seguido sempre o princípio da liberdade de escolha, fornecendo computadores em dual-boot.
    INTERATIC

No “Importante” fiz um destaque a negrito para levantar a questão:

Irão os professores pagar do seu bolso as licenças da Microsoft? Isso seria mais uma redução do vencimento, mas precisam de se divertir com o Windows.

Felizmente também há quem defenda que toda a administração pública deveria utilizar apenas software livre, como decidiram fazer os Russos.

Inove pelos seus estudantes! Outubro 29, 2011

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Este é o apelo de David Wiley, apologista da Educação Aberta. Do seu vídeo tirei algumas notas para um convite ao visionamento do mesmo.

Parábola do pólo: Uma escola tinha uma excelente equipa pólo aquático. Reconhecendo as suas capacidades e empenhamento convidaram a equipa a aplicar a mesma estratégia na nova modalidade de pólo equestre.
Moral da estória: Não podemos fazer com os recursos digitais o mesmo que fazíamos numa aula tradicional.

Seis Mudanças da Sociedade na Actualidade
1. Do Analógico para o Digital
2. Do Cabo para Móvel
3. Do Isolado para Conectado
4. Do Genérico para Personalizado
5. Do Consumo para a Criação
6. Do Fechado para o Aberto

Infelizmente a Escola não acompanha o dia-a-dia.

CONEXÃO – Não podemos ligar-nos a alguma coisa se não temos acesso a ela.
PERSONALIZAÇÃO – Não é boa ideia pensarmos em modificar conteúdos sobre os quais não temos direitos.

Razões para frequentar a Escola/Universidade:
1. Conteúdo
2. Serviços de apoio
3. Vida social
4. Diplomas

O conteúdo está na Internet. Já não se justifica a caminhada por eles. Exemplos: OpenCourseWares, Wikipedia, Public Library of Science, Arxiv.org, Google Scholar, Flat World Knowledge, etc.

Serviços de apoio também já estão na Internet. Exemplos: ChaCha, Yahoo! Answers, RateMyProfessor, Email, IM’s, Twitter, etc.

Vida social idem. Exemplos: Facebook, MySpace, Telemóveis indicando a localização, etc.

Diplomas: Certificados MicroSoft, Google ou Cisco podem ter valor superior em determinadas áreas. No Francês/ Inglês as referências são os níveis da Academia Francesa/ Instituto Britânico. Em Português…

O Monopólio da Educação terminou. Tudo está a ser oferecido por alguém.

Manualficação da TV – Porquê ficar a ver um programa de TV das 20:00 às 21:00? Está no YouTube!

Manualficação dos Cursos – Porque não ficam os recursos disponíveis na Internet?

O YouTube é o responsável pela produção de tantos vídeos. As câmaras já existiam muito antes, mas não havia uma forma prática de os partilhar.

Os cursos do MIT e de muitas Universidades estão online, mas como os conteúdos não aparecem no Google é como se não existissem.

Os recursos OER não estão aqui ou ali, estão online.

O que a Escola tem para oferecer é a integração.
Qual o valor da integração? Utilizar as peças especializadas conjuntamente.

Ser mais aberto não é um problema tecnológico. É um problema político: a educação está a comportar-se como as indústrias da música e do cinema, defendendo a tradição em vez de incentivar a inovação.

você pode envolver-se numa política reformista. A escola é você!

Inove pelos seus estudantes!

More Open We Are – The better education will be Outubro 26, 2011

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Aberto significa Generoso

Onde não há partilha não há Educação

Educação é uma relação de partilha

Educadores bem sucedidos partilham mais profundamente com a maioria dos estudantes

O meio digital é muito diferente do mundo do papel. Se dermos um livro ficamos sem ele, mas indicando um endereço da Web, este pode ser consultado por milhares de pessoas ao mesmo tempo. É avanço indescritível, a primeira vez que sucede na história da humanidade.

Podemos partilhar como nunca

Podemos educar como nunca

Em relação à imprensa, a Internet tem a vantagem de disponibilizar os conteúdos imediatamente e quase gratuitamente

Alguém pode ser professor exigindo direitos de copyright sobre as notas das suas lições?

Quanto mais abertos estamos, melhor será a educação

Recursos Outubro 19, 2011

Posted by netodays in ARE11.
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Gurell, Seth (autor) & Wiley, David (editor) (2008). OER Handbook for Educators 1.0. [http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one]

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Downes, Stephen (10-2010). Agents Provocateurs. Stephen’s Web.
[http://www.downes.ca/post/54026]

Weller, Martin (2010). Big and Little OER. In Open Ed 2010 Proceedings. Barcelona: UOC, OU, BYU. [http://hdl.handle.net/10609/4851]

Wiley, David (27-09-2011). On OER – Beyond Definitions. Iterating toward openness. [http://opencontent.org/blog/archives/2015].

Yuan, Li; Macneill, Sheila; & Kraan, Wilbert (2008). Open Educational Resources – Opportunities and Challenges for Higher Education.
[http://wiki.cetis.ac.uk/images/0/0b/OER_Briefing_Paper.pdf]