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A China ultrapassou o Japão em termos reais Agosto 17, 2010

Posted by netodays in China, Japão.
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A economia Chinesa tornou-se a segunda maior economia do mundo, segundo dados divulgados nesta segunda-feira 16 de Agosto.

O The Economist publica esta notícia com um gráfico que ilustra a repartição do Produto Interno Bruto pelas principais potências nos últimos 2000 anos. O rápido crescimento previsto para a China e a Índia na actualidade corresponde para estes países  a uma “recuperação” das suas posições anteriores.

China: Um exemplo da pluralidade de justificações que apresentamos em função das situações Maio 16, 2008

Posted by netodays in China, legitimidade para a acção.
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Texto 1
A China ocupa o segundo lugar na lista dos maiores exportadores do mundo, e arrecada o terceiro quando se fala em países importadores. Só em 2007, o volume de exportações da União Europeia para o gigante asiático chegou aos 48 mil milhões de euros. Em Portugal, a Associação Comercial e Industrial Luso-Chinesa assegura que há 20 mil chineses legalizados, 5 mil estabelecimentos comerciais e 400 restaurantes. Imparável, a China conquista o Mundo debaixo de um coro de protestos – pelas metrópoles por onde passou a tocha olímpica, não faltaram palavras de ordem contra os alegados crimes praticados por Pequim contra os Direitos Humanos…
http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/315577

Texto 2
Quando acordei quis saber que horas seriam. Não que tivesse alguma coisa importante marcada, mas é aquele hábito humano quase irresistível do «ter de saber as horas». Foi quando me lembrei que no dia anterior tinha banido todos os relógios do meu quarto, por serem fabricados na China. O primeiro desafio desta aventura foi, pois, saber a que horas andava – e eu já tinha posto de lado telemóvel e computador. Embora o telemóvel tenha sido fabricado na Finlândia, a bateria e respectivo carregador foram feitos na China, o que constituiu, aliás, o grande problema para o substituir por outro. O mesmo se passou em relação ao computador e respectivo rato. Liguei a televisão, estava a dar um dos noticiários das 10h, o problema de saber as horas estava resolvido. Escolher o que vestir hoje foi frustrante, pouca coisa no meu roupeiro escapou à invasão chinesa. Da minha roupa interior quase nada resta, o blusão para o frio foi banido, casacos de malha igual a zero, camisas o mesmo, algumas calças de ganga escaparam… acabei por me vestir «made in India», o que incluiu uma camisola da minha mãe. A melhor notícia do dia foi… todos os meus sapatos são de países diferentes e nenhum é chinês. A pior notícia: tenho urgentemente de ir às compras.
Fonte: Diário de uma Estudante, que resistiu aos produtos chineses durante um mês, EXPRESSO/Assinatura, 10/MAIO/2008

Admitindo a complexidade da realidade, e a facilidade das pessoas em justificarem as suas acções em função de cada situação, compreendem-se situações aparentemente contraditórias. A oposição política à China a propósito da violação dos Direitos Humanos, convive muito bem as “oportunidades de negócio” com a China e os seus produtos baratos. Não há racionalidade económica que explique a pluralidade de justificações que mobilizam os seres humanos nos mais variados contextos.

O “eu-que-vai-às-compras” não suportaria sistematicamente a tirania do “eu-político”…
Escrevi pluralidade no título porque de facto nem sei quantos “eus” cada um de nós tem: depende da situação… Pelo menos quando decidimos divertir-nos deixamos num plano secundário a vertente política e a económica, emergindo uma espécie de “eu-divirto-me” 😉 Também não me divirto lá grande coisa se der muita atenção ao “eu-ecologista”, que me pede para deixar o carro na garagem…

China: Um exemplo da pluralidade de justificações que apresentamos em função das situações Maio 16, 2008

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A China ocupa o segundo lugar na lista dos maiores exportadores do mundo, e arrecada o terceiro quando se fala em países importadores. Só em 2007, o volume de exportações da União Europeia para o gigante asiático chegou aos 48 mil milhões de euros. Em Portugal, a Associação Comercial e Industrial Luso-Chinesa assegura que há 20 mil chineses legalizados, 5 mil estabelecimentos comerciais e 400 restaurantes. Imparável, a China conquista o Mundo debaixo de um coro de protestos – pelas metrópoles por onde passou a tocha olímpica, não faltaram palavras de ordem contra os alegados crimes praticados por Pequim contra os Direitos Humanos…
http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/315577

Texto 2
Quando acordei quis saber que horas seriam. Não que tivesse alguma coisa importante marcada, mas é aquele hábito humano quase irresistível do «ter de saber as horas». Foi quando me lembrei que no dia anterior tinha banido todos os relógios do meu quarto, por serem fabricados na China. O primeiro desafio desta aventura foi, pois, saber a que horas andava – e eu já tinha posto de lado telemóvel e computador. Embora o telemóvel tenha sido fabricado na Finlândia, a bateria e respectivo carregador foram feitos na China, o que constituiu, aliás, o grande problema para o substituir por outro. O mesmo se passou em relação ao computador e respectivo rato. Liguei a televisão, estava a dar um dos noticiários das 10h, o problema de saber as horas estava resolvido. Escolher o que vestir hoje foi frustrante, pouca coisa no meu roupeiro escapou à invasão chinesa. Da minha roupa interior quase nada resta, o blusão para o frio foi banido, casacos de malha igual a zero, camisas o mesmo, algumas calças de ganga escaparam… acabei por me vestir «made in India», o que incluiu uma camisola da minha mãe. A melhor notícia do dia foi… todos os meus sapatos são de países diferentes e nenhum é chinês. A pior notícia: tenho urgentemente de ir às compras.
Fonte: Diário de uma Estudante, que resistiu aos produtos chineses durante um mês, EXPRESSO/Assinatura, 10/MAIO/2008

Admitindo a complexidade da realidade, e a facilidade das pessoas em justificarem as suas acções em função de cada situação, compreendem-se situações aparentemente contraditórias. A oposição política à China a propósito da violação dos Direitos Humanos, convive muito bem as “oportunidades de negócio” com a China e os seus produtos baratos. Não há racionalidade económica que explique a pluralidade de justificações que mobilizam os seres humanos nos mais variados contextos.

O “eu-que-vai-às-compras” não suportaria sistematicamente a tirania do “eu-político”…
Escrevi pluralidade no título porque de facto nem sei quantos “eus” cada um de nós tem: depende da situação… Pelo menos quando decidimos divertir-nos deixamos num plano secundário a vertente política e a económica, emergindo uma espécie de “eu-divirto-me” 😉 Também não me divirto lá grande coisa se der muita atenção ao “eu-ecologista”, que me pede para deixar o carro na garagem…

China: Um exemplo da pluralidade de justificações que apresentamos em função das situações Maio 16, 2008

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A China ocupa o segundo lugar na lista dos maiores exportadores do mundo, e arrecada o terceiro quando se fala em países importadores. Só em 2007, o volume de exportações da União Europeia para o gigante asiático chegou aos 48 mil milhões de euros. Em Portugal, a Associação Comercial e Industrial Luso-Chinesa assegura que há 20 mil chineses legalizados, 5 mil estabelecimentos comerciais e 400 restaurantes. Imparável, a China conquista o Mundo debaixo de um coro de protestos – pelas metrópoles por onde passou a tocha olímpica, não faltaram palavras de ordem contra os alegados crimes praticados por Pequim contra os Direitos Humanos…
http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/315577

Texto 2
Quando acordei quis saber que horas seriam. Não que tivesse alguma coisa importante marcada, mas é aquele hábito humano quase irresistível do «ter de saber as horas». Foi quando me lembrei que no dia anterior tinha banido todos os relógios do meu quarto, por serem fabricados na China. O primeiro desafio desta aventura foi, pois, saber a que horas andava – e eu já tinha posto de lado telemóvel e computador. Embora o telemóvel tenha sido fabricado na Finlândia, a bateria e respectivo carregador foram feitos na China, o que constituiu, aliás, o grande problema para o substituir por outro. O mesmo se passou em relação ao computador e respectivo rato. Liguei a televisão, estava a dar um dos noticiários das 10h, o problema de saber as horas estava resolvido. Escolher o que vestir hoje foi frustrante, pouca coisa no meu roupeiro escapou à invasão chinesa. Da minha roupa interior quase nada resta, o blusão para o frio foi banido, casacos de malha igual a zero, camisas o mesmo, algumas calças de ganga escaparam… acabei por me vestir «made in India», o que incluiu uma camisola da minha mãe. A melhor notícia do dia foi… todos os meus sapatos são de países diferentes e nenhum é chinês. A pior notícia: tenho urgentemente de ir às compras.
Fonte: Diário de uma Estudante, que resistiu aos produtos chineses durante um mês, EXPRESSO/Assinatura, 10/MAIO/2008

Admitindo a complexidade da realidade, e a facilidade das pessoas em justificarem as suas acções em função de cada situação, compreendem-se situações aparentemente contraditórias. A oposição política à China a propósito da violação dos Direitos Humanos, convive muito bem as “oportunidades de negócio” com a China e os seus produtos baratos. Não há racionalidade económica que explique a pluralidade de justificações que mobilizam os seres humanos nos mais variados contextos.

O “eu-que-vai-às-compras” não suportaria sistematicamente a tirania do “eu-político”…
Escrevi pluralidade no título porque de facto nem sei quantos “eus” cada um de nós tem: depende da situação… Pelo menos quando decidimos divertir-nos deixamos num plano secundário a vertente política e a económica, emergindo uma espécie de “eu-divirto-me” 😉 Também não me divirto lá grande coisa se der muita atenção ao “eu-ecologista”, que me pede para deixar o carro na garagem…

1945–2005: Dois Mundos Diferentes Março 19, 2008

Posted by netodays in China, democracia parlamentar, desenvolvimento sustentável, escassez da água, esperança de vida, família, fertilidade, mortalidade infantil, petróleo, população.
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60 anos depois, o Mundo não é mais o mesmo. A UNESCO apresenta alguns exemplos interessantes.

http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001420/142021e.pdf

A população mundial quase triplicou de 1945 para 2005.

A percentagem da população a viver nas cidades, que representava menos de 29% do total, está quase a tornar-se dominante.

Menos de metade das pessoas teriam competências para ler um texto, contra 81.7%.

A esperança de vida aumentou cerca de 20 anos, permitindo o convívio dos avós com os netos.

A democracia parlamentar impôs-se definitivamente como regime político.

A percentagem de mulheres nos parlamentos cresceu 5.3 vezes, mantendo-se longe da equidade em qualquer país.

A fertilidade decresceu, pois as mulheres descobriram outros papéis além de mães e donas de casa.

A taxa de mortalidade infantil decresceu espectacularmente de 226 por mil para 86 por mil, em larga medida graças ao desenvolvimento da medicina. Este indicador é mais expressivo que a esperança de vida devido à fragilidade das crianças.

A área florestada caiu de 50 milhões de km quadrados para 39.

O consumo anual de água triplicou. Isto é, cresceu sensivelmente ao ritmo da população.

O consumo anual de petróleo cresceu 8.5 vezes!
A população tornou-se mais consumista do outro negro. A maior justificação para o aquecimento global e alterações climáticas está aqui. É óbvio que este tipo de crescimento económico não pode continuar porque não é compatível com os recursos do planeta. É necessário impor um modelo de desenvolvimento sustentável, mas quem tem autoridade para isso?

O turismo massificou-se crescendo 32.3 vezes!

Estes indicadores são apenas médias, e uma vez que foram calculadas para o Mundo ocultam realidades muito distintas.

Isto é, para que a China atingisse o “nível de desenvolvimento” dos EUA seriam necessários 665 milhões de carros de passageiros só na China! E a Terra aguentaria? Quem tem legitimidade para impor limites ao crescimento industrial dos chineses?

1945–2005: Dois Mundos Diferentes Março 19, 2008

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60 anos depois, o Mundo não é mais o mesmo. A UNESCO apresenta alguns exemplos interessantes.

http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001420/142021e.pdf

A população mundial quase triplicou de 1945 para 2005.

A percentagem da população a viver nas cidades, que representava menos de 29% do total, está quase a tornar-se dominante.

Menos de metade das pessoas teriam competências para ler um texto, contra 81.7%.

A esperança de vida aumentou cerca de 20 anos, permitindo o convívio dos avós com os netos.

A democracia parlamentar impôs-se definitivamente como regime político.

A percentagem de mulheres nos parlamentos cresceu 5.3 vezes, mantendo-se longe da equidade em qualquer país.

A fertilidade decresceu, pois as mulheres descobriram outros papéis além de mães e donas de casa.

A taxa de mortalidade infantil decresceu espectacularmente de 226 por mil para 86 por mil, em larga medida graças ao desenvolvimento da medicina. Este indicador é mais expressivo que a esperança de vida devido à fragilidade das crianças.

A área florestada caiu de 50 milhões de km quadrados para 39.

O consumo anual de água triplicou. Isto é, cresceu sensivelmente ao ritmo da população.

O consumo anual de petróleo cresceu 8.5 vezes!
A população tornou-se mais consumista do outro negro. A maior justificação para o aquecimento global e alterações climáticas está aqui. É óbvio que este tipo de crescimento económico não pode continuar porque não é compatível com os recursos do planeta. É necessário impor um modelo de desenvolvimento sustentável, mas quem tem autoridade para isso?

O turismo massificou-se crescendo 32.3 vezes!

Estes indicadores são apenas médias, e uma vez que foram calculadas para o Mundo ocultam realidades muito distintas.

Isto é, para que a China atingisse o “nível de desenvolvimento” dos EUA seriam necessários 665 milhões de carros de passageiros só na China! E a Terra aguentaria? Quem tem legitimidade para impor limites ao crescimento industrial dos chineses?