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Conclusão Julho 15, 2011

Posted by netodays in CONCLUSÃO, EDUbloguesPT.
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Analisando a blogosfera educativa, identificaram-se regularidades significativas, mesmo partindo de uma teoria de aprendizagem que entende o caos como característica do processo de ensino e do crescimento e formação das redes. Sentiu-se necessidade de colocar uma ordem no Mundo Digital, até para se poder definir o que deveria ser observado. As lógicas de interpretação dos regimes de justificação revelaram-se produtivas na comparação de cenários de aprendizagem no Conectivismo, porque a análise da blogosfera educativa através da literatura consultada, permitiu desenhar algumas situações contrastantes.
Concluímos que apesar de todas as potencialidades atribuídas aos blogues, o tipo de ensino praticado na via ensino do Ensino Secundário, que eleva o teste a método [1] não há tempo para a construção de blogues. Os professores queixam-se que os programas são extensos mas têm de ser cumpridos. Porém crê-se que seria vantajosa a existência de um blogue de recursos construído pelos professores, uma vez que a Web será certamente hoje o “manual” mais próximo dos estudantes. O argumento da perda de tempo na aula poderia ser ultrapassado, optando-se pela construção de um blogue da turma onde todos os alunos fossem colaboradores através dos seus tpc. Os professores que gostam de fazer todas as continhas para efeitos de classificação – perspectiva da justificação industrial – teriam o gosto de poder contabilizar os trabalhos de casa de cada estudante clicando simplesmente na respectiva etiqueta, além de terem os portefólios acessíveis a qualquer momento.
Quando a avaliação no Ensino Secundário alivia a sua pressão, é mais encontrar exemplos de construção de blogues educativos. Os cursos profissionais e as Novas Oportunidades ilustram estas situações face à via ensino. Nestes ramos do secundário encontram-se mais frequentemente experiências com blogues, porque o portefólio dos cursos profissionais pode ser efectivamente valorizado[2], e nas Novas Oportunidades todas as validações incidem sobre trabalhos que se vão acumulando no mesmo. Também se constataram as potencialidades dos blogues na personalização do ensino no caso dos alunos com Necessidades Educativas Especiais. Nestas situações predomina o interesse de integrar os estudantes na comunidade, razão porque se integram na justificação doméstica. 
No ensino básico a avaliação também não é uma constante do quotidiano escolar, havendo tempo para as crianças se expressaram criativamente construindo blogues. Observe-se que com os alunos na escola o dia inteiro, também é preciso ser masoquista para optar por aulas discursivas, havendo oportunidade para realizar sessões práticas, onde os blogues constituem uma alternativa verdadeiramente interessante. Naturalmente que se justifica a opção em nome da motivação, etc. dos alunos (justificação doméstica).   
A justificação doméstica é retomada no ensino superior, oferecendo maior autonomia aos estudantes, tal como suposto neste nível de ensino.
A reduzida penetração dos blogues no quotidiano escolar poderá atribuir-se parcialmente ao choque de culturas identificado por Prensky, pois enquanto as crianças aprendem com os amigos e familiares (no contexto doméstico) e possuem as competências básicas em computadores no 5º ano de escolaridade, os professores sentem necessidade de se adaptarem a um Mundo Digital que já não é o seu. Para o efeito precisam de fazer acções de formação (justificação industrial), mas muito provavelmente apenas se manterão actualizados os autodidactas.


[1] Estas palavras nem serão excessivas quando muitas aulas são passadas a resolver exames de anos anteriores ou em tarefas semelhantes.
[2] Entenda-se por “efectivamente valorizado” os critérios de avaliação preverem ~50% para os testes, ~50% para os blogues. Isto é importante porque se os testes tiverem uma ponderação de 90% os blogues não serão feitos.

CONCLUSÃO Junho 13, 2011

Posted by netodays in CONCLUSÃO.
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Os blogues apresentam-se teoricamente como espaços privilegiados de reflexão e de aprendizagem autónoma dos alunos na rede. Porém, para serem capazes de fazer uma leitura crítica têm que saber sintetizar a informação, saber ler e interpretar os dados que se lhe apresentam.
Hoje, porém, apesar da apresentação das mensagens obedecer à ordem cronológica inversa (a única que o trabalho refere), graças às “tag clouds”, é fácil navegar pelos temas dos blogues. Esta funcionalidade é particularmente útil nos blogues de recursos educativos, pois ensinando os alunos a utilizá-la, todos os tópicos ficam acessíveis durante todo o tempo, enquanto antes só liam as mensagens da primeira página, obrigando o professor ao trabalho de republicação dos “posts” antigos. Também os motores de pesquisa internos são mais fiáveis. Estas funcionalidades adquirem interesse também nos blogues construídos pelos alunos quando estes começam a apresentar um portfólio significativo.

CONCLUSÃO Junho 6, 2011

Posted by netodays in CONCLUSÃO.
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Muitas vezes o texto foi revisto e alvo de polémica, porque sendo os blogues uma tecnologia relativamente recente, não se encontra estabilizado um corpo de conhecimentos que explicite minimamente como poderão ser utilizados eficazmente no ensino. Do mesmo pecado da juventude padece o Conectivismo que foi adoptado como teoria de aprendizagem para justificar a utilização de blogues no ensino, uma teoria inspirada no desenvolvimento da sociedade em rede, que ainda precisa de convencer muitos construtivistas de que a rede é muito mais que um suporte físico para salvar os dados.

Neste contexto, seria presunçoso pretender apresentar conclusões no final de um trabalho tão breve, mas a tarefa sugere as seguintes reflexões:

1. Frequentemente os utilizadores de blogues pensam que a maneira “correcta” de os utilizar é a “sua”, e consideram mesmo inútil a discussão com outros que não tenham experiência na área.

2. Assim foi particularmente doloroso para o blogueiro do Grupo aceitar escrever em formato de texto sobre blogues, mas vencida essa resistência observou-se que o Grupo realizou leituras pertinentes que ofereceram uma perspectiva interessante dos blogues.

3. Certamente por vezes o Grupo não terá tido uma perspectiva realista, por exemplo quando pensou no acompanhamento diário dos blogues ou na sua avaliação através dos comentários dos alunos. Realmente estes não comentam blogues disciplinares, mas sim blogues de colegas que possam retribuir-lhes. De resto, a avaliação dos blogues é das coisas mais difíceis de fazer, e este é precisamente um dos factores que limita a sua generalização no ensino.

4. Originariamente os blogues situavam-se a grande distância dos sites, porque só estes permitiam arrumar com lógica os diversos temas. Hoje, porém, apesar da apresentação das mensagens obedecer à ordem cronológica inversa (a única que o Trabalho refere), graças às tag clouds, é fácil navegar pelos temas dos blogues. Esta feature é particularmente útil nos blogues de recursos educativos, pois ensinando os alunos a utilizá-la, todos os tópicos ficam acessíveis durante todo o tempo, enquanto antes só liam as mensagens da primeira página, obrigando o professor ao trabalho de republicação dos posts antigos. Também os motores de pesquisa internos são mais fiáveis. Estas funcionalidades adquirem interesse também nos blogues construídos pelos alunos quando estes começam a apresentar um portfólio significativo.

5. Os blogues apresentam-se teoricamente como espaços privilegiados de reflexão e de aprendizagem autónoma dos alunos na rede. Porém, para serem capazes de fazer uma leitura crítica têm que saber sintetizar a informação, saber ler e interpretar os dados que se lhe apresentam, mas muitas vezes têm lacunas de tal modo graves ao nível da compreensão e da expressão escritas, que não conseguem começar a responder antes de as questões lhes serem explicadas oralmente. Tentam desesperadamente escrever como o professor lhes disse porque não sabem estruturar as frases, e obviamente os textos ficam incompreensíveis. Isto sucede com os piores alunos. Os melhores alunos têm obviamente melhores recursos linguísticos, melhores recursos escolares e poderão tirar melhor proveito dos blogues como de qualquer outra tecnologia. Seria interessante estudar em futuros trabalhos se o blogue promove uma maior equidade em termos dos resultados escolares, ou se pelo contrário será mais um factor de iniquidade escolar.

6. Escrever em texto simples permite mais facilmente fugir à verdade do que utilizando blogues, porque estes preservam um registo para memória futura. Por exemplo, no desenvolvimento deste trabalho todos os elementos se tinham comprometido à ilustração prática da utilização de blogues, como se pode confirmar aqui e nos logs do MSN. Porém, a resistência do Grupo às actividades práticas levou a que o único tema realmente desenvolvido fosse o preconceito, que a versão publicada no Moodle omite ostensivamente. Assim, se o Grupo desejar que as versões sejam semelhantes deverá copiar o texto daqui para o PDF, omitindo este último ponto 😉