Os votos em branco ou nulos e as abstenções deviam ser representados por lugares vazios no Parlamento Outubro 14, 2012
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Nas últimas eleições para a Assembleia da República só participaram 5,5 dos 9,6 milhões de inscritos, fazendo das abstenções o “partido” com maior expressão, contudo foram eleitos deputados para 100% dos lugares na AR. Mesmo que apenas tivessem votado 500 mil eleitores o resultado seria o mesmo! Isto é, se as pessoas estiverem descontentes com o trabalho dos seus representantes, e resolverem não votar em nenhum – abstendo-se, votando em branco ou anulando o voto – isso, lamentavelmente, não tem quaisquer consequências.
Este sistema é injusto, porque em todas as actividades os vendedores precisam dos votos favoráveis dos compradores (em Euros) para que o negócio se efective, enquanto aos políticos bastará não terem menos votos que os seus concorrentes.
Desta forma, quem quiser expressar o seu desencanto não tem possibilidade de o fazer, estando mais que visto que o Parlamento não representa a população, pois cerca de metade dos eleitores nem votaram em nenhum dos eleitos! Uma lei eleitoral que traduzisse o afastamento dos cidadãos da vida política por lugares vazios, certamente introduziria maior competitividade na luta política, aproximando os deputados dos cidadãos e dignificando a actividade política.
Já sei que nenhum dos partidos acolherá esta ideia, mas escrevê-la aqui é a única forma de expressão que a democracia me oferece.
1945–2005: Dois Mundos Diferentes Março 19, 2008
Posted by netodays in China, democracia parlamentar, desenvolvimento sustentável, escassez da água, esperança de vida, família, fertilidade, mortalidade infantil, petróleo, população.add a comment
60 anos depois, o Mundo não é mais o mesmo. A UNESCO apresenta alguns exemplos interessantes.
http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001420/142021e.pdf
A população mundial quase triplicou de 1945 para 2005.
A percentagem da população a viver nas cidades, que representava menos de 29% do total, está quase a tornar-se dominante.
Menos de metade das pessoas teriam competências para ler um texto, contra 81.7%.
A esperança de vida aumentou cerca de 20 anos, permitindo o convívio dos avós com os netos.
A democracia parlamentar impôs-se definitivamente como regime político.
A percentagem de mulheres nos parlamentos cresceu 5.3 vezes, mantendo-se longe da equidade em qualquer país.
A fertilidade decresceu, pois as mulheres descobriram outros papéis além de mães e donas de casa.
A taxa de mortalidade infantil decresceu espectacularmente de 226 por mil para 86 por mil, em larga medida graças ao desenvolvimento da medicina. Este indicador é mais expressivo que a esperança de vida devido à fragilidade das crianças.
A área florestada caiu de 50 milhões de km quadrados para 39.
O consumo anual de água triplicou. Isto é, cresceu sensivelmente ao ritmo da população.
O consumo anual de petróleo cresceu 8.5 vezes! A população tornou-se mais consumista do outro negro. A maior justificação para o aquecimento global e alterações climáticas está aqui. É óbvio que este tipo de crescimento económico não pode continuar porque não é compatível com os recursos do planeta. É necessário impor um modelo de desenvolvimento sustentável, mas quem tem autoridade para isso?
O turismo massificou-se crescendo 32.3 vezes!
Estes indicadores são apenas médias, e uma vez que foram calculadas para o Mundo ocultam realidades muito distintas.
Isto é, para que a China atingisse o “nível de desenvolvimento” dos EUA seriam necessários 665 milhões de carros de passageiros só na China! E a Terra aguentaria? Quem tem legitimidade para impor limites ao crescimento industrial dos chineses?
1945–2005: Dois Mundos Diferentes Março 19, 2008
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60 anos depois, o Mundo não é mais o mesmo. A UNESCO apresenta alguns exemplos interessantes.
http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001420/142021e.pdf
A população mundial quase triplicou de 1945 para 2005.
A percentagem da população a viver nas cidades, que representava menos de 29% do total, está quase a tornar-se dominante.
Menos de metade das pessoas teriam competências para ler um texto, contra 81.7%.
A esperança de vida aumentou cerca de 20 anos, permitindo o convívio dos avós com os netos.
A democracia parlamentar impôs-se definitivamente como regime político.
A percentagem de mulheres nos parlamentos cresceu 5.3 vezes, mantendo-se longe da equidade em qualquer país.
A fertilidade decresceu, pois as mulheres descobriram outros papéis além de mães e donas de casa.
A taxa de mortalidade infantil decresceu espectacularmente de 226 por mil para 86 por mil, em larga medida graças ao desenvolvimento da medicina. Este indicador é mais expressivo que a esperança de vida devido à fragilidade das crianças.
A área florestada caiu de 50 milhões de km quadrados para 39.
O consumo anual de água triplicou. Isto é, cresceu sensivelmente ao ritmo da população.
O consumo anual de petróleo cresceu 8.5 vezes! A população tornou-se mais consumista do outro negro. A maior justificação para o aquecimento global e alterações climáticas está aqui. É óbvio que este tipo de crescimento económico não pode continuar porque não é compatível com os recursos do planeta. É necessário impor um modelo de desenvolvimento sustentável, mas quem tem autoridade para isso?
O turismo massificou-se crescendo 32.3 vezes!
Estes indicadores são apenas médias, e uma vez que foram calculadas para o Mundo ocultam realidades muito distintas.
Isto é, para que a China atingisse o “nível de desenvolvimento” dos EUA seriam necessários 665 milhões de carros de passageiros só na China! E a Terra aguentaria? Quem tem legitimidade para impor limites ao crescimento industrial dos chineses?