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Semana de loucos Junho 16, 2012

Posted by netodays in a lição da banca, António Borges, Banco de Portugal, desemprego, desenvolvimento, Matemática, Troika.
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O desemprego de jovens atingiu a taxa mais elevada de sempre: 36,6% (154 mil pessoas).

As famílias com consumos elevados de energia e os pequenos negócios vão sofrer um aumento de 7,4% no preço do gás e de 2% na electricidade.

Vendem-se por 40 milhões milhões de Euros bancos que valem 360.

As negativas nas provas de Português e de Matemática têm vindo a subir desde 2008. Um especialista estúpido cujo link não indico disse que a culpa dos maus resultados, em parte, resulta de a classe docente estar cansada…

Uma fábrica de bolachas vai fechar porque o dono está cansado

Afinal António Borges nunca defendeu a redução dos salários, porque a redução dos custos de trabalho faz-se com salários mais baixos ou com aumento da produtividade, sendo esta última a melhor solução.

A OCDE garante que Portugal continuará em recessão pelo menos mais um ano.

Reflectindo em larga medida a continuação da redução do rendimento disponível, o número de famílias insolventes tem vindo a aumentar, diz o Banco de Portugal.

Mas o importante é que Portugal está no caminho certo.
Diz o presidente do Bundesbank.

Qual Geração Rasca? Junho 30, 2008

Posted by netodays in desemprego, desenvolvimento, fuga de cérebros.
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Frequentemente dos comentários de facilitismo nos exames, os mais velhos saltam para comentários associados à “Geração Rasca”, termo que convenientemente inventaram para darem a entender que no seu tempo é que era…

Com a massificação do ensino é verdade que o país tem hoje mais maus alunos, mas também tem mais alunos bons. Se nos anos 50 e 60 Portugal exportou trabalho indiferenciado, agora estamos a assistir a uma fuga de cérebros que a nossa economia se revela incapaz de aproveitar. Histórias para ler no site Mind this GAP.

27% = 0 para Mariano Gago Abril 4, 2008

Posted by netodays in desemprego, estatísticas, Mariano Gago, Socratelândia.
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Quando cheguei ontem à aula de Economia fui confrontado com a novidade:

– Então professor! Não há desemprego entre os licenciados! Foi o que o Ministro disse…

  • O ministro da Ciência e Ensino Superior está convencido de que quase não há licenciados desempregados em Portugal…
PÚBLICO, 03.04.2008

Sabiam que aquela novidade ia contra as minhas lições, porque o que sempre tinha dito até ali é que a licenciatura garante cada vez menos o emprego. Este post repõe a minha resposta num ambiente mais alargado.

O organismo oficial responsável pelas estatísticas em Portugal é o INE. O quadro abaixo reproduz o quadro que encontrará hoje quem seguir o este link.

Observando o quadro é fácil constatar que segundo os dados mais recentes, relativos ao quarto trimestre de 2007, entre os indivíduos com nível de escolaridade superior, que se encontram no grupo etário abaixo dos 24 anos a taxa de desemprego atinge os 27,4%. No grupo etário dos 25 aos 34 anos o desemprego é menor, mas 11,8% não são nada desprezíveis, sobretudo para as mulheres, cuja taxa de desemprego ultrapassa o dobro da homóloga masculina (14,5% para 7,1%).

Os estudantes de Economia conhecem o conceito de desemprego friccional: um desempregado não encontra imediatamente um novo empregador, assim como um estudante não encontra o emprego que deseja imediatamente depois de concluir o seu curso… mas os valores estimados pelo INE são demasiado elevados para interpretar o desemprego estrutural dos licenciados como se fosse friccional.

As habilitações académicas podem mesmo revelar-se um obstáculo ao emprego, porque na perspectiva dos “empresários” que temos apenas os custos aumentam quando contratam licenciados, mestres ou doutores… O vídeo abaixo mostra alguns casos paradigmáticos de desemprego estrutural.

Mariano Gago já aprendeu umas coisas com o “aluno exemplar” que foi José Sócrates!

27% = 0 para Mariano Gago Abril 4, 2008

Posted by netodays in desemprego, estatísticas, Mariano Gago, Socratelândia.
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Quando cheguei ontem à aula de Economia fui confrontado com a novidade:

– Então professor! Não há desemprego entre os licenciados! Foi o que o Ministro disse…

  • O ministro da Ciência e Ensino Superior está convencido de que quase não há licenciados desempregados em Portugal…
PÚBLICO, 03.04.2008

Sabiam que aquela novidade ia contra as minhas lições, porque o que sempre tinha dito até ali é que a licenciatura garante cada vez menos o emprego. Este post repõe a minha resposta num ambiente mais alargado.

O organismo oficial responsável pelas estatísticas em Portugal é o INE. O quadro abaixo reproduz o quadro que encontrará hoje quem seguir o este link.

Observando o quadro é fácil constatar que segundo os dados mais recentes, relativos ao quarto trimestre de 2007, entre os indivíduos com nível de escolaridade superior, que se encontram no grupo etário abaixo dos 24 anos a taxa de desemprego atinge os 27,4%. No grupo etário dos 25 aos 34 anos o desemprego é menor, mas 11,8% não são nada desprezíveis, sobretudo para as mulheres, cuja taxa de desemprego ultrapassa o dobro da homóloga masculina (14,5% para 7,1%).

Os estudantes de Economia conhecem o conceito de desemprego friccional: um desempregado não encontra imediatamente um novo empregador, assim como um estudante não encontra o emprego que deseja imediatamente depois de concluir o seu curso… mas os valores estimados pelo INE são demasiado elevados para interpretar o desemprego estrutural dos licenciados como se fosse friccional.

As habilitações académicas podem mesmo revelar-se um obstáculo ao emprego, porque na perspectiva dos “empresários” que temos apenas os custos aumentam quando contratam licenciados, mestres ou doutores… O vídeo abaixo mostra alguns casos paradigmáticos de desemprego estrutural.

Mariano Gago já aprendeu umas coisas com o “aluno exemplar” que foi José Sócrates!

27% = 0 para Mariano Gago Abril 4, 2008

Posted by netodays in desemprego, estatísticas, Mariano Gago, Socratelândia.
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Quando cheguei ontem à aula de Economia fui confrontado com a novidade:

– Então professor! Não há desemprego entre os licenciados! Foi o que o Ministro disse…

  • O ministro da Ciência e Ensino Superior está convencido de que quase não há licenciados desempregados em Portugal…
PÚBLICO, 03.04.2008

Sabiam que aquela novidade ia contra as minhas lições, porque o que sempre tinha dito até ali é que a licenciatura garante cada vez menos o emprego. Este post repõe a minha resposta num ambiente mais alargado.

O organismo oficial responsável pelas estatísticas em Portugal é o INE. O quadro abaixo reproduz o quadro que encontrará hoje quem seguir o este link.

Observando o quadro é fácil constatar que segundo os dados mais recentes, relativos ao quarto trimestre de 2007, entre os indivíduos com nível de escolaridade superior, que se encontram no grupo etário abaixo dos 24 anos a taxa de desemprego atinge os 27,4%. No grupo etário dos 25 aos 34 anos o desemprego é menor, mas 11,8% não são nada desprezíveis, sobretudo para as mulheres, cuja taxa de desemprego ultrapassa o dobro da homóloga masculina (14,5% para 7,1%).

Os estudantes de Economia conhecem o conceito de desemprego friccional: um desempregado não encontra imediatamente um novo empregador, assim como um estudante não encontra o emprego que deseja imediatamente depois de concluir o seu curso… mas os valores estimados pelo INE são demasiado elevados para interpretar o desemprego estrutural dos licenciados como se fosse friccional.

As habilitações académicas podem mesmo revelar-se um obstáculo ao emprego, porque na perspectiva dos “empresários” que temos apenas os custos aumentam quando contratam licenciados, mestres ou doutores… O vídeo abaixo mostra alguns casos paradigmáticos de desemprego estrutural.

Mariano Gago já aprendeu umas coisas com o “aluno exemplar” que foi José Sócrates!