Limitações da Contabilidade Nacional II Novembro 24, 2012
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O PIB inclui muitas variáveis questionáveis e omite muitas actividades económicas com valor. Por exemplo, o PIB inclui a produção de bombas e mísseis, bem como os salários pagos aos guardas das prisões. O aumento das actividades criminosas faz disparar as vendas de alarmes e sistemas de segurança, que se somam ao PIB. Por outro lado, o corte de florestas insubstituíveis, a degradação ambiental, a poluição, as chuvas ácidas ou o aquecimento global, constituem externalidades (*) que não têm qualquer impacto sobre o valor da produção.
A Contabilidade Nacional tem sido muito criticada pelas actividades extra-mercado que omite, procedendo-se então ao cálculo da importância da Economia Não-Registada – ENR, vulgo economia paralela – relativamente ao PIB. “Sendo clandestina e incluindo muitos procedimentos ilegais discute-se frequentemente a questão da sua medida. Aos que tendem a desvalorizar medições efectuadas há que recordar que o próprio produto interno bruto oficial é obtido por estimativas unanimemente aceites” (Índice de 2011, A Economia Não Observada em Portugal, OBEGEF, 2012).
A ENR inclui (1) a economia subterrânea, (2) a ilegal, a (3) economia informal e o auto-consumo e (4) produto não contabilizado por deficiências da estatística.
Os valores calculados para a economia portuguesa desde 1970 apresentam valores sempre crescentes, que em 2011 já terão ultrapassado 25% do PIB.
Fonte: Índice de 2011, A Economia Não Observada em Portugal, OBEGEF, 2012.
(*) Externalidades (ou efeitos sobre o exterior) ocorrem quando empresas ou indivíduos impõem custos ou benefícios a outros que estão fora do mercado.
A poluição é obviamente uma externalidade negativa. As descobertas científicas, de cujo conhecimento poderá beneficiar a generalidade da população dizem-se externalidades positivas.
Continuando a utilizar o documento acima indicado:
1. Explicite o significado das diversas componentes da ENR: (1) a economia subterrânea, (2) a economia informal e o auto-consumo e (3) discrepâncias estatísticas.
2. Por que motivos se espera que a importância da ENR relativamente ao PIB tenha crescido em 2011, e que continuará a crescer?
3. Comente a distribuição sectorial da ENR (Tabela 5, na p. 9).
4. Justifique a sobrevivência das populações em países com produto interno bruto oficial per capita abaixo do limiar de subsistência.
5. Problematize o conceito de “externalidades” no âmbito da ENR.
6. Esta actividade é complementada com o TPC indicado aqui.
Limitações da Contabilidade Nacional – I Novembro 23, 2012
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Tarefa proposta como TPC
A maior limitação da Contabilidade Nacional decorre do desenvolvimento da economia paralela – economia não registada -, que já representa 1/4 do PIB. Se não fosse este flagelo, as contas públicas não apresentariam défice.
Visualiza a parte inicial do vídeo – primeiras intervenções, após as notícias – e responde às seguintes questões:
1. Explicita o conceito de Economia Paralela e suas componentes, expostas por Nuno Gonçalves.
2. Porque é que a população acha melhor não pagar os impostos?
Refere a argumentação de Sara Santos.
3. Identifica a elite corrupta indicada por João Pedro Martins.
4. Como explica Helena Garrido o regresso da pergunta “com ou sem factura?”
5. Refere como a teoria da felicidade explica a fuga ao fisco? (Helena Garrido)
1. Comenta alguns aspectos que consideres interessantes do resto do vídeo.
2. A economia paralela é um problema económico ou uma questão (de falta de)moral? Justifica.