Prova do Módulo 6 Maio 19, 2010
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Consultando o site do Banco de Portugal (link) recolheram-se dados sobre o comércio externo português, com os quais se construiu uma tabela com a qual deverás construir uma imagem semelhante à que se segue:
1. Interpreta o saldo (estruturalmente) negativo da Balança Comercial.
2. Interpreta o saldo positivo da Balança de Serviços.
3. Interpreta o saldo negativo da Balança de Rendimentos.
4. Interpreta o saldo positivo da Balança de Transferências.
5. Interpreta o saldo positivo da Balança de Capitais.
6. Interpreta o saldo negativo da Balança Básica.
7. Qual o interesse de calcular as últimas duas colunas? (NOTA: Sabe-se à partida que deveriam dar exactamente o mesmo valor).
As relações económicas de um país com o Resto do Mundo dão origem à construção da respectiva Balança de Pagamentos. Os processos de integração económica têm complicado os conceitos tanto de importação como de exportação. Utiliza-se abaixo a economia dos EUA para conhecer a estrutura básica da Balança de Pagamentos.
1. Identifica as duas grandes rubricas da Balança de Pagamentos.
2. Identifica as quatro principais rubricas da Balança de Transações Correntes.
3. A exportação de vinho do porto é registada a crédito ou a débito da Balança de Pagamentos portuguesa. Justifica utilizando a regra explicitada no texto.
4. A importação de petróleo é registada a crédito ou a débito da Balança de Pagamentos portuguesa. Justifica utilizando a regra explicitada no texto.
5. Os espanhóis que visitaram o nosso país durante o Ano Novo fizeram despesa em unidades hoteleiras portuguesas. Essa despesa é registada a crédito ou a débito da Balança de Pagamentos portuguesa. Justifica utilizando a regra explicitada no texto.
6. As empresas portuguesas instaladas no exterior terão repatriado para Portugal os seus lucros. A entrada desses lucros no país é registada a crédito ou a débito da Balança de Pagamentos portuguesa. Justifica utilizando a regra explicitada no texto.
7. Indica o saldo da Balança Comercial americana.
8. Explicita como o défice comercial americano está a ser financiado.
Entre as teorias do comércio internacional assume particular relevância a teoria das vantagens comparativas. A teoria das vantagens absolutas não é explicitamente referida no texto, mas está implícita no caso mais simples, em que refere que “o homem da rua não precisará de qualquer economista”. SAMUELSON não referiu esta “teoria” porque a identificou com o “bom senso”.
Com o objectivo de representar graficamente a teoria das vantagens comparativas (SAMUELSON, Economia, Edição de 1981) vamos admitir adicionalmente que a América dispõe de 5.000 horas de trabalho e a Europa de 12.000.
Então se a América quiser produzir apenas alimentos (vestuário) poderá produzir 5.000 (2.500) unidades; estes dois pontos definem a fronteira de possibilidades de produção da América – FPP A.
Se a Europa quiser produzir apenas alimentos (vestuário) poderá produzir 4.000 (3.000) unidades; estes dois pontos definem a fronteira de possibilidades de produção da Europa – FPP E.
Na ausência de comércio internacional cada país pode produzir e consumir em qualquer dos pontos da respectiva FPP, que também representa a respectiva FPC (fronteira de possibilidades de consumo); qualquer ponto exterior a estas fronteiras seria preferível, mas permanece inacessível.
A abertura do comércio internacional determina a especialização da América na produção de alimentos, produzindo 5.000 unidades em PA, e a especialização da Europa na produção de vestuário, produzindo 3.000 unidades em PE.
Suponha-se que ao preço 0,(6) a América exportaria 3.000 unidades de alimentos com as quais importaria 2.000 unidades de vestuário da Europa.
O novo ponto de consumo da América seria determinado por 2.000 unidades de vestuário e 2.000 unidades de alimentos, em CA,
Na nova situação a Europa consumiria 1.000 unidades de vestuário e 3.000 unidades de alimentos, em CE.
O comércio internacional foi vantajoso para ambos os países porque os respectivos pontos de consumo, CA e CE, são exteriores às suas FPC iniciais. Como em ambos os países foi possível chegar a pontos de consumo que proporcionam maior bem-estar, com o mesmo custo, isto significa que os recursos ficaram empregues de uma forma mais eficiente.
Admita uma nova situação na qual a América troca 2.000 unidades de alimentos por 2.000 vestuário.
1. Determine os novos pontos de consumo da América e da Europa.
2. Verifique que se trata de uma solução injusta para uma das partes porque o preço dos alimentos relativamente ao vestuário se situa fora do intervalo 0,5 (isto é, ½) a 0,75 (isto é, ¾).
3. Construa o gráfico que ilustra esta situação.
Mapa do Módulo 6 Novembro 2, 2009
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- Conteúdos do Módulo 6 – A Interdependência das Economias Actuais
- Balança de Pagamentos 2008 – 2010
- Financiamento do défice da BC e Indicadores do Comércio Externo
- Balança de Pagamentos
- Proteccionismo versus comércio livre
- Processo de integração económica
- Sabe bem pagar tão pouco de impostos
- Teoria das vantagens comparativas
- Multinacionais ou Empresas Transnacionais (ETN)
- Acerca da OMC
- Prova Modelo do Módulo 6
Conteúdos do Módulo 6 – A Interdependência das Economias Actuais Setembro 2, 2009
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● O comércio internacional
– Diversidade, necessidade e vantagens das trocas internacionais
● O registo das trocas internacionais – Balança de Pagamentos
– Balança Corrente
- mercadorias (importações e exportações)
- serviços
- rendimentos
- transferências correntes
– Balança de Capital
– Balança Financeira
● Factores de desenvolvimento do comércio internacional
– Transportes e comunicações
– Empresas transnacionais
– GATT/OMC
● A integração económica
– Noção
– Formas (zona de comércio livre, união aduaneira, mercado comum e união económica)
– O processo de construção da União Europeia
Objectivos
● Indicar os diversos tipos de trocas internacionais que se estabelecem entre as economias.
● Explicar as razões que levam os países a efectuar trocas internacionais.
● Referir vantagens para os países, decorrentes da integração no comércio internacional.
● Referir a importância de se efectuarem os registos das trocas internacionais.
● Indicar as componentes da Balança de Pagamentos (Balanças Corrente, de Capital e Financeira).
● Referir as balanças que compõem a Balança Corrente.
● Calcular o saldo da Balança de Mercadorias.
● Interpretar o saldo da Balança de Mercadorias
● Calcular a taxa de cobertura.
● Interpretar o significado de indicadores do comércio externo (taxa de cobertura e estrutura das importações e das exportações).
● Referir a composição das Balanças de Serviços, de Rendimentos e de Transferências Correntes.
● Calcular o saldo da Balança Corrente.
● Interpretar o saldo da Balança Corrente.
● Indicar as componentes da Balança de Capital.
● Indicar componentes da Balança Financeira.
● Distinguir proteccionismo de livre-cambismo.
● Relacionar o desenvolvimento e a desregulamentação dos transportes e das comunicações com a abertura do comércio internacional.
● Explicar o papel das empresas transnacionais no desenvolvimento do comércio internacional.
● Explicar de que forma o GATT/OMC incentivou o desenvolvimento do comércio internacional
● Apresentar a noção de integração económica.
● Distinguir cada uma das formas de integração económica.
● Relacionar o processo de integração com a regionalização das trocas internacionais.
● Referir exemplos de formas de integração em diferentes áreas geográficas (Mercosul – Mercado Comum do Sul; ASEAN – Associação das Nações do Sudoeste Asiático; NAFTA – Acordo Norte Americano de Livre Comércio e UE – União Europeia).
● Relacionar o processo de integração com o movimento de abertura e liberalização do comércio internacional.
● Referir as principais etapas de integração europeia (da CECA – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço ao Acto Único Europeu).
● Explicar a importância do Acto Único Europeu.
● Relacionar o Acto Único com a criação da União Económica e Monetária (UEM).
● Enunciar os principais objectivos do Tratado de Maastricht.
● Explicar a importância da criação da UEM na afirmação da União Europeia.
Apresentação
Pretende-se, com este módulo, que os alunos compreendam que os países, não sendo autosuficientes, têm necessidade de estabelecer trocas comerciais com outros países, obtendo-se daí vantagens para ambos e para o comércio mundial no seu todo.
Algumas das relações que se estabelecem podem ser quantificadas e registadas (mercadorias, serviços, rendimentos e capitais) em documentos próprios designados por balanças, cuja análise, combinada com indicadores do comércio externo, nos permite conhecer aspectos da situação económica de um país.
Importa ainda compreender que o comércio internacional tem vindo a evoluir. Até à segunda guerra mundial, o mundo pautou-se pelo proteccionismo, no entanto, o período que se seguiu à guerra foi marcado pelo derrubar das barreiras ao comércio internacional. Alguns factores concorreram para que tal acontecesse, sendo de referir as inovações tecnológicas operadas nos transportes e nas comunicações electrónicas que permitiram aproximar regiões, fazendo-se este movimento acompanhar por uma política de desregulamentação, o que reforçou a abertura dos mercados. Igualmente importante foi o papel desempenhado pelas firmas transnacionais no processo de internacionalização das trocas e da produção. É de salientar também o importante papel desempenhado pelo GATT/OMC (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio/Organização Mundial do Comércio) como instrumento/entidade reguladora das trocas internacionais.
A par da abertura do comércio internacional, tem-se vindo a verificar um processo de regionalização das trocas, como forma intermédia de os países se integrarem no contexto do sistema mundo, culminando com o surgimento, em diferentes áreas geográficas, de espaços de integração económica, dos quais a União Europeia constitui o exemplo mais acabado. Assim, pretende-se que os alunos compreendam a importância do processo de integração, na afirmação da União Europeia no contexto mundial.