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EDP abusa do poder monopolista Junho 22, 2008

Posted by netodays in EDP, Socratelândia.
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Segundo o Diário de Notícias, a entidade reguladora da concorrência no mercado da electricidade – ERSE – mudou de opinião. Até aqui sempre tinha considerado que o risco de (não) cobrança teria que ser assumido pela EDP, mas agora entende que uma parcela da factura pode destinar-se a compensar a empresa do volume de negócios inferior a 0,3% que não conseguem cobrar.

Esta justificação apenas poderia ser apresentada por um monopolista,
que está a abusar do seu poder no mercado. Não passa pela cabeça do Belmiro de Azevedo obrigar-nos a pagar nem mais um cêntimo, porque alguns clientes pagam com cheque sem cobertura ou furtam nas suas lojas (Continente/Modelo). Ele já fixa os preços a contar com os riscos da actividade. Qualquer acréscimo posterior ao preço seria um convite para nos deslocarmos ao Pingo Doce ou a outro concorrente.

No caso da EDP os consumidores não têm alternativa senão pagar e calar, porque não podem deixar de consumir electricidade e não têm outro fornecedor. Porém, a lógica seguida pela EDP é perigosa. Se me fazem pagar a conta daqueles que ficaram a dever, então eu posso presumir que se ficar a dever alguém pagará a minha conta! Creio que a generalização desta lógica poderá aumentar os incobráveis para um volume muito acima dos 0,3%.

Neste caso o óptimo é inimigo do bom. A administração da EDP deve aprender a conviver com as imperfeições do negócio, ou corrigi-las pelo lado certo. Agora resolvê-las atirando para baixo, só porque os clientes se encontram numa situação de maior fragilidade é imoral.

Este assunto está em discussão pública aqui.

Este post foi enviado para o e-mail consultapublica@erse.pt


Proposta para os incobráveis da EDP caiu por não ter “receptividade necessária”

Dívidas na electricidade afinal não vão ser pagas por todos os consumidores

EDP abusa do poder monopolista Junho 22, 2008

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Segundo o Diário de Notícias, a entidade reguladora da concorrência no mercado da electricidade – ERSE – mudou de opinião. Até aqui sempre tinha considerado que o risco de (não) cobrança teria que ser assumido pela EDP, mas agora entende que uma parcela da factura pode destinar-se a compensar a empresa do volume de negócios inferior a 0,3% que não conseguem cobrar.

Esta justificação apenas poderia ser apresentada por um monopolista,
que está a abusar do seu poder no mercado. Não passa pela cabeça do Belmiro de Azevedo obrigar-nos a pagar nem mais um cêntimo, porque alguns clientes pagam com cheque sem cobertura ou furtam nas suas lojas (Continente/Modelo). Ele já fixa os preços a contar com os riscos da actividade. Qualquer acréscimo posterior ao preço seria um convite para nos deslocarmos ao Pingo Doce ou a outro concorrente.

No caso da EDP os consumidores não têm alternativa senão pagar e calar, porque não podem deixar de consumir electricidade e não têm outro fornecedor. Porém, a lógica seguida pela EDP é perigosa. Se me fazem pagar a conta daqueles que ficaram a dever, então eu posso presumir que se ficar a dever alguém pagará a minha conta! Creio que a generalização desta lógica poderá aumentar os incobráveis para um volume muito acima dos 0,3%.

Neste caso o óptimo é inimigo do bom. A administração da EDP deve aprender a conviver com as imperfeições do negócio, ou corrigi-las pelo lado certo. Agora resolvê-las atirando para baixo, só porque os clientes se encontram numa situação de maior fragilidade é imoral.

Este assunto está em discussão pública aqui.

Este post foi enviado para o e-mail consultapublica@erse.pt


Proposta para os incobráveis da EDP caiu por não ter “receptividade necessária”

Dívidas na electricidade afinal não vão ser pagas por todos os consumidores

EDP abusa do poder monopolista Junho 22, 2008

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Segundo o Diário de Notícias, a entidade reguladora da concorrência no mercado da electricidade – ERSE – mudou de opinião. Até aqui sempre tinha considerado que o risco de (não) cobrança teria que ser assumido pela EDP, mas agora entende que uma parcela da factura pode destinar-se a compensar a empresa do volume de negócios inferior a 0,3% que não conseguem cobrar.

Esta justificação apenas poderia ser apresentada por um monopolista,
que está a abusar do seu poder no mercado. Não passa pela cabeça do Belmiro de Azevedo obrigar-nos a pagar nem mais um cêntimo, porque alguns clientes pagam com cheque sem cobertura ou furtam nas suas lojas (Continente/Modelo). Ele já fixa os preços a contar com os riscos da actividade. Qualquer acréscimo posterior ao preço seria um convite para nos deslocarmos ao Pingo Doce ou a outro concorrente.

No caso da EDP os consumidores não têm alternativa senão pagar e calar, porque não podem deixar de consumir electricidade e não têm outro fornecedor. Porém, a lógica seguida pela EDP é perigosa. Se me fazem pagar a conta daqueles que ficaram a dever, então eu posso presumir que se ficar a dever alguém pagará a minha conta! Creio que a generalização desta lógica poderá aumentar os incobráveis para um volume muito acima dos 0,3%.

Neste caso o óptimo é inimigo do bom. A administração da EDP deve aprender a conviver com as imperfeições do negócio, ou corrigi-las pelo lado certo. Agora resolvê-las atirando para baixo, só porque os clientes se encontram numa situação de maior fragilidade é imoral.

Este assunto está em discussão pública aqui.

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Proposta para os incobráveis da EDP caiu por não ter “receptividade necessária”

Dívidas na electricidade afinal não vão ser pagas por todos os consumidores