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2012 – 10º Aniversário do Euro Dezembro 27, 2012

Posted by netodays in Euro, União Europeia.
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Em 2012 o BCE produziu um vídeo comemorativo do 10º aniversário do Euro.

Para adoptarem o Euro, os Estados-Membros têm de alcançar um nível elevado de convergência económica sustentável, o qual é avaliado com base no cumprimento dos critérios de convergência nominal:

  • uma taxa média de inflação que não exceda em mais de 1,5 pontos percentuais a verificada, no máximo, nos três Estados-Membros com melhores resultados em termos de estabilidade de preços;
  • o rácio do défice público programado ou verificado em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado, o qual não deve ser superior a 3%;
  • o rácio da dívida pública em relação ao PIB a preços de mercado, o qual não deve ser superior a 60%.
  • as taxas de câmbio, durante pelo menos dois anos, deverão respeitar as margens normais de flutuação previstas no mecanismo de taxas de câmbio do Sistema Monetário Europeu, sem ter procedido a uma desvalorização em relação à moeda de qualquer outro Estado-Membro. Isto é, o Estado-Membro deve ter participado no mecanismo da taxa de câmbio do Sistema Monetário Europeu ininterruptamente durante os dois anos anteriores ao exame da sua situação sem ter conhecido tensões graves. Além disso, durante o mesmo período, não deve ter desvalorizado por sua própria iniciativa a sua moeda;
  • as taxas de juro a longo prazo não devem exceder mais de 2 pontos percentuais, no máximo, a média dos três Estados-Membros que apresentam os melhores resultados relativamente à estabilidade dos preços.
  • Fonte: Introdução do euro: critérios de convergência

Argumentou-se que a adopção do Euro seria um instrumento que conduziria à convergência real, isto é, que o poder de compra dos países com menor desenvolvimento se aproximaria mais facilmente da média da União. O PIB per capita, em paridade do poder de compra, relativamente à média da UE27, não indica que Portugal se tenha aproximado dos seus parceiros, mas países como a República Checa e a Eslováquia estarão a ser melhor sucedidos.

Fonte: Eurostat.

  • No final da sua primeira década, o euro é uma história de sucesso e representa o resultado mais tangível da integração europeia. O nível baixo e a estabilidade da inflação e das taxas de juro nos últimos dez anos contribuíram para o aumento do investimento na área do euro. A consolidação fiscal prosseguiu e a criação de emprego atingiu os níveis mais elevados de sempre. Contudo, o crescimento da produtividade tem sido inferior ao de outras economias desenvolvidas, e as preocupações sobre a distribuição dos rendimentos aumentaram.
    Fonte: EMU@10: sucessos e desafios após 10 anos de União Económica e Monetária

Convém ler criticamente estas linhas, porque os países europeus cujo poder de compra mais tem crescido, após 2002, encontram-se fora da União: Suiça e Noruega (Ver Gráfico).

O Euro foi fixado irrevogavelmente em 200,482 escudos.

Actualmente, o Sistema Europeu de Bancos Centrais é formado pelo BCE e pelos bancos centrais nacionais dos 27 Estados-Membros da União Europeia. Os Estados-Membros participantes na área do euro são 17: Bélgica, Alemanha, Estónia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Itália, Chipre, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Áustria, Portugal, Eslovénia, Eslováquia e Finlândia, pelo que os respectivos bancos centrais e o BCE fazem parte do Eurosistema.

A principal desvantagem da adopção do Euro resulta da perda de autonomia, por parte dos governos, na condução das políticas monetária e cambial, pois as decisões a este nível são tomadas pelo Banco Central Europeu (BCE).
Antes da adopção do Euro, Portugal e outros países, recorriam à desvalorização da moeda como estratégia para baixar artificialmente o preço das exportações, tornando-as mais competitivas. Simultaneamente, as importações ficavam mais caras, contribuindo para a redução destas. Este mecanismo permitia a promoção do equilíbrio da balança de pagamentos sem que as empresas ficassem mais competitivas, e sem que os indivíduos sentissem imediatamente a redução do poder de compra que efectivamente perdiam.

Pretende-se alargar o Euro a outros Estados-Membros porque elimina os riscos de taxa de câmbio entre os países que o adoptam, baixando, por conseguinte, as taxas de juro. Permite a esses países beneficiarem das vantagens da estabilidade de preços – o objetivo primordial do BCE. Abre também o caminho para um mercado de capitais integrado, líquido e profundo. Nas suas viagens na área do euro, as pessoas já não precisam de trocar dinheiro e de pagar os correspondentes custos de transacção.

Podes aprender mais sobre o Euro, até com jogos e apresentações interactivas na Escola do Euro/BCE.

Constrói um PowerPoint de 10 slides no Google Drive e partilha o respectivo link no teu blogue, utilizando os recursos indicados.

Outros Recursos
Perguntas mais frequentes sobre o alargamento da União Europeia e a União Económica e Monetária, BCE.
http://www.ecb.europa.eu/euro/html/index.pt.html
E outros links neste post.