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Globalização Abril 2, 2012

Posted by netodays in Castells, globalização.
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A economia informacional é global. Uma economia global é uma nova realidade histórica diferente de uma economia mundial. Segundo Fernand Braudel e Immanuel Wallerstein, economia mundial, ou seja, uma economia em que a acumulação de capital avança por todo o Mundo, existe no Ocidente, no mínimo desde o século XVI. Uma economia global é algo diferente: é uma economia com capacidade para funcionar como uma unidade em tempo real, à escala planetária. (…) Economia global é uma economia cujas componentes nucleares, têm a capacidade institucional, organizacional e tecnológica para trabalharem como uma unidade em tempo real ou num tempo convencionado, a uma escala planetária (Castells, 2007a, p. 124).

A economia portuguesa encontra-se aberta ao exterior num grau análogo ao de numerosos outros países.

http://dx.doi.org/10.1787/888932503797

Mas a inexistência de um sector industrial será uma das razões que justifica o défice estrutural da balança corrente, abaixo indicado em percentagem do PIB.

http://dx.doi.org/10.1787/888932504272

O desenvolvimento das TIC nunca foi um ponto forte da sociedade portuguesa, mas desde que a Internet passou a ser comercializada – desde 1990(*) – mudou as rotinas diárias das famílias.

Os meios de comunicação também têm sentido necessidade de se adaptar ao meio electrónico. Vivemos num paradigma em que o jornalista escrevia notícias padronizadas para uma massa de leitores, emergindo agora a sua integração em redes sociais onde estes ainda não descobriram um modelo de negócio.

O teórico mais respeitado dos meios de comunicação é Marshall McLuan. Para ele “As sociedades têm sempre sido redesenhadas mais pelas características dos meios de comunicação utilizados pelos homens que pelo conteúdo da comunicação”.

Todos os media são extensões de algumas faculdades humanas, mentais ou físicas. A roda é uma extensão dos pés. O livro é uma extensão dos olhos. A roupa é uma extensão da pele. Os sinais eléctricos são uma extensão do sistema neuronal-central. A forma como são transmitidos estes sinais afecta a forma como nós pensamos, e quando muda o modo de transmissão a sociedade também muda.

Estamos habituados a pensar excessivamente no conteúdo das mensagens, mas como nos recorda Marshall McLuan, “o meio é a mensagem”, o meio é uma provocação, uma forma de pedir atenção, não é qualquer coisa neutral, desenha o mapa, sobretudo quando o meio é novidade. Eis alguns dos seus tweets:

Não interessa o que você diz ao telefone; o facto é que você está lá.

À velocidade da luz não existe uma sequência; tudo acontece de uma só vez.

Nosso novo ambiente eléctrico obriga ao empenho e participação e preenche as necessidades psíquicas e sociais do homem em níveis profundos.

A extensão de nosso sistema nervoso como um ambiente de total de informação é uma extensão do processo evolutivo.

A aldeia global é um lugar de interfaces muito difíceis e situações muito abrasivas.

Os novas mídias procuram que você se envolva e tome parte da acção.

Quando a informação se torna totalmente ambiental e instantânea, é impossível ter monopólio do conhecimento.

Como é possível que o hardware do teu computador seja mais barato que a licença do Windows?
Uma pista interessante para responder a esta pergunta encontra-se no vídeo The Story of Stuff, a história das coisas, que apresenta a sociedade de consumo como motor do sistema capitalista.

Num post com 1000 palavras, pretende-se que tenha em consideração os seguintes objectivos:

– Constatar a aceleração das trocas e dos movimentos da população a nível mundial

– Referir as várias dimensões do fenómeno da globalização (económica, financeira e cultural)

– Explicitar a importância da globalização da economia referindo o papel das empresas transnacionais (ETN), frequentemente designadas multinacionais

– Explicitar o papel dos meios de comunicação (audiovisuais, agências de informação, imprensa, livros, publicidade, bases de dados, TIC, internet, etc.) na difusão cultural

– Explicar o papel dos meios de comunicação social na sociedade actual

– Relacionar a globalização com as novas representações sociais

– Aculturação. A língua inglesa como factor homogeneizador das culturas nacionais / As TIC como novas possibilidades de expressão de culturas minoritárias (o exemplo do Mirandês, Site para aprender Mirandês * Vídeo sobre o Mirandês )

NOTA

(*) A Internet começou a ser comercializada em 1990 pelo PUUG. O ISP de maior dimensão viria a ser a Telepac que começou a fornecer o serviço Internet entre 1992 e 1995, mas só partir de 1999/2000 se popularizará.

Recursos

A Gripe A e o preço da carne de porco Setembro 18, 2009

Posted by netodays in globalização.
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http://www.indexmundi.com/commodities/?commodity=pork

Mesmo tendo sido escolhido um nome tão inócuo como Gripe A, as pessoas recordaram-se da sua origem, e o descalabro dos preços a partir de Julho mostra bem que a designação gripe suína não poderia continuar.

A “espanhola” (1918-1919), a “asiática” (1957-1958) e a “de Hong-Kong” (1968-1969) foram as três importantes pandemias de gripe do século XX. (Conferir) Porém a intensidade da globalização nos nossos dias inibia à partida expressões como gripe mexicana ou gripe americana, atendendo à sua repercussão sobre o volume das exportações.

Teoria da Conspiração: A Gripe A como modalidade de extermínio em massa

Globalização da imoralidade Outubro 28, 2008

Posted by netodays in globalização.
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  • Trufas e caviar no jantar da cimeira do G8 sobre fome

    Os líderes das oito economias mais industrializadas do mundo (G8), reunidos numa cimeira no Japão, estão a causar espanto e repúdio na opinião pública internacional, após ter sido divulgada aos órgãos de comunicação social a ementa dos seus almoços de trabalho e jantares de gala.

    Reunidos sob o signo dos altos preços dos bens alimentares nos países desenvolvidos – e consequente apelo à poupança -, bem como da escassez de comida nos países mais pobres, os chefes de Estado e de Governo não se inibiram de experimentar 24 pratos, incluindo entradas e sobremesas, num jantar que terá custado, por cabeça, a módica quantia de 300 euros.
    Diário de Notícias, 10 de Julho de 2008

Algum destes senhores terá sido afectado pela crise financeira?

Globalização da imoralidade Outubro 28, 2008

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  • Trufas e caviar no jantar da cimeira do G8 sobre fome

    Os líderes das oito economias mais industrializadas do mundo (G8), reunidos numa cimeira no Japão, estão a causar espanto e repúdio na opinião pública internacional, após ter sido divulgada aos órgãos de comunicação social a ementa dos seus almoços de trabalho e jantares de gala.

    Reunidos sob o signo dos altos preços dos bens alimentares nos países desenvolvidos – e consequente apelo à poupança -, bem como da escassez de comida nos países mais pobres, os chefes de Estado e de Governo não se inibiram de experimentar 24 pratos, incluindo entradas e sobremesas, num jantar que terá custado, por cabeça, a módica quantia de 300 euros.
    Diário de Notícias, 10 de Julho de 2008

Algum destes senhores terá sido afectado pela crise financeira?

Globalização da imoralidade Outubro 28, 2008

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  • Trufas e caviar no jantar da cimeira do G8 sobre fome

    Os líderes das oito economias mais industrializadas do mundo (G8), reunidos numa cimeira no Japão, estão a causar espanto e repúdio na opinião pública internacional, após ter sido divulgada aos órgãos de comunicação social a ementa dos seus almoços de trabalho e jantares de gala.

    Reunidos sob o signo dos altos preços dos bens alimentares nos países desenvolvidos – e consequente apelo à poupança -, bem como da escassez de comida nos países mais pobres, os chefes de Estado e de Governo não se inibiram de experimentar 24 pratos, incluindo entradas e sobremesas, num jantar que terá custado, por cabeça, a módica quantia de 300 euros.
    Diário de Notícias, 10 de Julho de 2008

Algum destes senhores terá sido afectado pela crise financeira?

Globalização da imoralidade Outubro 28, 2008

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  • Trufas e caviar no jantar da cimeira do G8 sobre fome

    Os líderes das oito economias mais industrializadas do mundo (G8), reunidos numa cimeira no Japão, estão a causar espanto e repúdio na opinião pública internacional, após ter sido divulgada aos órgãos de comunicação social a ementa dos seus almoços de trabalho e jantares de gala.

    Reunidos sob o signo dos altos preços dos bens alimentares nos países desenvolvidos – e consequente apelo à poupança -, bem como da escassez de comida nos países mais pobres, os chefes de Estado e de Governo não se inibiram de experimentar 24 pratos, incluindo entradas e sobremesas, num jantar que terá custado, por cabeça, a módica quantia de 300 euros.
    Diário de Notícias, 10 de Julho de 2008

Algum destes senhores terá sido afectado pela crise financeira?

Milionários desafiam a crise do crédito e enriquecem ainda mais Julho 4, 2008

Posted by netodays in globalização, repartição do rendimento, Tratado de Lisboa.
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“O número de milionários de dólares cresceu no mundo cerca de 6%, no último ano, conduzido pelo crescimento explosivo das economias emergentes da Índia, China e Brasil”, observa o World Wealth Report.

Entre os gráficos que acompanham o relatório atente-se no seguinte:

As regiões em que a riqueza cresceu mais rapidamente foram: América Latina, Médio Oriente, África e Ásia-Pacífico. Na Europa e na América do Norte registaram-se taxas de crescimento inferiores à média mundial, significando que as suas economias estão a perder importância no sistema mundial.

Estes números não permitem aos europeus continuarem com compaixão relativamente ao Terceiro Mundo, e vêem questionar o seu modelo social de mercado. Imagine-se como terão ficado escandalizados os ingleses ao lerem que “de acordo com as estimativas da Merrill Lynch, haverá mais milionários na China que na Grã-Bretanha no final do próximo ano”.

O não irlandês ao Tratado de Lisboa foi motivado por razões económicas
que ultrapassam a própria UE, como a globalização. A UE prosperou com a liberalização dos mercados que se constituía como o seu motor de desenvolvimento. Simultaneamente foi criando o Estado previdência, para tornar efectivo seu modelo social de mercado.

Agora a liberalização dos mercados ultrapassou a própria UE, porque obedece a lógicas de pura ganância.
Comprar ao preço mais baixo, vender ao preço mais alto, o que for possível, onde quer seja.

Milionários desafiam a crise do crédito e enriquecem ainda mais Julho 4, 2008

Posted by netodays in globalização, repartição do rendimento, Tratado de Lisboa.
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“O número de milionários de dólares cresceu no mundo cerca de 6%, no último ano, conduzido pelo crescimento explosivo das economias emergentes da Índia, China e Brasil”, observa o World Wealth Report.

Entre os gráficos que acompanham o relatório atente-se no seguinte:

As regiões em que a riqueza cresceu mais rapidamente foram: América Latina, Médio Oriente, África e Ásia-Pacífico. Na Europa e na América do Norte registaram-se taxas de crescimento inferiores à média mundial, significando que as suas economias estão a perder importância no sistema mundial.

Estes números não permitem aos europeus continuarem com compaixão relativamente ao Terceiro Mundo, e vêem questionar o seu modelo social de mercado. Imagine-se como terão ficado escandalizados os ingleses ao lerem que “de acordo com as estimativas da Merrill Lynch, haverá mais milionários na China que na Grã-Bretanha no final do próximo ano”.

O não irlandês ao Tratado de Lisboa foi motivado por razões económicas
que ultrapassam a própria UE, como a globalização. A UE prosperou com a liberalização dos mercados que se constituía como o seu motor de desenvolvimento. Simultaneamente foi criando o Estado previdência, para tornar efectivo seu modelo social de mercado.

Agora a liberalização dos mercados ultrapassou a própria UE, porque obedece a lógicas de pura ganância.
Comprar ao preço mais baixo, vender ao preço mais alto, o que for possível, onde quer seja.

Milionários desafiam a crise do crédito e enriquecem ainda mais Julho 4, 2008

Posted by netodays in globalização, repartição do rendimento, Tratado de Lisboa.
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“O número de milionários de dólares cresceu no mundo cerca de 6%, no último ano, conduzido pelo crescimento explosivo das economias emergentes da Índia, China e Brasil”, observa o World Wealth Report.

Entre os gráficos que acompanham o relatório atente-se no seguinte:

As regiões em que a riqueza cresceu mais rapidamente foram: América Latina, Médio Oriente, África e Ásia-Pacífico. Na Europa e na América do Norte registaram-se taxas de crescimento inferiores à média mundial, significando que as suas economias estão a perder importância no sistema mundial.

Estes números não permitem aos europeus continuarem com compaixão relativamente ao Terceiro Mundo, e vêem questionar o seu modelo social de mercado. Imagine-se como terão ficado escandalizados os ingleses ao lerem que “de acordo com as estimativas da Merrill Lynch, haverá mais milionários na China que na Grã-Bretanha no final do próximo ano”.

O não irlandês ao Tratado de Lisboa foi motivado por razões económicas
que ultrapassam a própria UE, como a globalização. A UE prosperou com a liberalização dos mercados que se constituía como o seu motor de desenvolvimento. Simultaneamente foi criando o Estado previdência, para tornar efectivo seu modelo social de mercado.

Agora a liberalização dos mercados ultrapassou a própria UE, porque obedece a lógicas de pura ganância.
Comprar ao preço mais baixo, vender ao preço mais alto, o que for possível, onde quer seja.

Economia Portuguesa: Articulação difícil entre mudanças internas e as exigências externas competitivas Maio 5, 2008

Posted by netodays in Augusto Mateus, convergência real, Economia Portuguesa, globalização, Portugal, SNIG, União Europeia.
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(…) com a progressiva internacionalização do comércio e do investimento, sobretudo quando ela, acentuando a sua profundidade, se passou a designar por globalização, os mares, onde os navios portugueses dominaram esmagadoramente, como se sabe, nos séculos XVI e XVII, com mais de dois terços dos efectivos, exprimem com dureza este processo uma vez que, nos nossos dias, bastante menos de 1% da frota comercial mundial tem origem portuguesa. Augusto Mateus

1. Define globalização.

2. Refira os seis grandes períodos históricos na evolução mais recente da economia portuguesa, apontados por Augusto Mateus.

3. Refira as quatro rupturas genéricas que Augusto Mateus identifica nos anos 70.

4. Mostre que numa fase inicial da adesão de Portugal à CE se observou ma efectiva convergência real.

5. O crescimento económico verificado durante o período de convergência pode classificar-se como “mau crescimento”, nomeadamente em três traços particulares apontados por Augusto Mateus. Refere-os.

6. Parece que os nossos parceiros europeus dos 15 dispõem de um marketing e de uma tecnologia que tornam os seus produtos mais competitivos que os portugueses. Os membros dos recentes alargamento dispõem de maior educação e formação, de salários mais baixos, e estão a registar as taxas de crescimento mais elevadas.
Aponta algumas linhas estratégicas que consideres válidas para o futuro de Portugal.