O hipertexto ( HTML – Hypertext Markup Language ) Agosto 2, 2011
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De um modo geral podemos definir hipertexto pelas seguintes três características:
1. Um grande conjunto de informações organizada em numerosos fragmentos;
2. Os fragmentos estão relacionados uns com os outros;
3. O leitor precisa de uma pequena fracção de cada vez.
A leitura do hipertexto oferece múltiplas possibilidades, em função dos interesses do leitor. Nunca sendo tão maçadora quanto a leitura linear.
A título de anedota referem-se os professores de Matemática que explicam aos estudantes que estes não devem passar á página 3 sem se certificarem de que compreenderam a página 2, exigindo a leitura linear dos manuais completos para que a aprendizagem se possa fazer sem lacunas.
Conta-se que certo dia um aluno se apresentou à prova oral de Matemática, tendo seguido escrupulosamente as instruções do professor. Este começou por perguntar-lhe em que página do livro tinha ficado, ao que o aluno retorquiu que havia ficado na capa.
– Ficou na capa! – Exclamou o professor.
– É que como o nome do autor é Achilles Machado, não sei se deverei ler Aquiles Macado ou Axiles Maxado!
Numa sociedade complexa, perante a avalanche de dados contraditórios, a capacidade para seleccionar o que interessa ler e a capacidade para aprender com a rede adquiriram maior importância que os saberes escolares propriamente ditos, datados.
Tento em conta que hoje o hipertexto não se limita a textos, mas pode incluir imagens, sons, vídeos, interactividade e o poder da integração na Internet, é fácil concluir que a exposição a esta forma de codificação das mensagens certamente nos obriga a pensar noutros moldes.
A definição de Hipertexto abaixo tem a vantagem de referir, além das questões técnicas, que este tipo de texto conduz a outra forma de raciocínio. Na sociedade industrial aprendemos a ler os manuais página a página. Os textos digitais começam por não ter realmente “páginas”, e é necessário adquirirmos determinadas habilidades digitais para não nos sentirmos perdidos.
- “ … a representação electrónica dos textos modifica totalmente a sua condição, ela substitui a materialidade do livro pela imaterialidade de textos sem lugar específico; às relações de contiguidade estabelecidas no objecto impresso ela opõe a livre composição de fragmentos indefinidamente manipuláveis; à captura imediata da totalidade da obra, tornada visível pelo objecto que a contém, ela faz suceder a navegação de longo curso entre arquipélagos textuais sem margens nem limites.”
Isto significa que a mudança das formas e dos dispositivos por meio dos quais um texto é exposto pode criar novos públicos e novos usos para ele.
Os textos electrónicos, se destituídos de materialidade, são, no entanto, instituídos de uma forma que poderá alterar o conceito de acervo, de bibliotecas, dos livros e sobretudo das relações da leitura. Qual é esta forma?
No ciberespaço os documentos são oriundos de fontes electrónicas, disponíveis nos formatos FTP (File Transfer Protocol) sites, gopher sites, HTTP (word wide web) sites, telnet sites, e-mail discussion lists.
O hipertexto ( HTML – Hypertext Markup Language ) trata-se não só de um artifício gráfico, mas de uma maneira diferente de leitura alterando o modo de os utilizadores raciocinarem. O hipertexto permite a interactividade, a navegação contígua sem limites de espaço físico e de margens. É uma linguagem padrão para os documentos em sistemas Web (WWW) que usam o HTTP (Hypertext Transfer Protocol).
Referências
MONTEIRO, S.. A forma eletrônica do hipertexto. Ciência da Informação, Brasília, DF, Brasil, 29, jun. 2000. Disponível em: http://revista.ibict.br/ciinf/index.php/ciinf/article/view/256/223. Acesso em: 02 Ago. 2011.
The Bible: The Original Hypertext. Disponível em: http://cogwebcast.com/articles/the-bible-the-original-hypertext/. Acesso em: 02 Ago. 2011.
Convergência com a TV limitada pela largura de banda Agosto 28, 2007
Posted by netodays in hipertexto, Internet, leitura, televisão.add a comment
Este blogue está a ser lido num computador, mas as suas potencialidades afastam-se muito da ideia de simples hipertexto, colocando à disposição do leitor recursos áudio e vídeo que mudaram radicalmente o conceito de leitura, e de assistência aos programas de TV. Foi com alguma surpresa minha, que apesar de detestar assistir a programas de televisão – que digo ser uma actividade passiva 😉 dependente das grelhas e dos apetites dos directores de programas – dei um dia por mim a procurar “pegadinhas silvio santos” no YouTube!
Experimentem o modo FULL SCREEN, e se tiverem largura de banda suficiente, até parece TV! As televisões portuguesas estão a deixar-se passar pelas brasileiras, como de resto tem acontecido em todos os conteúdos lusófonos.
Convergência com a TV limitada pela largura de banda Agosto 28, 2007
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Este blogue está a ser lido num computador, mas as suas potencialidades afastam-se muito da ideia de simples hipertexto, colocando à disposição do leitor recursos áudio e vídeo que mudaram radicalmente o conceito de leitura, e de assistência aos programas de TV. Foi com alguma surpresa minha, que apesar de detestar assistir a programas de televisão – que digo ser uma actividade passiva 😉 dependente das grelhas e dos apetites dos directores de programas – dei um dia por mim a procurar “pegadinhas silvio santos” no YouTube!
Experimentem o modo FULL SCREEN, e se tiverem largura de banda suficiente, até parece TV! As televisões portuguesas estão a deixar-se passar pelas brasileiras, como de resto tem acontecido em todos os conteúdos lusófonos.