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Usando palavrões de Economia para esconder as opções políticas Maio 22, 2012

Posted by netodays in hipocrisia.
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O Pedro Lains bate no Governo por utilização incorrecta da expressão transaccionáveis.

Respondi no Facebook, mas republico aqui:

Isso dos bens transaccionáveis é um simples palavrão que lhes saiu para a malta ter desculpa para não perceber a mensagem, pior é o conteúdo: num país onde nunca se soube o que é a industrialização, querem usar a escola para fazer a revolução industrial, a revolução verde e a revolução azul – nunca li nada desta, mas estou a referir-me às pescas 😉 – E de preferência ainda acabam com o Estado e a Escola….

Estão mesmo a ver os professores de Informática, Contabilidade, Filosofia, História, etc. agora vão passar a dar aulas de metalurgia e metalomecânica, electricidade e energia, electrónica e automação, tecnologia dos processos químicos, construção e reparação de veículos a motor, etc.

Já estou com mais de 40 currículos, mas quando preciso de fazer a revisão do automóvel vou ao mecânico, e percebo de horta apenas o suficiente para saber escolher as alfaces, os tomates e os pepinos para fazer a salada. Tenham dó de mim.

É tão racional como passar turmas de a jovens a partir de 15 anos com um historial de insucesso escolar, de 15 para 25 alunos. Já com 15 aquilo parece o jardim zoológico, porque tem muita variedade, muitas aves raras! Sem dúvida terá racionalidade orçamental… Mas quando descobrirem outro buraco no BPN, na Madeira, nas PPP, etc. o dinheiro aparecerá logo.

Invocar a "ética da responsabilidade" para justificar as cambalhotas políticas Janeiro 14, 2008

Posted by netodays in Cavaco Silva, hipocrisia, José Sócrates, Tratado de Lisboa.
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Independentemente da denominação – Tratado Constitucional ou Tratado de Lisboa – o seu objecto é mesmo: definir as regras de jogo do processo de integração europeia, pelo que a quebra da promessa de Sócrates seria sempre uma estória mal contada. A arrogância revela-se em todo o seu esplendor quando afirma que:

É como aqueles alunos que são tão bons, que não precisam de prestar provas 😉 Neste caso admite hipocritamente, sem tibieza alguma, que os portugueses serão tão europeístas que nem vale a pena referendar o Tratado! Esta posição pública convive na sua mente com a sua convicção pessoal de que um referendo a um Tratado europeu poderia reflectir o desconforto do povo português perante as suas políticas governamentais de encerramento do país em nome do controlo da inflação e do défice orçamental. Portanto os riscos do não ganhar seriam mesmo sérios!

Então dá a volta ao texto, invocando a ética da responsabilidade.

Ele ainda irá referir-se a esta quebra de compromisso, um dia, elogiando-se a si mesmo. Dirá então que nos safou do risco do povo poder votar não.

Na minha humilde opinião, depois do não europeu em França, a opção por um referendo europeu passou a ser uma aventura perigosa em qualquer outro país. Toda a eurocracia aprendeu a lição francesa: o descontentamento com a conjuntura interna reflecte-se na construção do processo de integração europeia.

Mais…