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Entrevista a jovens sobre a utilização social dos media digitais Junho 7, 2010

Posted by netodays in adolescência, blogues, Identidade, Internet, MDS.
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A construção da identidade pessoal é considerada a tarefa mais importante da adolescência. Zacarés (1997, citado por Schoen–Ferreira e tal, 2003) entende que a identidade desenvolve-se durante todo o ciclo vital, mas é no período da adolescência que ocorrem as transformações mais significativas. É a primeira etapa da vida onde estão reunidos todos os ingredientes para uma construção de identidade social.
A Internet transformou a nossa sociedade numa rede à escala global. Todas as actividades humanas estão a ser modificadas pela “invasão” da Internet.
Os jovens através da Internet realizam e transformam pessoalmente aprendizagens significativas. Escutar o que estes têm a relatar das suas experiências online dá-nos uma perspectiva valiosa para compreender o papel que as novas tecnologias estão a desempenhar sobre a adolescência.
O objecto deste trabalho é identificar marcas identitárias da adolescência analisando a utilização que os jovens fazem da Internet, através de entrevistas, tendo em conta os seguintes tópicos: perfil do entrevistado; conhecimento dos media; formas de participar nos media; eu e os media; eu e os amigos nos media e relações entre os media e família. Foram realizadas nove entrevistas, a alunos com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos.
“As operações primárias da pesquisa, que precedem todas as finalidades de explicação ou mesmo do tratamento do material recolhido, são fundamentais, mas frequentemente são as menos problematizadas ou exploradas” (Boltanski, Thévenot, 2001:13) porque os cientistas sociais gostam de criar grandes categorias que utilizam na explicação dos fenómenos. Neste trabalho, uma vez que dispunhamos apenas de 9 entrevistas a própria realidade impôs que a sua análise seria necessariamente de carácter qualitativo, valendo sobretudo pelas justificações apresentadas pelos entrevistados, que destacámos ao longo do texto, como fonte de reflexão e elemento chave das conclusões que apresentamos.

NOTA: Este texto é a Introdução de um Trabalho de Grupo.

Informação e Identidade na Internet Maio 29, 2010

Posted by netodays in Identidade, SII.
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A generalidade das reflexões que tenho lido apresentam o lado negro da Internet, portanto resolvi reflectir apresentando-me como seu advogado.

1. A informação (credível, investigada, tendo por base fontes seguras) versus a não-informação (Informação sem rigor, ou que pode ser falsa, deturpada, manipulada ou apresentada fora de contexto).

Este ponto trouxe-me à memória a história do ARRASTÃO QUE NUNCA EXISTIU a 10 de Junho de 2005 na praia de Carcavelos. Toda a imprensa séria embarcou na onda, designadamente as televisões não podiam perder aquele prime time 😉 Segundo os vídeos que podemos ver no YouTube (Parte 4) o comandante da região metropolitana de Lisboa da PSP uma hora depois dos acontecimentos já sabia não ter existido arrastão nenhum, mas terá sido atropelado pela sede de “informação” dos “jornalistas”, pela sede de reforço da polícia, pela propaganda política nacionalista que vê em cada negro um alvo a abater.

A Internet, como uma avó paciente, permite que se compreenda a história sem necessidade de nos precipitarmos, através dos vídeos que aguardam a nossa visita no YouTube:

Era uma vez um arrastão parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=9pfS50Ycguw
Era Uma vez um arrastão parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=krHE6BpRK5g
Era uma vez um arrastão parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=O-0UFPJi5tA
Era uma vez um Arrastão parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=gCZ1KmlqgqU

Eu recordo-me de já ter visto estes vídeos antes, acompanhados de comentários da jornalista Diana Andringa no site http://www.eraumavezumarrastao.net que neste momento apresenta páginas em chinês! Provavelmente ser-lhe-ia caro manter este domínio, e o país não tem uns míseros euros para gastar em CULTURA, num site que todos deveríamos recordar. Assim resta-me agradecer aos monstros que violam a nossa privacidade, YouTube e Google, o facto de ainda poder ver estes vídeos.

2. Google Master Plan
O controlo da informação pelo Google é frequentemente retomado por muitos que advogam estar em causa a nossa privacidade. É o argumento do site:
http://masterplanthemovie.com/

Curiosamente uma colega que desenvolveu este tema também mostrou um vídeo que mostra que o Google é melhor lugar para trabalhar! Um local onde as pessoas se sentem realizadas por lá trabalhar, e são mais produtivas por isso! Eu gostaria que os empresários portugueses – onde estão eles? – seguissem este exemplo em vez de tentarem competir com os países do 3º Mundo à custa de mão-de-obra barata.

Sobre este tema uma colega escreveu um pouco alarmada que o Google Dashboard sabe tudo sobre nós! “Ele sabe tudo, onde andamos, os amigos que temos, em que páginas andamos…”

Realmente se googlarem netodays terão mais de 9.000 resultados, mas significa isto que perdi a minha privacidade? Certamente que não, porque apenas encontrarão o que eu decidi que poderia ser público. Basta utilizar outra conta do Google para o motor de pesquisa “pensar” que eu sou uma pessoa diferente e arquivar os meus dados noutro Google Dashboard. Nós somos livres de criar diferentes identidades na Internet, e deste modo manter a nossa privacidade. Essa será uma das razões para um crescimento tão rápido do FaceBook, por exemplo.

O mais engraçado é que se vos contactar com um endereço/FaceBook diferente também não me conhecem 😉 portanto tenho ou não garantida a privacidade?

Se mudássemos de endereço sistematicamente nunca ninguém nos conhecia. Isso também era chato! Assim, em cada momento nós decidimos o que nos interessa que os outros conheçam e o que não interessa, construindo a(s) nossa(s) identidade(s) no Mundo Digital.