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Reflexão Final de MDS Julho 16, 2010

Posted by netodays in MDS.
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Iniciaram-se os trabalhos nesta UC com textos de Prensky que nos introduziu conceitos estruturantes do pensamento não só nesta unidade, mas que jamais esqueceremos. De facto, cada vez que alguém quiser assentar o nosso endereço de mail ou telemóvel esse simples gesto denúncia que estamos e presença de imigrantes digitais.

Passei a compreender muita da papelada de que vivemos rodeados na sociedade, e particularmente no interior da escola, justificada apenas por motivos de (in)segurança dos imigrantes.

Frequentemente, depois de aderirmos aos serviços de factura electrónica continuam a enviar-nos a factura em papel, como se a electrónica não tivesse validade.

Nas escolas os alunos trabalham muito bem indicações que lhes sejam fornecidas num blogue ou num site, mas depois sou obrigado a imprimir blogues só porque os meus colegas querem arquivar materiais, mas não vêem conteúdo num link. Neste aspecto, coberta pelo formalismo das exigências iguais para todos os professores, a escola manifesta-se violentamente de uma forma extremamente repressiva relativamente àqueles que utilizam mais frequentemente os recursos digitais. Antes de Prensky tinha escassos recursos cognitivos para compreender a resistência da escola à digitalização do processo de aprendizagem, e então os conflitos seriam mais frequentes que quando passei a compreender a escola como uma estrutura dos imigrantes.

Os temas estudados em MDS estiveram sempre estreitamente associados aos comportamentos dos jovens, da construção da sua identidade à utilização que fazem dos media digitais. Como a escola existe para os servir, é da maior utilidade conhecer as suas necessidades e expectativas.

As diversas actividades propostas ao longo desta UC foram bastante variadas, evitando a monotonia. As actividades foram calendarizadas ao longo do semestre de forma a exigir um esforço de trabalho uniformemente distribuído. Portanto a professora está de parabéns quanto à organização da UC.

Manter este portefólio é sem dúvida a tarefa que me dá mais gozo entre todas as propostas. É que quando escrevo num fórum do Moodle sei que só serei lido por colegas e pela professora, enquanto quando escrevo aqui sei que posso ser lido por um público mais alargado. E isso é importante, porque me obriga a executar a tarefa com um nível de exigência superior.

Os debates dos destes nos fóruns foram vivos e esclarecedores. Participei com entusiasmo certamente porque considerava os textos interessantes… O excesso de trabalho e a familiaridade com os temas na fase inicial levou-me a participar menos nalguns debates.

O trabalho em grupo foi extremamente compensador porque todos os colegas mostraram ser extremamente empenhados, e por isso gostaria de agradecer a todos quantos trabalharam comigo.

PS

Este blogue não contém apenas as actividades de MDS, mas também de SII, e aspectos relacionados com a Web 2.0 que suponho interessantes para o Mestrado. Esta “mistura” não significa que não considere a UC suficientemente importante para ter um espaço próprio, mas antes que a considero importante demais para ficar perdida noutro blogue, pois a ideia de a integrar no Espaço Multimédia foi precisamente para lhe dar maior visibilidade.

Reflexão da Actividade Transversal – E-portefólio Julho 11, 2010

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Evidentemente que considero interessante a realização de um blogue com as tarefas da disciplina, porque a arrumação digital dos materiais corresponde à minha forma de organização das actividades, já não só na actividade profissional, mas também na vida pessoal.

Reflectindo esta minha perspectiva, o E-portefólio de MDS não foi aberto só quando a professora o indicou, mas já estava integrado antes num blogue reservado às actividades do Mestrado, porque me sentiria sufocado se ficasse somente pelo Moodle, Sloodle, Odisseia e outros espaços fechados.

Gostaria de dizer que atribuo maior importância ao E-portefólio que aos posts no Moodle, porque este tem potencialmente mais público. É por isso que se passar um post do Moodle para o blogue me sinto obrigado a fazer uma nova revisão do texto. Assim, as melhores mensagens são as construídas originalmente no blogue!

Reflexão da Actividade Transversal – Cultura Digital – Terminologia (Glossário) Julho 11, 2010

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Foi interessante participar na construção de um Glossário.

Termos introduzidos:
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Aggregator
User Base

Reflexão da Actividade 4 – Utilização Social dos Media Digitais: A Perspectiva dos Jovens Julho 11, 2010

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Participei activamente na construção do Guião porque a formação em Sociologia e o trabalho da Actividade 3 me impunham responsabilidades acrescidas.

Neste trabalho, como resolvi fazer também “entrevistas online”, sozinho ultrapassei o número limite de entrevistas exigido ao grupo. Como os meus colegas estavam entusiasmados e também quiseram fazer duas entrevistas cada um, acabámos por poder comparar jovens de diferentes idades, realizando um trabalho que do meu ponto de vista ficou bastante completo.

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Reflexão da Actividade 3 – Media Digitais e Construção da identidade Social Julho 11, 2010

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Esta actividade representou para mim o sinal de alarme que me indicava que tentar fazer as quatro disciplinas de uma vez em conjunto com a actividade lectiva, era uma carga excessiva. Foi então que decidi optar pelo regime de estudante a tempo parcial.

Realmente esqueci-me de participar na discussão destes textos, e como tarefa de substituição acabei por sintetizar um capítulo do estudo E-Generetion. Talvez tenha ganho com esta troca, porque o trabalho do CIES veio a revelar-se extremamente interessante para o conhecimento dos usos dos media pelos jovens portugueses, e de grande utilidade para a realização do trabalho final. Certamente que não tivesse realizado este trabalho não teria tido uma participação tão activa na construção do Guião das Entrevistas para o trabalho da última actividade, nem teria tido tanta segurança na realização do mesmo.

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Reflexão da Actividade 2 – Identidade Social na Adolescência Julho 11, 2010

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A problematização de diversos aspectos da vida dos jovens é um tema central da Psicologia, que a desenvolve adolescência como espaço identitário e arena de socialização dos jovens.

Reconheceu-se a superioridade das redes sociais sobre os blogues para as finalidades de comunicação pretendidas pelos jovens, a especificidade da linguagem juvenil como resultado da sua cultura, e a sensibilização dos jovens para as questões de segurança associadas à utilização da Internet.

Tomar a adolescência como objecto de trabalho teve a vantagem de obrigar a perspectivar os problemas do ponto de vista dos jovens.

Reflexão da Actividade 1 – Perfil do estudante digital Julho 11, 2010

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Entrei nesta disciplina com a consciência de que teria o trabalho facilitado por já ter estudado sensivelmente os mesmos temas na perspectiva da Sociologia.

Percebi logo no primeiro trabalho de grupo que nestes é possível combinar o melhor de diferentes habilidades de diversas pessoas, chegando a resultados interessantes.

A obra de Marc Prensky, designadamente com os conceitos de nativos digitais e imigrantes digitais, revelou-se certamente a mais popular entre os meus colegas de Mestrado, até nos espaços de outras disciplinas, porque oferece uma perspectiva simples para a compreensão de muitos problemas que vivenciamos nas escolas e fora delas.

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Leitura crítica da construção da adolescência e da divulgação de dados pessoais Julho 11, 2010

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Os psicólogos referem-se unanimemente à adolescência como uma fase problemática na formação do individuo. Erikson atribui à adolescência a tarefa de construção da identidade, e Schoen et al) retoma o seu trabalho utilizando dados estatísticos para concluir que os jovens estão atrasados!

O artigo de Huffaker e Calvert conclui que os jovens se expõem demasiado através dos blogues examinando os problemas da identidade e da linguagem online entre jovens de ambos os géneros (masculino e feminino). Este “excesso” de informação revelado pelos jovens inclui o primeiro nome (70%), a idade (67%) e um endereço de e-mail ou instant messsenger ou link para o blogue (61%). O nome completo será uma prática residual de newbies (20%).
Este artigo recordou-me as críticas que habitualmente se fazem ao IRC. Diz-se que é sempre a mesma coisa porque são feitas sempre as mesmas perguntas:
1. – És rapaz ou rapariga?
2. – Que idade tens?
3. – Com quem vives?
4. – O que fazes?
5. – Onde moras?
A pergunta 1. é inteligentemente torneada pelos jovens bloggers, que a ultrapassam indicando o primeiro nome;) Se eu disser que sou José já sabem que não sou uma rapariga! A idade até pode depreender-se com alguma precisão da leitura dos blogues, mas eu diria que os jovens consideram este elemento importante demais para não o divulgar. É indispensável que os outros nos possam contactar! Para os autores apenas 61% dos jovens indicaram “informação de contacto”, mas se fosse eu a fazer o estudo esta percentagem elevar-se-ia a 100% porque os blogues também recebem comentários 😉
É evidente que os jovens têm de ser verdadeiros nesta informação básica, que nós apenas não perguntamos quando estamos nas situações de diálogo face-a-face porque ela é evidente, frente aos nossos olhos 😉 Realmente a nossa conversa não é a mesma com homens ou com mulheres, com crianças ou com adultos, portanto tal como nós precisamos de conhecer determinada informação básica de referência sobre o outro, também os bloggers precisam de divulgar essa mesma informação.
A pergunta 5. será certamente a mais perigosa em termos de segurança dos jovens, e estes são suficientemente inteligentes para não lhe responderem nos blogues.
Quando ao “atraso” dos jovens recordaria aos psicólogos que a adolescência resulta do prolongamento da escolaridade obrigatória nas sociedades modernas. É a fase da vida em que as “crianças” permanecem na escola por imperativos da sociedade democrática e da igualdade de oportunidades. Com o alargamento da escolaridade obrigatória chegamos a ter crianças com 18 anos (!) que por frequentarem a escola têm direito a cama, mesa e roupa lavada na CP (casa dos pais!)
Nas comunidades primitivas, os rituais de iniciação marcam a transição da criança para o adulto! A adolescência é uma invenção ocidental associada à eternização da vida escolar.

Entrevista a jovens sobre a utilização social dos media digitais Junho 7, 2010

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A construção da identidade pessoal é considerada a tarefa mais importante da adolescência. Zacarés (1997, citado por Schoen–Ferreira e tal, 2003) entende que a identidade desenvolve-se durante todo o ciclo vital, mas é no período da adolescência que ocorrem as transformações mais significativas. É a primeira etapa da vida onde estão reunidos todos os ingredientes para uma construção de identidade social.
A Internet transformou a nossa sociedade numa rede à escala global. Todas as actividades humanas estão a ser modificadas pela “invasão” da Internet.
Os jovens através da Internet realizam e transformam pessoalmente aprendizagens significativas. Escutar o que estes têm a relatar das suas experiências online dá-nos uma perspectiva valiosa para compreender o papel que as novas tecnologias estão a desempenhar sobre a adolescência.
O objecto deste trabalho é identificar marcas identitárias da adolescência analisando a utilização que os jovens fazem da Internet, através de entrevistas, tendo em conta os seguintes tópicos: perfil do entrevistado; conhecimento dos media; formas de participar nos media; eu e os media; eu e os amigos nos media e relações entre os media e família. Foram realizadas nove entrevistas, a alunos com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos.
“As operações primárias da pesquisa, que precedem todas as finalidades de explicação ou mesmo do tratamento do material recolhido, são fundamentais, mas frequentemente são as menos problematizadas ou exploradas” (Boltanski, Thévenot, 2001:13) porque os cientistas sociais gostam de criar grandes categorias que utilizam na explicação dos fenómenos. Neste trabalho, uma vez que dispunhamos apenas de 9 entrevistas a própria realidade impôs que a sua análise seria necessariamente de carácter qualitativo, valendo sobretudo pelas justificações apresentadas pelos entrevistados, que destacámos ao longo do texto, como fonte de reflexão e elemento chave das conclusões que apresentamos.

NOTA: Este texto é a Introdução de um Trabalho de Grupo.

E-Generation: Os Usos de Media pelas Crianças e Jovens em Portugal Junho 5, 2010

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  • O estudo tem por objectivo: O mapeamento dos estilos de vida mediáticos de jovens e oportunidades de evolução dos mercados; caracterização dos contextos e usos de media de crianças e jovens em Portugal; e a comparação de resultados a nível europeu e global numa primeira fase (2006) entre Portugal e Catalunha e numa segunda fase EUA, Canadá; Alemanha, Singapura, Índia, Japão, China, Chile, Argentina, França, Reino Unido, Itália, Suécia e Espanha no quadro do World Internet Project.
    http://www.cies.iscte.pt/projectos/ficha.jsp?pkid=251

O relatório “E-Generation: Os usos dos media pelas crianças e pelos jovens em Portugal” responde à pergunta “como vivem os jovens portugueses?”, tentando explicar diversos aspectos do quotidiano dos jovens nascidos após 1990. Como estudam, como ocupam os seus momentos de lazer, a centralidade dos media e implicações da sua reestruturação na estrutura familiar e em termos genéricos no modo como se relacionam entre si e com o Mundo. Em razão da sua faixa etária e do “poder” que agora é atribuído aos jovens pelas tecnologias tomam particular interesses os conflitos destes com os pais e a discussão da aquisição de competências extra-escolares que a Escola poderá não estar a valorizar.

Este relatório de Gustavo Cardoso (Coordenador), sem nunca referir Marc Prensky, caracteriza para o universo da população portuguesa o seu conceito de nativos digitais, que este divulgou nos papers Digital Natives, Digital Immigrants e The Emerging Online Life of the Digital Native.

No projecto E-Generation a metodologia de recolha dados consistiu na aplicação de um questionário presencial a uma amostra representativa de jovens dos 8 aos 18 anos, mas o seu relatório inclui também resultados de outro estudo do CIES-ISCTE, “Crianças e Jovens: A sua Relação com as Tecnologias e os Meios de Comunicação”, cujos dados foram recolhidos através de um questionário aplicado online.

(…)

O erro da auto-selecção, referido pelos autores como característica comum a todos os inquéritos online, pode ser ultrapassado mediante a atribuição de códigos aos elementos da amostra construída pelo investigador. Por exemplo, a minha escola está a aplicar um questionário online, mas só quem recebeu o respectivo código tem possibilidade de responder http://framework.anotherstep.pt/index.php?id=130

O estudo datado de 2007 é omisso quando ao recente desenvolvimento das redes sociais e ao declínio da popularidade dos blogues entre os jovens, mas compreende-se facilmente que estas cumprem mais eficazmente as funções de comunicação desejadas pelos jovens. Trocar comentários e ver fotos dos amigos é muito mais simples no FaceBook que nos blogues.

Duvido bastante que apenas dentro daqueles que têm acesso à Internet, apenas 31,5% utilize algum serviço de mensagens instantâneas (p. 92), porque pela minha experiência o MSN será mesmo a primeira aprendizagem de muitos jovens, que o sabem utilizar de diversas maneiras, até escondido numa janela do browser para escaparem ao policiamento dos pais e dos professores. O reduzido número dos que indicam utilizar estes serviços pode resultar da sua estigmatização.

A utilização da Internet pelos jovens decorre num clima de ausência de controlo por parte dos pais e dos professores, que realmente desconhecem as actividades que os jovens têm geralmente sozinhos no Mundo online. Não posso deixar de considerar significativo que os pais não conheçam o conteúdo do mail dos jovens nem acedam ao histórico dos respectivos browsers. Já agora, é igualmente significativo que neste estudo se tenham esquecido de perguntar pelo histórico dos programas de mensagens instantâneas! Conhecer o software e gastar alguns minutos a verificar a utilização que os jovens fazem da Internet permitiria aos pais e aos professores um conhecimento mais aprofundado dos jovens, talvez vivessem mais tranquilos e não precisassem de lhes impor restrições que dão frequentemente origem a discussões familiares e conflitos nas turmas. Desconhecendo as ameaças reais, pais e professores acabam por estabelecer proibições arbitrárias de acordo com as representações da utilização “saudável”.

Gostaria de dizer que controlar os jovens, conhecendo o conteúdo dos seus mails, os sites que visitam, as conversas que têm pode não ser uma tarefa fácil! O jovem pode ter outra conta de mail, pode navegar anonimamente em alguns momentos, e pode não gravar determinadas conversas! Isto é, o controlo das actividades realizadas na Internet pode tornar-se um jogo do gato e do rato em que vencerá quem tiver mais conhecimentos técnicos! Dito de outra maneira, se querem conhecer as actividades dos jovens deverão acompanhá-los mesmo em vez de os deixarem entregues aos computadores!

Neste contexto costuma surgir o argumento da falta de tempo dos pais para acompanharem os jovens, porque têm de trabalhar. Pelo menos é importante que reservem o tempo suficiente para escutarem os jovens participando na sua socialização, onde as ferramentas da comunicação desempenham um papel cada vez mais importante. Porém muitos dos fantasmas que frequentemente amedrontam pais e professores não têm geralmente justificação porque os jovens preferem relacionar-se entre si. Não quer isto dizer que pais e professores se possam desobrigar das suas tarefas educativas. Estou convencido que um jovem que disponha de adultos dialogantes, com os quais possa contar para aprender a utilizar a Internet, ficará facilmente consciente dos seus perigos e das suas ameaças. Estes jovens utilizarão a Internet eficazmente nas tarefas escolares e no seu quotidiano, bem como a Internet poderá ser mais um vínculo gerador de relações mutuamente compensadoras. Neste caso os adultos conservariam a sua autoridade, porque demonstrariam conhecer a tecnologia. Infelizmente, as coisas não são assim na generalidade dos casos.

NOTA
Este post apresenta apenas o início e a conclusão do trabalho.