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Ideias de Nuno Crato Junho 23, 2011

Posted by netodays in Nuno Crato.
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Façam-se Exames…

90% dos estudantes que tiram negativa, atiram o barro à parede Junho 19, 2011

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A Lei de Ouro do Trabalho Escolar propõe outra explicação: Os estudantes que obtêm negativa, preferem afirmar que não estudaram, subtraindo-se ao juízo professoral que os classificaria como estúpidos.

Milagre do ensino português nas estatísticas de PISA 2009 Janeiro 4, 2011

Posted by netodays in estatísticas, Nuno Crato, Socratelândia.
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Encontra-se online o documento PISA 2009 at a Glance que utilizei para copiar as imagens abaixo, que ilustram a evolução do desempenho dos diversos países nas três competências medidas: leitura, matemática e ciências.

Em competências de leitura, de 2000 a 2009, Portugal só não evoluiu tanto como o Peru, Chile, Albânia, Indonésia, Letónia, Israel e Polónia.

Em competências matemáticas, de 2003 a 2009, Portugal só não evoluiu tão rapidamente quanto o México, Brasil, Turquia e Grécia.

Em competências científicas, de 2006 a 2009, Portugal só não evoluiu tão rapidamente quanto o Qatar e a Turquia.

Nenhum outro país conseguiu uma evolução tão favorável nas três competências objecto de estudo, pelo que Portugal deveria ser indicado como case study 😉 se não fosse a desconfiança relativamente à representatividade da amostra das escolas de 2009, onde quase triplicou a importância das escolas privadas. Tenho que “elogiar” os políticos portugueses, pela sua competência para manipular as estatísticas internacionais, ao ponto de produzirem imagens como esta:

Refiro ainda que como a OCDE tem uma perspectiva economicista da educação, apenas contabiliza os produtos das aprendizagens dos jovens com 15 anos anos, inferindo tudo a partir desse potencial em competências básicas.

Adenda:

Nuno Crato: Os estudos internacionais mostram-nos que os sistemas educativos demoram muito tempo a evoluir. (…) Quando as coisas são feitas de forma fiável, de modo que se possam comparar de ano para ano, nós verificamos que os sistemas educativos são de facto muito inertes, demoram muito a mudar.”

Um bilião = Um milhão de milhões Maio 1, 2010

Posted by netodays in bilião, Nuno Crato.
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Um bilião equivale a um milhão de milhões (10^12, ie, com 12 zeros) segundo a norma europeia, utilizada em Portugal. Segundo a norma americana, utilizada pelos brasileiros, equivale apenas a mil milhões (10^9, ie, com 9 zeros).

Os brasileiros dizem bilhão. Para nós um “bilhão” é uma bilha grande… mas em função do contexto é evidente que tem que ter o mesmo significado que bilião.

A norma europeia segue a fórmula 6N:

6 x 1 = 6 zeros => 1 milhão 1.000.000
6 x 2 = 12 zeros => 1 bilião 1.000.000.000.000
6 x 3 = 18 zeros => 1 trilião 1.000.000.000.000.000.000
etc.

A norma americana segue a fórmula 3(N+1):

3 x (1+1) = 6 zeros => 1 milhão 1.000.000
3 x (2+1) = 9 zeros => 1 bilião É DIFERENTE A PARTIR DAQUI 1.000.000.000
3 x (3+1) = 12 zeros => 1 trilião 1.000.000.000.000

O termómetro de Nuno Crato Maio 6, 2009

Posted by netodays in avaliação de desempenho, exames, Nuno Crato.
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Para Nuno Crato em primeiro lugar é preciso seriedade na avaliação dos alunos. Disse que em Portugal não há exames, porque os que se fazem a Português e Matemática não são comparáveis, porque todos os anos mudam os critérios de avaliação, variam os conteúdos e até o tempo de duração da prova. Ninguém sabe comparar um 14 com um 10 de cinco anos atrás.

O problema para Nuno Crato está na produção de estatísticas pelo Ministério da Educação, que não fiáveis, visto que é parte interessada. A sua solução para a educação assenta nos seguintes pontos:

– Generalização dos exames;

– Atribuir uma maior ênfase aos conteúdos em detrimento dos processos;

– Ter um organismo independente do Ministério da Educação a organizar os exames e a produzir as estatísticas.

Então Nuno Crato poderia utilizar o seu termómetro para avaliar professores sem o incómodo de sair do seu gabinete. Seria simples, explicou-se assim:

Os professores devem ser avaliados com base em quê? Com base nos resultados, do valor acrescido aos seus alunos.

Um professor que pegue numa turma que vem com média de 15 e que ao fim de dois anos entregue essa turma com média de 13, é muito pior professor que aquele que pega numa turma com média de 10 e ao fim de dois a faça subir para 12. Mas como é que isto pode ser feito? Através dos exames nacionais.

Gostaria de ter a fezada que o Nuno Crato tem na fiabilidade dos exames nacionais 😉

Eu gostaria de recordar que quando se faziam exames no 12º ano, os professores se queixavam de não terem tempo para fazer o tipo de trabalho que deviam, pois se utilizassem as aulas a “formatar” os alunos para exame, estes obteriam melhores resultados. Como consequência desta argumentação nunca se exploraram as funções programáveis das calculadoras, por exemplo. Hoje as folhas de cálculo estão tão acessíveis que já não vale a pena pensar nas máquinas de calcular, mas seria uma pena expulsar os computadores da sala de aulas só para obter melhores resultados nos exames, e aplicar aritmética de merceeiro na avaliação de professores.

Segundo a “teoria do valor acrescido” é indiferente levar uma turma de 10 para 12 ou 13 para 15! De 17 para 19 também é a mesma coisa, são igualmente 2 valores de diferença! Qualquer professor sente que estas situações são diferentes, porque também na educação os rendimentos são decrescentes à escala, utilizando o jargão dos economistas.

O termómetro de Nuno Crato Maio 6, 2009

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Para Nuno Crato em primeiro lugar é preciso seriedade na avaliação dos alunos. Disse que em Portugal não há exames, porque os que se fazem a Português e Matemática não são comparáveis, porque todos os anos mudam os critérios de avaliação, variam os conteúdos e até o tempo de duração da prova. Ninguém sabe comparar um 14 com um 10 de cinco anos atrás.

O problema para Nuno Crato está na produção de estatísticas pelo Ministério da Educação, que não fiáveis, visto que é parte interessada. A sua solução para a educação assenta nos seguintes pontos:

– Generalização dos exames;

– Atribuir uma maior ênfase aos conteúdos em detrimento dos processos;

– Ter um organismo independente do Ministério da Educação a organizar os exames e a produzir as estatísticas.

Então Nuno Crato poderia utilizar o seu termómetro para avaliar professores sem o incómodo de sair do seu gabinete. Seria simples, explicou-se assim:

Os professores devem ser avaliados com base em quê? Com base nos resultados, do valor acrescido aos seus alunos.

Um professor que pegue numa turma que vem com média de 15 e que ao fim de dois anos entregue essa turma com média de 13, é muito pior professor que aquele que pega numa turma com média de 10 e ao fim de dois a faça subir para 12. Mas como é que isto pode ser feito? Através dos exames nacionais.

Gostaria de ter a fezada que o Nuno Crato tem na fiabilidade dos exames nacionais 😉

Eu gostaria de recordar que quando se faziam exames no 12º ano, os professores se queixavam de não terem tempo para fazer o tipo de trabalho que deviam, pois se utilizassem as aulas a “formatar” os alunos para exame, estes obteriam melhores resultados. Como consequência desta argumentação nunca se exploraram as funções programáveis das calculadoras, por exemplo. Hoje as folhas de cálculo estão tão acessíveis que já não vale a pena pensar nas máquinas de calcular, mas seria uma pena expulsar os computadores da sala de aulas só para obter melhores resultados nos exames, e aplicar aritmética de merceeiro na avaliação de professores.

Segundo a “teoria do valor acrescido” é indiferente levar uma turma de 10 para 12 ou 13 para 15! De 17 para 19 também é a mesma coisa, são igualmente 2 valores de diferença! Qualquer professor sente que estas situações são diferentes, porque também na educação os rendimentos são decrescentes à escala, utilizando o jargão dos economistas.

O termómetro de Nuno Crato Maio 6, 2009

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Para Nuno Crato em primeiro lugar é preciso seriedade na avaliação dos alunos. Disse que em Portugal não há exames, porque os que se fazem a Português e Matemática não são comparáveis, porque todos os anos mudam os critérios de avaliação, variam os conteúdos e até o tempo de duração da prova. Ninguém sabe comparar um 14 com um 10 de cinco anos atrás.

O problema para Nuno Crato está na produção de estatísticas pelo Ministério da Educação, que não fiáveis, visto que é parte interessada. A sua solução para a educação assenta nos seguintes pontos:

– Generalização dos exames;

– Atribuir uma maior ênfase aos conteúdos em detrimento dos processos;

– Ter um organismo independente do Ministério da Educação a organizar os exames e a produzir as estatísticas.

Então Nuno Crato poderia utilizar o seu termómetro para avaliar professores sem o incómodo de sair do seu gabinete. Seria simples, explicou-se assim:

Os professores devem ser avaliados com base em quê? Com base nos resultados, do valor acrescido aos seus alunos.

Um professor que pegue numa turma que vem com média de 15 e que ao fim de dois anos entregue essa turma com média de 13, é muito pior professor que aquele que pega numa turma com média de 10 e ao fim de dois a faça subir para 12. Mas como é que isto pode ser feito? Através dos exames nacionais.

Gostaria de ter a fezada que o Nuno Crato tem na fiabilidade dos exames nacionais 😉

Eu gostaria de recordar que quando se faziam exames no 12º ano, os professores se queixavam de não terem tempo para fazer o tipo de trabalho que deviam, pois se utilizassem as aulas a “formatar” os alunos para exame, estes obteriam melhores resultados. Como consequência desta argumentação nunca se exploraram as funções programáveis das calculadoras, por exemplo. Hoje as folhas de cálculo estão tão acessíveis que já não vale a pena pensar nas máquinas de calcular, mas seria uma pena expulsar os computadores da sala de aulas só para obter melhores resultados nos exames, e aplicar aritmética de merceeiro na avaliação de professores.

Segundo a “teoria do valor acrescido” é indiferente levar uma turma de 10 para 12 ou 13 para 15! De 17 para 19 também é a mesma coisa, são igualmente 2 valores de diferença! Qualquer professor sente que estas situações são diferentes, porque também na educação os rendimentos são decrescentes à escala, utilizando o jargão dos economistas.