Partilha do automóvel Junho 30, 2008
Posted by netodays in automóvel, petróleo.add a comment
A partilha do automóvel será um fenómeno em expansão nas sociedades, agora com uma forte contributo dos sucessivos aumentos do preço da gasolina. É ecológico, é económico e pode ser divertido! Certamente a maioria das mulheres pensará que também pode ser perigoso, razão pela qual a generalidade dos utilizadores são homens. As utilizadoras aparecem sempre integradas em grupos…
Talvez esteja alguém à espera da sua boleia, ou da sua companhia 😉 no site http://www.carpool.com.pt/.
Partilha do automóvel Junho 30, 2008
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A partilha do automóvel será um fenómeno em expansão nas sociedades, agora com uma forte contributo dos sucessivos aumentos do preço da gasolina. É ecológico, é económico e pode ser divertido! Certamente a maioria das mulheres pensará que também pode ser perigoso, razão pela qual a generalidade dos utilizadores são homens. As utilizadoras aparecem sempre integradas em grupos…
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Partilha do automóvel Junho 30, 2008
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A partilha do automóvel será um fenómeno em expansão nas sociedades, agora com uma forte contributo dos sucessivos aumentos do preço da gasolina. É ecológico, é económico e pode ser divertido! Certamente a maioria das mulheres pensará que também pode ser perigoso, razão pela qual a generalidade dos utilizadores são homens. As utilizadoras aparecem sempre integradas em grupos…
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O cancro não se trata com Ben-U-Ron’s Junho 12, 2008
Posted by netodays in petróleo, Socratelândia.add a comment
Todos os contribuintes irão pagar os Ben-U-Ron’s com que Sócrates anestesiou os camionistas, mas o preço do petróleo contínua a subir e o cancro mantém-se enquanto os combustíveis forem mais caros em Portugal do que Espanha, exclusivamente porque Sócrates nos obriga a pagar mais impostos. Isso nunca ele conseguirá explicar a ninguém, e se persistir em impor esta estupidez à lei da bastonada será o seu fim.
Não se pode crer convergir com a Europa numas áreas e não noutras. Sócrates só invoca a necessidade de convergência com a União Europeia quando lhe interessa! O ISP dá-lhe um jeitão para reduzir o défice orçamental, é certo. Mas Sócrates não pode ignorar que mesmo os analfabetos não estão dispostos a votar num Primeiro-Ministro que os faz atravessar a fronteira para atestar o depósito.
Com esta política dos Ben-U-Ron’s foi agora a vez dos transportadores e o caso não ficou resolvido. Virão os taxistas, os agricultores, os pescadores, e muitos mais com problemas específicos tentar sacar o seu quinhão. É uma política insustentável.
Entretanto as petrolíferas continuam a brincar connosco! A Galp sobe o preço da gasolina quando o preço do petróleo sobe no mercado internacional, e também sobe o preço da gasolina quando o preço do petróleo no mercado internacional desce! E ainda nos querem convencer que há concorrência no sector!
É inadmissível que não se procure a convergência de preços com Espanha nos combustíveis Junho 12, 2008
Posted by netodays in petróleo, Socratelândia.2 comments
O poder caiu na rua, já que o conteúdo das medidas que estão em cima da mesa e que serão agora apresentadas aos piquetes de greve.
O Governo ganhou este round visto que os camionistas desmobilizaram, mas Sócrates não pode continuar a afirmar que “não poremos em causa o interesse geral por qualquer interesse específico” porque a lei dos camiões permitiu ganhos relevantes para os manifestantes.
Numa economia de mercado os preços estabelecem-se na concorrência, e não resultam de nenhum conjunto complexo de regras como as estabelecidas. Por exemplo, não é por terem acordado que “o preço do transporte de mercadorias vai passar a estar indexado ao combustível” que isso sucederá. Se houver excesso de oferta dos transportadores, o mais provável é que estes não consigam fazer repercutir na totalidade o acréscimo dos custos sobre os clientes.
Se é verdade que a lei do camião rendeu as benesses descritas na imprensa económica, não é menos verdade que alguém irá suportar os seus custos.
Para já Sócrates livrou-se deste aperto, mas o cancro continua. O cancro continua porque é inadmissível que não se procure a convergência de preços com Espanha nos combustíveis, particularmente depois do estudo oficial que revela que o diferencial de preços da gasolina entre Portugal e Espanha é nulo, se forem considerados os preços sem os impostos. Chegar a esta convergência é que seria governar para os portugueses. Assim, Sócrates ofereceu uns doces aos transportadores à custa dos portugueses.
O diferencial de preços da gasolina entre Portugal e Espanha é nulo, se forem considerados os preços sem os impostos Junho 4, 2008
Posted by netodays in automóvel, petróleo, Socratelândia.add a comment
Decomposição dos custos associados ao preço retalhista na gasolina IO95![]() Fonte: Relatório da AdC, 02/06/2008 |
“[A Autoridade da Concorrência] identificou indícios de correspondência razoável entre os preços praticados [nos combustíveis] e os custos da actividade”. Manuel Sebastião, presidente da AdC, no Parlamento, 03-06-2008 |
Troquemos por miúdos.
As duas refinarias existentes no país – Porto e Sines – são partilhadas pelas marcas no interesse exclusivo de servirem os consumidores. Nestas não há qualquer ineficiência, portanto o preço à saída das refinarias é determinado pelo mercado internacional, segundo a AdC.
A margem de armazenagem e transporte é a mínima necessária ao desenvolvimento da actividade. Idem relativamente à margem de venda do combustível a retalho.
Quase 60% da despesa que fazemos no abastecimento da gasolina vai directamente para os cofres do Estado, através do IVA e do ISP, mas dessa parte não podem culpar-se as empresas. O diferencial de preços da gasolina entre Portugal e Espanha é nulo, se forem considerados os preços sem os impostos. Isto é, a encomenda do Ministro da Economia caiu no colo do Primeiro-Ministro!
Os painéis nas auto-estradas com informação dos preços dos combustíveis e do gás de botija praticados pelos diferentes operadores, bem como a criação de um site institucional que irá permitir comparar preços dos combustíveis, são um exemplo do melhor folclore Socratino (derivação de Sócrates sem tino, em desatino, sem destino…).
Saliente-se que o relatório se encontra orientado para defender os interesses das petrolíferas. Designadamente, quando afirma não ter identificado qualquer infracção à lei da concorrência, mas dá conta de um “paralelismo” nos aumentos simultâneos praticados pelas gasolineiras, e por não esclarecer como é que as marcas brancas conseguem ter preços mais baixos.
Enfim! A Galp aumenta o preço da gasolina, e logo no mesmo dia a BP e a Repsol aumentam os preços na mesma quantia… Mas temos que acreditar que não existe cartel, porque uns senhores, audesignados Autoridade da Concorrência estudaram o assunto… e concluíram que nós andamos todos enganados quando imaginamos que os preços são “combinados” entre os maiores players do mercado.
O diferencial de preços da gasolina entre Portugal e Espanha é nulo, se forem considerados os preços sem os impostos Junho 4, 2008
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Decomposição dos custos associados ao preço retalhista na gasolina IO95![]() Fonte: Relatório da AdC, 02/06/2008 |
“[A Autoridade da Concorrência] identificou indícios de correspondência razoável entre os preços praticados [nos combustíveis] e os custos da actividade”. Manuel Sebastião, presidente da AdC, no Parlamento, 03-06-2008 |
Troquemos por miúdos.
As duas refinarias existentes no país – Porto e Sines – são partilhadas pelas marcas no interesse exclusivo de servirem os consumidores. Nestas não há qualquer ineficiência, portanto o preço à saída das refinarias é determinado pelo mercado internacional, segundo a AdC.
A margem de armazenagem e transporte é a mínima necessária ao desenvolvimento da actividade. Idem relativamente à margem de venda do combustível a retalho.
Quase 60% da despesa que fazemos no abastecimento da gasolina vai directamente para os cofres do Estado, através do IVA e do ISP, mas dessa parte não podem culpar-se as empresas. O diferencial de preços da gasolina entre Portugal e Espanha é nulo, se forem considerados os preços sem os impostos. Isto é, a encomenda do Ministro da Economia caiu no colo do Primeiro-Ministro!
Os painéis nas auto-estradas com informação dos preços dos combustíveis e do gás de botija praticados pelos diferentes operadores, bem como a criação de um site institucional que irá permitir comparar preços dos combustíveis, são um exemplo do melhor folclore Socratino (derivação de Sócrates sem tino, em desatino, sem destino…).
Saliente-se que o relatório se encontra orientado para defender os interesses das petrolíferas. Designadamente, quando afirma não ter identificado qualquer infracção à lei da concorrência, mas dá conta de um “paralelismo” nos aumentos simultâneos praticados pelas gasolineiras, e por não esclarecer como é que as marcas brancas conseguem ter preços mais baixos.
Enfim! A Galp aumenta o preço da gasolina, e logo no mesmo dia a BP e a Repsol aumentam os preços na mesma quantia… Mas temos que acreditar que não existe cartel, porque uns senhores, audesignados Autoridade da Concorrência estudaram o assunto… e concluíram que nós andamos todos enganados quando imaginamos que os preços são “combinados” entre os maiores players do mercado.
O diferencial de preços da gasolina entre Portugal e Espanha é nulo, se forem considerados os preços sem os impostos Junho 4, 2008
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Decomposição dos custos associados ao preço retalhista na gasolina IO95![]() Fonte: Relatório da AdC, 02/06/2008 |
“[A Autoridade da Concorrência] identificou indícios de correspondência razoável entre os preços praticados [nos combustíveis] e os custos da actividade”. Manuel Sebastião, presidente da AdC, no Parlamento, 03-06-2008 |
Troquemos por miúdos.
As duas refinarias existentes no país – Porto e Sines – são partilhadas pelas marcas no interesse exclusivo de servirem os consumidores. Nestas não há qualquer ineficiência, portanto o preço à saída das refinarias é determinado pelo mercado internacional, segundo a AdC.
A margem de armazenagem e transporte é a mínima necessária ao desenvolvimento da actividade. Idem relativamente à margem de venda do combustível a retalho.
Quase 60% da despesa que fazemos no abastecimento da gasolina vai directamente para os cofres do Estado, através do IVA e do ISP, mas dessa parte não podem culpar-se as empresas. O diferencial de preços da gasolina entre Portugal e Espanha é nulo, se forem considerados os preços sem os impostos. Isto é, a encomenda do Ministro da Economia caiu no colo do Primeiro-Ministro!
Os painéis nas auto-estradas com informação dos preços dos combustíveis e do gás de botija praticados pelos diferentes operadores, bem como a criação de um site institucional que irá permitir comparar preços dos combustíveis, são um exemplo do melhor folclore Socratino (derivação de Sócrates sem tino, em desatino, sem destino…).
Saliente-se que o relatório se encontra orientado para defender os interesses das petrolíferas. Designadamente, quando afirma não ter identificado qualquer infracção à lei da concorrência, mas dá conta de um “paralelismo” nos aumentos simultâneos praticados pelas gasolineiras, e por não esclarecer como é que as marcas brancas conseguem ter preços mais baixos.
Enfim! A Galp aumenta o preço da gasolina, e logo no mesmo dia a BP e a Repsol aumentam os preços na mesma quantia… Mas temos que acreditar que não existe cartel, porque uns senhores, audesignados Autoridade da Concorrência estudaram o assunto… e concluíram que nós andamos todos enganados quando imaginamos que os preços são “combinados” entre os maiores players do mercado.
1945–2005: Dois Mundos Diferentes Março 19, 2008
Posted by netodays in China, democracia parlamentar, desenvolvimento sustentável, escassez da água, esperança de vida, família, fertilidade, mortalidade infantil, petróleo, população.add a comment
60 anos depois, o Mundo não é mais o mesmo. A UNESCO apresenta alguns exemplos interessantes.
http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001420/142021e.pdf
A população mundial quase triplicou de 1945 para 2005.
A percentagem da população a viver nas cidades, que representava menos de 29% do total, está quase a tornar-se dominante.
Menos de metade das pessoas teriam competências para ler um texto, contra 81.7%.
A esperança de vida aumentou cerca de 20 anos, permitindo o convívio dos avós com os netos.
A democracia parlamentar impôs-se definitivamente como regime político.
A percentagem de mulheres nos parlamentos cresceu 5.3 vezes, mantendo-se longe da equidade em qualquer país.
A fertilidade decresceu, pois as mulheres descobriram outros papéis além de mães e donas de casa.
A taxa de mortalidade infantil decresceu espectacularmente de 226 por mil para 86 por mil, em larga medida graças ao desenvolvimento da medicina. Este indicador é mais expressivo que a esperança de vida devido à fragilidade das crianças.
A área florestada caiu de 50 milhões de km quadrados para 39.
O consumo anual de água triplicou. Isto é, cresceu sensivelmente ao ritmo da população.
O consumo anual de petróleo cresceu 8.5 vezes! A população tornou-se mais consumista do outro negro. A maior justificação para o aquecimento global e alterações climáticas está aqui. É óbvio que este tipo de crescimento económico não pode continuar porque não é compatível com os recursos do planeta. É necessário impor um modelo de desenvolvimento sustentável, mas quem tem autoridade para isso?
O turismo massificou-se crescendo 32.3 vezes!
Estes indicadores são apenas médias, e uma vez que foram calculadas para o Mundo ocultam realidades muito distintas.
Isto é, para que a China atingisse o “nível de desenvolvimento” dos EUA seriam necessários 665 milhões de carros de passageiros só na China! E a Terra aguentaria? Quem tem legitimidade para impor limites ao crescimento industrial dos chineses?
1945–2005: Dois Mundos Diferentes Março 19, 2008
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60 anos depois, o Mundo não é mais o mesmo. A UNESCO apresenta alguns exemplos interessantes.
http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001420/142021e.pdf
A população mundial quase triplicou de 1945 para 2005.
A percentagem da população a viver nas cidades, que representava menos de 29% do total, está quase a tornar-se dominante.
Menos de metade das pessoas teriam competências para ler um texto, contra 81.7%.
A esperança de vida aumentou cerca de 20 anos, permitindo o convívio dos avós com os netos.
A democracia parlamentar impôs-se definitivamente como regime político.
A percentagem de mulheres nos parlamentos cresceu 5.3 vezes, mantendo-se longe da equidade em qualquer país.
A fertilidade decresceu, pois as mulheres descobriram outros papéis além de mães e donas de casa.
A taxa de mortalidade infantil decresceu espectacularmente de 226 por mil para 86 por mil, em larga medida graças ao desenvolvimento da medicina. Este indicador é mais expressivo que a esperança de vida devido à fragilidade das crianças.
A área florestada caiu de 50 milhões de km quadrados para 39.
O consumo anual de água triplicou. Isto é, cresceu sensivelmente ao ritmo da população.
O consumo anual de petróleo cresceu 8.5 vezes! A população tornou-se mais consumista do outro negro. A maior justificação para o aquecimento global e alterações climáticas está aqui. É óbvio que este tipo de crescimento económico não pode continuar porque não é compatível com os recursos do planeta. É necessário impor um modelo de desenvolvimento sustentável, mas quem tem autoridade para isso?
O turismo massificou-se crescendo 32.3 vezes!
Estes indicadores são apenas médias, e uma vez que foram calculadas para o Mundo ocultam realidades muito distintas.
Isto é, para que a China atingisse o “nível de desenvolvimento” dos EUA seriam necessários 665 milhões de carros de passageiros só na China! E a Terra aguentaria? Quem tem legitimidade para impor limites ao crescimento industrial dos chineses?