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Portugal é uma pequena economia aberta ao exterior, particularmente dependente da Área Euro Novembro 29, 2012

Posted by netodays in confiança, PIB, União Europeia.
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O peso de Portugal na União Europeia é reduzido, mas o clima que se vive na UE determina em larga medida o que sucederá na nossa economia. Geralmente quando a Europa cresce, Portugal também tem oportunidades de crescimento. Portugal cresceu a uma velocidade superior à da área Euro até 2000, aspecto que a Espanha manteve até 2008. A área Euro entrou em recessão em 2000, vivendo Portugal e Alemanha um período de depressão após a criação do Euro (2002), mas a Alemanha recuperou rapidamente a partir de 2005, desempenhando o papel de locomotiva da área Euro, que Portugal não acompanharia com a mesma velocidade.

Fonte: EUROSTAT

A crise financeira de 2007/08 arrasou toda a Europa, e Portugal só não terá registado uma queda tão profunda quanto os restantes países porque a bolha de crescimento do sector financeiro e imobiliário terá tido menor expressão entre nós. A partir de 2010, quando a Europa parece iniciar um novo ciclo, as vulnerabilidades estruturais de Portugal e de Espanha parecem eternizar a recessão na península ibérica, apontando as últimas estimativas do EUROSTAT tcv’s positivas apenas em 2014, iniciando-se a retoma em 2013.

A confiança do consumidor (ou sentimento do consumidor) é frequentemente retratada como uma força motora fundamental da economia. Quando os consumidores estão confiantes, a economia é estimulada e quando estão inseguros, a economia é contraída, sendo que os consumidores tendem a ser mais confiantes sobre o futuro quando estão confiantes com o presente. Com base em inquéritos mensais o INE vai publicando indicadores de confiança que permitem interpretar melhor a dependência de Portugal relativamente à área Euro.

Os nossos consumidores são mais pessimistas.

A indústria só teve expectativas mais elevadas que a área Euro antes da unificação alemã.

O comércio a retalho manteve expectativas de crescimento acima da área Euro até à criação do Euro.

A construção e obras públicas só mantiveram expectativas acima da área Euro antes da unificação alemã, afastando-se destas após 2002.

O indicador de confiança nos serviços apresenta valores inferiores aos da área Euro, apenas tendo registado valores positivos antes da criação do Euro, durante o Euro-2004 (futebol) e com a política despesista de José Sócrates.

1. Constrói e interpreta um gráfico com as tcv´s do PIB de Portugal, Espanha, Alemanha e Área Euro a 16. (PREVIEW acima) Fonte: EUROSTAT

2. Comenta a evolução da economia portuguesa, comparando as tcv’s do PIB com as da Tríade Mundial (Área Euro-16, EUA e Japão).(PREVIEW)

3. Compara Portugal com Área Euro construindo e interpretando dois dos gráficos abaixo propostos: Fonte: INE.
a) indicador de confiança dos consumidores; Folha Cons-1, PREVIEW
b) indicador de confiança da indústria transformadora; Folha ICIT – 1, PREVIEW
c) indicador de confiança do comércio a retalho; Folha ICC – 1, PREVIEW
d) indicador de confiança da construção e obras públicas; Folha ICCOP – 1, PREVIEW
e) indicador de confiança dos serviços. Folha ICS – 1, PREVIEW

Componentes da Despesa Novembro 19, 2012

Posted by netodays in despesa, PIB.
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O cálculo do PIB pela óptica da despesa será certamente o mais popular no jornalismo e na análise económica. Muitas rubricas já têm consagradas determinadas siglas que iremos utilizar, como neste formulário. Já conheces a generalidade das componentes da Despesa:

  • Consumo Privado (C): dos particulares
    Consumo Privado = Despesa de consumo final das famílias residentes + Despesa de consumo final das ISFLSF
  • Consumo Público (G): do Estado
    Consumo Público = Despesa de consumo final das administrações públicas
  • Despesa de Consumo Final: DCF = C + G
    A despesa de consumo final consiste na despesa efectuada pelas unidades institucionais residentes com os bens ou serviços utilizados para a satisfação directa de necessidades ou carências individuais, ou das necessidades colectivas de membros da colectividade. A despesa de consumo final pode ser efectuada no território nacional ou no estrangeiro (INE, Metainformação)
  • Investimento Bruto/Formação Bruta de Capital (I): I = FBCF + VE
  • Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF): Valor que integra os bens duradouros novos de montante superior a 500 Euros destinados a fins não militares e produzidos/adquiridos pelas unidades produtoras residentes, para utilização por um período superior a um ano no seu processo produtivo (incluindo os que são adquiridos por recurso a contratos de leasing financeiro), e os serviços incorporados nos bens de capital fixo.
    http://smi.ine.pt/Conceito/Detalhes?id=6779&lang=PT
  • Variação de Existências (VE): A variação de existências é medida pelo valor da diferença entre, por um lado, as entradas de existências, e, por outro lado, as saídas e as perdas correntes de bens constantes das existências (INE, Metainformação)
  • Exportações, (X): As exportações de bens e serviços consistem nas transacções de bens e serviços (vendas, trocas directas, ofertas ou doações) de residentes para não residentes (INE, Metainformação)
  • Importações, (M): As importações de bens e serviços consistem nas transações de bens e serviços (aquisições, trocas diretas, ofertas ou doações) de não residentes para residentes (INE, Metainformação)
  • Despesa:
    Despesa Interna = PIBpm
    isto é, PIBpm = C + G + I + X – M
    ou Despesa Interna = Procura global – Importações
  • Despesa Nacional = PNBpm
    isto é, Despesa Nacional = PNBpm = PIBpm + Saldo dos rendimentos do trabalho, da propriedade e da empresa com o Resto do Mundo (REX)
    ou Despesa Nacional = Despesa Interna + REX
  • Procura:
    Procura Interna: Soma da Despesa de Consumo Final e de Formação Bruta de Capital efetuada por residentes (INE, Metainformação),
    isto é, Procura Interna = Consumo Privado + Consumo Público + Investimento
    ou Procura Interna = C + G + I
    Investimento = Formação Bruta de Capital Fixo + Variação de Existências (Formulário)
    Procura Global: Procura Global = Procura Interna + Procura Externa
    Procura Externa = Exportações de bens e de serviços (Formulário)

AQUISIÇÕES LÍQUIDAS DE OBJETOS DE VALOR
Definição: Os objetos de valor são bens não financeiros que não são principalmente utilizados na produção ou consumo, que não se deterioram (fisicamente) com o tempo, em condições normais, e que são sobretudo adquiridos e conservados como reservas de valor.
NOTAS: Os objetos de valor compreendem os seguintes tipos de bens: a) pedras e metais preciosos, como diamantes, ouro não monetário, platina, prata, etc.; b) antiguidades e outros objetos de valor, como pinturas, esculturas, etc.; c) outros objetos de valor, como joalharia trabalhada com pedras e metais preciosos, bem como objetos de coleção. Ver também § 3.116 e 3.117 do SEC/95.
http://metaweb.ine.pt/sim/CONCEITOS/Detalhe.aspx?cnc_cod=2674&cnc_ini=24-05-1994

I

Partindo do Quadro A.1.2.5.1 – PIB a preços de mercado na ótica da despesa (preços correntes; anual), confirma/calcula com os valores de 1995:

1. Despesa de consumo final = Despesa de consumo final das famílias residentes + Despesa de consumo final das ISFLSF + Despesa de consumo final das administrações públicas
Isto é, DCF = C + G

2. Formação bruta de capital = Formação bruta de capital fixo + Variação de existências + Aquisições líquidas de cessões de objectos de valor
isto é, I = FBCF + VE (*)
(*) O valor das Aquisições líquidas de cessões de objectos de valor é frequentemente omitido porque tem geralmente pouca importância nas economias.

3. Procura interna = Despesa de consumo final + Formação bruta de capital
isto é, Procura interna = C + G + I

4. Procura externa líquida = Exportações de bens (FOB) e serviços – Importações de bens (FOB) e serviços
isto é, Procura externa líquida = X – M

5. Procura Global = Procura Interna + Procura Externa
isto é, Procura Global = C + I + G + X

NOTE QUE: C = Consumo Privado = Despesa de consumo final das famílias residentes + Despesa de consumo final das ISFLS

6. PIB a preços de mercado = Procura interna + Procura externa líquida
ou PIBpm = C + G + I + X – M

II

Constrói um gráfico que ilustre a evolução das componentes da Procura Global, em valores percentuais. (PREVIEW) Comenta-o.

CORRECÇÃO do Grupo I

Componentes do Rendimento Novembro 11, 2012

Posted by netodays in PIB, rendimento, repartição do rendimento.
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O rendimento nacional, bruto ou líquido (a preços de mercado) representa o conjunto dos rendimentos primários recebidos pelas unidades institucionais residentes:

+ remunerações de trabalhadores,

+ impostos sobre a produção e importações menos subsídios,

+ rendimentos da propriedade (a receber menos a pagar),

+ excedentes de exploração (brutos ou líquidos) e rendimento misto (bruto ou líquido).

O rendimento nacional bruto (a preços de mercado) é igual ao PIBpm diminuído dos rendimentos primários pagos pelas unidades residentes a unidades não residentes e aumentado dos rendimentos primários recebidos do resto do mundo por unidades residentes. (metainformação – INE, no PORDATA, PIB e rendimentos)

RENDIMENTOS DE PROPRIEDADE

Definição: Rendimentos de propriedade são os rendimentos a receber pelo proprietário de um activo financeiro ou de um activo não produzido corpóreo para remunerar o facto de pôr fundos ou o activo não produzido corpóreo à disposição de outra unidade institucional.
Notas: Os rendimentos de propriedade classificam-se da forma seguinte: a) Juros; b) Rendimentos distribuídos das sociedades: dividendos e levantamentos de rendimentos das quase-sociedades; c) lucros de investimento estrangeiro direto reinvestidos; d) rendimentos de propriedade atribuídos aos detentores de apólices de seguros; e) rendas de terrenos e jazigos.
http://metaweb.ine.pt/sim/CONCEITOS/Detalhe.aspx?cnc_cod=2697&cnc_ini=24-05-1994

EXCEDENTE LÍQUIDO DE EXPLORAÇÃO OU RENDIMENTO MISTO

Definição: Saldo contabilístico que corresponde ao rendimento que as unidades geram pela utilização dos seus activos de produção. É obtido retirando ao Rendimento de Factores as Remunerações dos Assalariados. O excedente líquido de exploração avalia o rendimento da terra, do capital e do trabalho não assalariado. É o saldo da conta de exploração, que indica a distribuição do rendimento entre os factores de produção e o sector das administrações públicas.
http://metaweb.ine.pt/sim/CONCEITOS/Detalhe.aspx?cnc_cod=4954&cnc_ini=27-12-2004

1. Verifica a importância relativa dos diversos sectores institucionais no pagamento de remunerações ao trabalho partindo do Quadro A.1.3.1.1 – Remunerações dos empregados (D.1) por setor institucional (preços correntes; anual).
Constrói/Publica um gráfico em forma de queijo com os dados do último ano. (PREVIEW) Escreve um comentário breve.

2. Verifica como o excedente de exploração/rendimento misto se reparte pelos diversos sectores institucionais partindo do Quadro A.1.3.2.1 – Excedente bruto de exploração/ rendimento misto bruto (B.2g/B.3g) por setor institucional (preços correntes; anual).
Constrói/Publica um gráfico em forma de queijo com os dados do último ano. (PREVIEW)Escreve um comentário breve. (ATENÇÃO que no quadro do INE, onde se lê 1=2+…+6 deveria ler-se 1=2+…+5)

3. O Rendimento Interno é igual ao PIBpm. Verifica que

PIB a preços de mercado = Remunerações + Excedente Bruto de Exploração/Rend.Misto + Impostos líquidos de subsídios

Partindo do Quadro A.1.3.4.1 – PIB a preços de mercado na ótica do rendimento (preços correntes; anual) Constrói/publica dois gráficos que ilustrem a importância relativa das Remunerações relativamente ao Excedente Bruto de Exploração/Rend.Misto, um Milhões de Euros (PREVIEW), outro em valores percentuais (PREVIEW).

Constrói/publica dois gráficos que ilustrem a importância relativa das Remunerações, do Excedente Bruto de Exploração/Rend.Misto e dos Impostos líquidos de subsídios, um em Milhões de Euros (PREVIEW) outro em valores percentuais (PREVIEW).

4. Partindo do Quadro A.2.1 – Rendimento, poupança e capacidade/necessidade líquida de financiamento (preços correntes; anual) calcula o Rendimento Disponível Bruto = Rendimento disponível líquido + Consumo de capital fixo
Depois calcula a importância do Rendimento Disponível (Bruto) relativamente ao PIBpm
Representa graficamente o RDB em percentagem do PIB (PREVIEW) * (conferir o resultado)
Escreve a fórmula que permite calcular o Rendimento Disponível Bruto partindo do PIBpm.

5. Verifica que Lisboa é a região onde as famílias dispõem de maior rendimento disponível por habitante, e constrói um gráfico que ilustre a distribuição do rendimento disponível por habitante por regiões (PREVIEW) partindo do Quadro D.3.4 – Rendimento disponível bruto (B.6g) das famílias por habitante por NUTS II (preços correntes; anual). Comenta o gráfico prestando particular atenção à evolução das Regiões Autónomas.

6. Calcula as Remunerações do trabalho em percentagem do PIB partindo do Quadro A.1.3.4.1 – PIB a preços de mercado na ótica do rendimento (preços correntes; anual)
Constrói o respectivo gráfico (PREVIEW).
(conferir o resultado)
Comenta a inversão aparentemente verificada em 2008 e 2009, parecendo contrariar este post.

CORRECÇÃO

Cálculo do valor da Produção – PIB Novembro 8, 2011

Posted by netodays in PIB, produção.
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O valor da produção de um determinado território económico – geralmente um país – durante determinado período de tempo – geralmente um ano – diz-se o respectivo produto interno. Se não for descontado o valor referente a amortizações constitui o produto interno bruto (PIB).

Como se calcula o PIB?

Somar o valor da produção de todas as empresas do território levaria a um PIB sobreavaliado (demasiado alto), porque como a produção de umas empresas entra como input no processo produtivo de outras, os designados consumos intermédios estariam a ser contabilizados várias vezes. Nisto consiste o problema da múltipla contagem, que poderá ser evitado adoptando um de dois métodos:

– Método dos produtos finais

– Método dos valores acrescentados

No Método dos produtos finais o PIB é igual à soma da produção vendida aos consumidores finais. Note que cada bem só poderá ser vendido para consumo final uma vez!

Pelo Método dos valores acrescentados calcula-se o valor acrescentado de cada unidade produtiva subtraindo os Consumos Intermédios ao Valor das Vendas, isto é:

Valor Acrescentado = Valor das Vendas – Consumos Intermédios

O valor do PIB será então igual ao somatório dos VA’s da economia. Nota que a de dedução dos consumos intermédios também resolve o problema da múltipla contagem, porque a produção só é contabilizada na fase do ciclo produtivo que a originou.

Evidentemente que os dois métodos têm que dar o mesmo resultado, senão te enganares nas contas.

Exemplo:

Supõe uma economia extremamente simplificada com apenas três empresas:

Produtor de milho, que a partir do nada produz e vende 100 unidades monetárias de milho ao Produtor de farinha;
Produtor de farinha, que comprou as 100 um de milho e vendeu 150 um de farinha ao Produtor de broa de milho;
Produtor de broa de milho, que comprou 150 um de farinha e vendeu 400 um de broas de milho ao consumidor final.

Segue-se o esquema deste exemplo, bem como o cálculo do PIB pelos dois métodos indicados.

1. Define PIB.

2. Explicita o problema da múltipla contagem.

3. Explica como se calcula o PIB pelo método dos produtos finais.

4. Explica como se calcula o PIB pelo método dos valores acrescentados.

5. Determina o valor do PIB pelos dois métodos estudados na economia composta pelas seguintes operações:

A Empresa de Piscatória pescou peixe que vendeu à Empresa de Conservas pelo valor de 3.000 €

A Empresa de Conservas transformou o peixe anteriormente adquirido em conservas que vendeu ao Restaurante por 5.000 €; No processo de fabrico gastou energia que adquiriu à EDP por 500 €

O Restaurante vendeu o peixe ao público por 8.000 €; o Restaurante também consumiu energia da EDP no valor de 200 €

NOTA: Utiliza estes tês para resolver a questão 5. No final faz uma imagem do Excel, grava-a no Paint como .jpg e coloca-a no blogue.