Componentes do Rendimento Novembro 11, 2012
Posted by netodays in PIB, rendimento, repartição do rendimento.add a comment
O rendimento nacional, bruto ou líquido (a preços de mercado) representa o conjunto dos rendimentos primários recebidos pelas unidades institucionais residentes:
+ remunerações de trabalhadores,
+ impostos sobre a produção e importações menos subsídios,
+ rendimentos da propriedade (a receber menos a pagar),
+ excedentes de exploração (brutos ou líquidos) e rendimento misto (bruto ou líquido).
O rendimento nacional bruto (a preços de mercado) é igual ao PIBpm diminuído dos rendimentos primários pagos pelas unidades residentes a unidades não residentes e aumentado dos rendimentos primários recebidos do resto do mundo por unidades residentes. (metainformação – INE, no PORDATA, PIB e rendimentos)
RENDIMENTOS DE PROPRIEDADE
Definição: Rendimentos de propriedade são os rendimentos a receber pelo proprietário de um activo financeiro ou de um activo não produzido corpóreo para remunerar o facto de pôr fundos ou o activo não produzido corpóreo à disposição de outra unidade institucional.
Notas: Os rendimentos de propriedade classificam-se da forma seguinte: a) Juros; b) Rendimentos distribuídos das sociedades: dividendos e levantamentos de rendimentos das quase-sociedades; c) lucros de investimento estrangeiro direto reinvestidos; d) rendimentos de propriedade atribuídos aos detentores de apólices de seguros; e) rendas de terrenos e jazigos.
http://metaweb.ine.pt/sim/CONCEITOS/Detalhe.aspx?cnc_cod=2697&cnc_ini=24-05-1994
EXCEDENTE LÍQUIDO DE EXPLORAÇÃO OU RENDIMENTO MISTO
Definição: Saldo contabilístico que corresponde ao rendimento que as unidades geram pela utilização dos seus activos de produção. É obtido retirando ao Rendimento de Factores as Remunerações dos Assalariados. O excedente líquido de exploração avalia o rendimento da terra, do capital e do trabalho não assalariado. É o saldo da conta de exploração, que indica a distribuição do rendimento entre os factores de produção e o sector das administrações públicas.
http://metaweb.ine.pt/sim/CONCEITOS/Detalhe.aspx?cnc_cod=4954&cnc_ini=27-12-2004
1. Verifica a importância relativa dos diversos sectores institucionais no pagamento de remunerações ao trabalho partindo do Quadro A.1.3.1.1 – Remunerações dos empregados (D.1) por setor institucional (preços correntes; anual).
Constrói/Publica um gráfico em forma de queijo com os dados do último ano. (PREVIEW) Escreve um comentário breve.
2. Verifica como o excedente de exploração/rendimento misto se reparte pelos diversos sectores institucionais partindo do Quadro A.1.3.2.1 – Excedente bruto de exploração/ rendimento misto bruto (B.2g/B.3g) por setor institucional (preços correntes; anual).
Constrói/Publica um gráfico em forma de queijo com os dados do último ano. (PREVIEW)Escreve um comentário breve. (ATENÇÃO que no quadro do INE, onde se lê 1=2+…+6 deveria ler-se 1=2+…+5)
3. O Rendimento Interno é igual ao PIBpm. Verifica que
PIB a preços de mercado = Remunerações + Excedente Bruto de Exploração/Rend.Misto + Impostos líquidos de subsídios
Partindo do Quadro A.1.3.4.1 – PIB a preços de mercado na ótica do rendimento (preços correntes; anual) Constrói/publica dois gráficos que ilustrem a importância relativa das Remunerações relativamente ao Excedente Bruto de Exploração/Rend.Misto, um Milhões de Euros (PREVIEW), outro em valores percentuais (PREVIEW).
Constrói/publica dois gráficos que ilustrem a importância relativa das Remunerações, do Excedente Bruto de Exploração/Rend.Misto e dos Impostos líquidos de subsídios, um em Milhões de Euros (PREVIEW) outro em valores percentuais (PREVIEW).
4. Partindo do Quadro A.2.1 – Rendimento, poupança e capacidade/necessidade líquida de financiamento (preços correntes; anual) calcula o Rendimento Disponível Bruto = Rendimento disponível líquido + Consumo de capital fixo
Depois calcula a importância do Rendimento Disponível (Bruto) relativamente ao PIBpm
Representa graficamente o RDB em percentagem do PIB (PREVIEW) * (conferir o resultado)
Escreve a fórmula que permite calcular o Rendimento Disponível Bruto partindo do PIBpm.
5. Verifica que Lisboa é a região onde as famílias dispõem de maior rendimento disponível por habitante, e constrói um gráfico que ilustre a distribuição do rendimento disponível por habitante por regiões (PREVIEW) partindo do Quadro D.3.4 – Rendimento disponível bruto (B.6g) das famílias por habitante por NUTS II (preços correntes; anual). Comenta o gráfico prestando particular atenção à evolução das Regiões Autónomas.
6. Calcula as Remunerações do trabalho em percentagem do PIB partindo do Quadro A.1.3.4.1 – PIB a preços de mercado na ótica do rendimento (preços correntes; anual)
Constrói o respectivo gráfico (PREVIEW).
(conferir o resultado)
Comenta a inversão aparentemente verificada em 2008 e 2009, parecendo contrariar este post.
CORRECÇÃO
Como a desigualdade de rendimentos prejudica as sociedades Outubro 20, 2012
Posted by netodays in estatísticas, inequidade, repartição do rendimento.add a comment
Os economistas colocam sempre o crescimento do produto e do rendimento como condição necessária para o desenvolvimento, argumentando que antes de se distribuir a riqueza, esta terá que ser criada.
Richard G. Wilkinson argumenta que nos países desenvolvidos a riqueza criada já é suficiente, dependendo o nosso bem-estar do modo como esta se encontra repartida. Os gráficos abaixo mostram que não se verifica correlação entre o indicador da saúde e problemas sociais com o Rendimento Nacional Bruto per capita, mas que se verifica forte correlação daquele indicador com a inequidade(desigualdade) na repartição do rendimento.
No conjunto de países seleccionados, Portugal é mais pobre (menor Rendimento Nacional Bruto per capita) e aquele em que a esperança de vida é mais baixa (00:51);
Em cada país observar-se-ia que a esperança de vida aumenta com o nível de rendimento, porque os mais têm maior acesso aos cuidados de saúde (01:18);
Os países onde o rendimento se encontra pior distribuído são Singapura, EUA, Portugal e Reino Unido. O rendimento está mais equitativamente distribuído no Japão, Finlândia, Noruega e Suécia (02:32). No primeiro grupo a desigualdade de rendimentos duplica relativamente ao segundo, composto por democracias bem-sucedidas;
Verifica-se uma correlação positiva entre as desigualdades na repartição do rendimento e o índice de saúde e problemas sociais: esperança de vida, resultados dos alunos em matemática e literacia, taxa de mortalidade infantil, taxas de homicídio, proporção da população na prisão, taxas de natalidade na adolescência, níveis de confiança, obesidade, doenças mentais incluindo dependência de drogas e do álcool, e (ausência de) mobilidade social (03:07);
Observando os mesmos índices relativamente ao Produto Nacional Bruto per capita não se observa qualquer correlação (04:07);
O índice de bem-estar das crianças (calculado pela UNICEF) encontra-se inversamente correlacionado com a desigualdade na repartição do rendimento, isto é, os jovens têm pior bem-estar nas sociedades mais desiguais (04:45);
O índice de bem-estar das crianças não mostra qualquer correlação com o Rendimento Nacional per capita (04:58);
Estes dados sugerem que o bem-estar social nas nossas sociedades já não depende do Rendimento Nacional e do crescimento económico. Isso é muito importante em países mais pobres, mas não no mundo rico e desenvolvido. Mas as diferenças entre nós, e a posição que ocupamos relativamente aos outros, agora importam muito (05:12); Nos países onde o rendimento se encontra pior distribuído as pessoas confiam menos nas outras (05:36);
A percentagem das doenças mentais (indicador do OMS) é maior nos países com o rendimento pior distribuído (06:48);
As taxas de homicídio são mais elevadas nos estados dos EUA e províncias do Canadá onde o rendimento está pior distribuído (07:19);
A proporção da população na prisão é maior nos países com o rendimento está pior distribuído (07:35);
Os jovens abandonam o ensino secundário em maior proporção nos estados dos EUA onde a repartição do rendimento é mais desigual (08:07);
A mobilidade social é mais reduzida nos países com distribuição do rendimento menos equitativa. Será que os pais ricos têm filhos ricos, e os pais pobres têm filhos pobres? O rendimento dos pais é muito mais importante nos EUA, Reino Unido e Portugal que nos países escandinavos, onde a mobilidade social é mais efectiva. Os americanos que queiram viver o sonho americano devem emigrar para a Dinamarca! (08:19);
A Suécia e o Japão são países muito diferentes. Não importa como se consegue a maior igualdade, desde que se consiga obtê-la de algum modo (10:55);
Utilizando a taxa de mortalidade infantil, indicadores da educação ou da saúde, verifica-se que os benefícios da melhor repartição do rendimento não são extensivos apenas aos pobres, mas a todos os grupos sociais (11:25);
Os efeitos psicossociais da desigualdade, relacionados com sentimentos de superioridade e de inferioridade, de ser valorizado ou desvalorizado, respeitado ou desrespeitado. O sentimento de competição gerado pelo status guia o consumismo nas nossas sociedades, e leva também à insegurança do status. Preocupamo-nos mais com a forma como somos vistos pelos outros, se somos considerados atraentes, inteligentes, etc. Os juízos de avaliação social e o medo desses juízos, aumentam (12:50);
As tarefas que incluíam a ameaça da avaliação social revelaram-se mais stressantes. Ameaças à autoestima ou ao status social, em que outros podem julgar negativamente o nosso desempenho (14:00);
A correlação, só por si, não prova causalidade, mas parece demonstrado um stress crónico associado às disparidades sociais (15:33);
A mensagem a reter, é esta: podemos melhorar a qualidade real da vida humana através da redução das diferenças de rendimento entre nós. De repente, temos controlo sobre o bem-estar psicossocial de sociedades inteiras, e isso é excitante (16:26).
Reage! Dezembro 31, 2011
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Versão popular do anúncio da Coca-Cola a apelar à acção contra a injustiça gritante ao nível da repartição do rendimento. Fica link para o caso do padre franciscano.
Pagam a conta (para além da Troika) os funcionários públicos, os contribuintes e os carenciados. Critério não há nenhum. Sorry! É mais simplex assim 😉
Criminalizar o enriquecimento ilícito é uma urgência da democracia Julho 11, 2011
Posted by netodays in repartição do rendimento.add a comment
A austeridade é selectiva.
É a forma de impor uma redistribuição do rendimento cada vez mais injusta.
Os ideais socialistas em Portugal Julho 15, 2008
Posted by netodays in repartição do rendimento, Socratelândia, Victor Constâncio, Zapatero.add a comment
Depois de Mário Soares ter metido o socialismo na gaveta, os socialistas nem se entendem com o vocabulário, e continuam a dizer coisas patéticas.
As políticas de redistribuição do rendimento apenas se justificam para a sociedade chegar a uma distribuição do rendimento mais equitativa. Caso contrário não valeria a pena o Estado estar com o trabalho de cobrar impostos e atribuir subsídios.
Vem isto a propósito das declarações de Victor Constâncio, nas quais
Tradução. Os gestores e todos aqueles que já ganham bem acima da média podem continuar a aumentar-se. Quem vive dos salários deve continuar a assistir à degradação do poder de poder de compra, a bem da “Nação”!
Para chegar a este resultado não é necessário qualquer Governador no Banco de Portugal, nem qualquer Governo. Este é precisamente o resultado de uma relegação sistemática de qualquer política de “redistribuição dos rendimentos” para um plano muito secundário. Realmente a política de “redistribuição dos rendimentos” só aparece ao nível da retórica.
Definitivamente, o PS já deveria ter mudado de nome ao tempo.
- O Primeiro-Ministro espanhol, Rodrigues Zapatero, anunciou o congelamento de todos os altos cargos da administração do Estado.
Fonte: Rádio Renascença.
Começando por limitar o seu próprio vencimento, Zapatero dá uma lição aos “socialistas” portugueses.
Os ideais socialistas em Portugal Julho 15, 2008
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Depois de Mário Soares ter metido o socialismo na gaveta, os socialistas nem se entendem com o vocabulário, e continuam a dizer coisas patéticas.
As políticas de redistribuição do rendimento apenas se justificam para a sociedade chegar a uma distribuição do rendimento mais equitativa. Caso contrário não valeria a pena o Estado estar com o trabalho de cobrar impostos e atribuir subsídios.
Vem isto a propósito das declarações de Victor Constâncio, nas quais
Tradução. Os gestores e todos aqueles que já ganham bem acima da média podem continuar a aumentar-se. Quem vive dos salários deve continuar a assistir à degradação do poder de poder de compra, a bem da “Nação”!
Para chegar a este resultado não é necessário qualquer Governador no Banco de Portugal, nem qualquer Governo. Este é precisamente o resultado de uma relegação sistemática de qualquer política de “redistribuição dos rendimentos” para um plano muito secundário. Realmente a política de “redistribuição dos rendimentos” só aparece ao nível da retórica.
Definitivamente, o PS já deveria ter mudado de nome ao tempo.
- O Primeiro-Ministro espanhol, Rodrigues Zapatero, anunciou o congelamento de todos os altos cargos da administração do Estado.
Fonte: Rádio Renascença.
Começando por limitar o seu próprio vencimento, Zapatero dá uma lição aos “socialistas” portugueses.
Os ideais socialistas em Portugal Julho 15, 2008
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Depois de Mário Soares ter metido o socialismo na gaveta, os socialistas nem se entendem com o vocabulário, e continuam a dizer coisas patéticas.
As políticas de redistribuição do rendimento apenas se justificam para a sociedade chegar a uma distribuição do rendimento mais equitativa. Caso contrário não valeria a pena o Estado estar com o trabalho de cobrar impostos e atribuir subsídios.
Vem isto a propósito das declarações de Victor Constâncio, nas quais
Tradução. Os gestores e todos aqueles que já ganham bem acima da média podem continuar a aumentar-se. Quem vive dos salários deve continuar a assistir à degradação do poder de poder de compra, a bem da “Nação”!
Para chegar a este resultado não é necessário qualquer Governador no Banco de Portugal, nem qualquer Governo. Este é precisamente o resultado de uma relegação sistemática de qualquer política de “redistribuição dos rendimentos” para um plano muito secundário. Realmente a política de “redistribuição dos rendimentos” só aparece ao nível da retórica.
Definitivamente, o PS já deveria ter mudado de nome ao tempo.
- O Primeiro-Ministro espanhol, Rodrigues Zapatero, anunciou o congelamento de todos os altos cargos da administração do Estado.
Fonte: Rádio Renascença.
Começando por limitar o seu próprio vencimento, Zapatero dá uma lição aos “socialistas” portugueses.
Os ideais socialistas em Portugal Julho 15, 2008
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Depois de Mário Soares ter metido o socialismo na gaveta, os socialistas nem se entendem com o vocabulário, e continuam a dizer coisas patéticas.
As políticas de redistribuição do rendimento apenas se justificam para a sociedade chegar a uma distribuição do rendimento mais equitativa. Caso contrário não valeria a pena o Estado estar com o trabalho de cobrar impostos e atribuir subsídios.
Vem isto a propósito das declarações de Victor Constâncio, nas quais
Tradução. Os gestores e todos aqueles que já ganham bem acima da média podem continuar a aumentar-se. Quem vive dos salários deve continuar a assistir à degradação do poder de poder de compra, a bem da “Nação”!
Para chegar a este resultado não é necessário qualquer Governador no Banco de Portugal, nem qualquer Governo. Este é precisamente o resultado de uma relegação sistemática de qualquer política de “redistribuição dos rendimentos” para um plano muito secundário. Realmente a política de “redistribuição dos rendimentos” só aparece ao nível da retórica.
Definitivamente, o PS já deveria ter mudado de nome ao tempo.
- O Primeiro-Ministro espanhol, Rodrigues Zapatero, anunciou o congelamento de todos os altos cargos da administração do Estado.
Fonte: Rádio Renascença.
Começando por limitar o seu próprio vencimento, Zapatero dá uma lição aos “socialistas” portugueses.
Milionários desafiam a crise do crédito e enriquecem ainda mais Julho 4, 2008
Posted by netodays in globalização, repartição do rendimento, Tratado de Lisboa.add a comment
“O número de milionários de dólares cresceu no mundo cerca de 6%, no último ano, conduzido pelo crescimento explosivo das economias emergentes da Índia, China e Brasil”, observa o World Wealth Report.
Entre os gráficos que acompanham o relatório atente-se no seguinte:
As regiões em que a riqueza cresceu mais rapidamente foram: América Latina, Médio Oriente, África e Ásia-Pacífico. Na Europa e na América do Norte registaram-se taxas de crescimento inferiores à média mundial, significando que as suas economias estão a perder importância no sistema mundial.
Estes números não permitem aos europeus continuarem com compaixão relativamente ao Terceiro Mundo, e vêem questionar o seu modelo social de mercado. Imagine-se como terão ficado escandalizados os ingleses ao lerem que “de acordo com as estimativas da Merrill Lynch, haverá mais milionários na China que na Grã-Bretanha no final do próximo ano”.
O não irlandês ao Tratado de Lisboa foi motivado por razões económicas que ultrapassam a própria UE, como a globalização. A UE prosperou com a liberalização dos mercados que se constituía como o seu motor de desenvolvimento. Simultaneamente foi criando o Estado previdência, para tornar efectivo seu modelo social de mercado.
Agora a liberalização dos mercados ultrapassou a própria UE, porque obedece a lógicas de pura ganância. Comprar ao preço mais baixo, vender ao preço mais alto, o que for possível, onde quer seja.
Milionários desafiam a crise do crédito e enriquecem ainda mais Julho 4, 2008
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“O número de milionários de dólares cresceu no mundo cerca de 6%, no último ano, conduzido pelo crescimento explosivo das economias emergentes da Índia, China e Brasil”, observa o World Wealth Report.
Entre os gráficos que acompanham o relatório atente-se no seguinte:
As regiões em que a riqueza cresceu mais rapidamente foram: América Latina, Médio Oriente, África e Ásia-Pacífico. Na Europa e na América do Norte registaram-se taxas de crescimento inferiores à média mundial, significando que as suas economias estão a perder importância no sistema mundial.
Estes números não permitem aos europeus continuarem com compaixão relativamente ao Terceiro Mundo, e vêem questionar o seu modelo social de mercado. Imagine-se como terão ficado escandalizados os ingleses ao lerem que “de acordo com as estimativas da Merrill Lynch, haverá mais milionários na China que na Grã-Bretanha no final do próximo ano”.
O não irlandês ao Tratado de Lisboa foi motivado por razões económicas que ultrapassam a própria UE, como a globalização. A UE prosperou com a liberalização dos mercados que se constituía como o seu motor de desenvolvimento. Simultaneamente foi criando o Estado previdência, para tornar efectivo seu modelo social de mercado.
Agora a liberalização dos mercados ultrapassou a própria UE, porque obedece a lógicas de pura ganância. Comprar ao preço mais baixo, vender ao preço mais alto, o que for possível, onde quer seja.