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Representações do Bom Aluno Novembro 8, 2012

Posted by netodays in representações.
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Até aos 14 anos andei distraído mas tinha desgosto com isso… (02:34) porque não tinha organização, não sabia por onde havia de começar… (02:50). (…) Eu também fui mau aluno. Quando chumbei… o meu pai perguntou-me, e eu comecei a chorar. E ele disse-me: “Olha, tu ao menos tiveste o desgosto!” Quando a pessoa tem o desgosto vai fazer imediatamente que isso não se volte a repetir, porque há muitos que nem desgosto têm (25:30).

No texto abaixo podemos observar outras representações do universo escolar, associadas à sua experiência pessoal. Por exemplo, a indicação do desporto encontra-se associado a um dado biográfico a saber: o autor foi atleta do Benfica!
Fonte: Meia-Hora.

1. “Mas essa parte não era para se dizer” (02:22). Porquê?

2. Identifica no texto outras representações do “bom aluno”.

O abraço de Adriana Setembro 19, 2012

Posted by netodays in representações.
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A imagem abaixo tornou-se viral após a manifestação de 15 de Setembro de 2012.

  • “Porque é que estão aqui?”

    “Estou aqui porque é o meu trabalho.”

    “Mas não preferias estar connosco, deste lado?”
    www.ionline.pt

Certamente que a imagem expressa os sentimentos de muitas pessoas que se identificam de formas variadas com ela, tendo-se tornado um símbolo da data.

1. Quem transformou esta foto em símbolo do 15/SET/12?

2. Expressa por palavras tuas o conceito de representações sociais.

3. Refere algumas representações sociais associadas ao abraço de Adriana.

Recursos

Estudos e Representações Março 20, 2012

Posted by netodays in Método científico, representações.
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Quem utiliza linguagem vulgar nunca refere esse aspecto. Só o método científico sente necessidade de precisar exactamente o  seu objecto de estudo: as representações. Assim, o título da imagem B pode parecer uma armadilha 😉  [Clique nas imagens para verificar a sua origem]

Realmente não foi armadilha… foi quase igual à questão 6 deste post, respondida aqui.

É preciso estudar! Fevereiro 9, 2012

Posted by netodays in referências, representações.
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  • “É preciso aprender. É preciso estudar! Quem não sabe ler, é como um ceguinho que não percebe por onde vai e caminha sem bordão […] Acreditai-me: as vinte e cinco letras do alfabeto são um rosário de luz. Se ele faltasse de repente à Humanidade, ficaríamos tão cheios de sombra, tão cheios de frio, tão cheios de incerteza, como se no céu azul houvesse morrido o Sol” (in República, 24 de Fevereiro de 1937).

Na representação liberal da instrução, através da leitura abre-se à criança o Mundo dos adultos:

A esta imagem liberal opôs o Estado Novo a doutrina cristã: «Mulheres, sede submissas a vossos maridos, como convém segundo o Senhor. Maridos, amai as vossas mulheres e não as trateis com aspereza. Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto agrada ao Senhor. […] Servos, obedecei em tudo a vossos senhores terrenos, não servindo só na presença, como quem busca agradar a homens, mas com sinceridade de coração, temendo a Deus.» (ibidem)

O Estado Novo sempre viu no processo de industrialização o perigo de criação de centros de contestação política, e por isso opôs-se à generalização da instrução, alegando que “a educação do povo representava um ideal utópico e demagógico que apenas dava uma ilusória elevação à massa ignara e inferior” (ibidem)

Como estudante de Sociologia tens o privilégio de observar distanciadamente que estas representações da instrução e da educação se reflectem em diferentes interpretações do Mundo, com consequências sobre as acções dos actores. Como sujeito produtor de cultura irás optar pela que mais te convém.

Como professor de Sociologia cumpre-me assinalar que não conheço outro processo de aprendizagem da Sociologia que não passe pela socialização com os sociólogos, evidenciada em referências nos trabalhos, que estes ainda não apresentam.

Note que a importância das referências foi referida num post recente, além de estar indicada na tarefa.

NOTA

Pontos da Matéria a ver para o teste:
Socialização
Cultura
Representações Sociais
Técnicas de Investigação
Etapas do Processo de Investigação

Representações Sociais Fevereiro 8, 2012

Posted by netodays in representações.
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Este conceito não é novo para nós. Falámos já de representações sociais a propósito dos estereótipos, dando particular destaque ao insucesso escolar a Matemática referimos as representações que os jovens têm dos media digitais ilustrámos um post com um vídeo sobre a representação do nativo digital outro com a representação social da educação aberta

Por exemplo, são as representações sociais que nos permitem entender as mulheres 😉

Ver Álbum

Uma vez que as representações sociais constituem a matéria-prima do sociólogo, convém recordar este conceito e observar mais alguns exemplos. Realmente já temos este conceito desenvolvido no Arquivo, com abundantes exemplos, pelo que fica somente aqui o convite para o visitar, começando por ler este PowerPoint.

Etnocentrismo e simplismo Novembro 8, 2011

Posted by netodays in Etnocentrismo, representações.
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“Puxem esses porcos! Têm que salvar os nossos bancos! Responsabilizem os preguiçosos gregos, irlandeses, portugueses, espanhóis e italianos” Cartaz em Berlim, 2011

Fonte: Mail em circulação na Internet.

Das Representações Sociais aos Regimes de Justificação Novembro 2, 2011

Posted by netodays in acção social, Durkheim, factos sociais, Justificação, positivismo, representações, sociologia compreensiva, Weber.
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Aqui se recorda o papel das representações sociais como matéria-prima da Sociologia para que os estudantes tenham presente que conversação vulgar não é Sociologia, mas que cabe a esta desvendar as lógicas de argumentação explícitas nas justificações apresentadas.

O esquema sintetiza o objecto da Sociologia, as tarefas do sociólogo e o paradigma da Sociologia, conjuntamente com o número de casos analisados, as técnicas de recolha de dados, os métodos de investigação e os seus objectivos.

Apresentam-se ainda em síntese os regimes de justificação.

1. Verifique que o método dedutivo e método indutivo poderão ser considerados complementares.

2. Relacione o paradigma da Sociologia e as tarefas do sociólogo com o número de casos analisados.

Teste Diagnóstico Setembro 13, 2011

Posted by netodays in acção social, Aculturação, Ciências Sociais, Cultura, Estrutura social, Justificação, Legitimidade, Método científico, Obstáculos epistemológicos, representações, Socialização, Subcultura, Valores.
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A ilusão da facilidade é certamente o maior problema na aprendizagem da Sociologia.

“A Sociologia explica o que parece óbvio a pessoas que pensam que é simples, mas que não compreendem quão complicado é realmente”. RICHARD OSBORNE

Certamente a tua experiência de vida em Sociedade te permite responder a algumas questões.

1. Explicita o teu entendimento dos seguintes conceitos:
a) Cultura;
b) Socialização;
c) Sociedade;
d) Subcultura;
e) Aculturação;
f) Estrutura social;
g) Acção social;
h) Valores;
i) Legitimidade;
j) Justificação;
k) Representações sociais;
l) Obstáculos epistemológicos;
m) Ciências Sociais;
n) Método científico;
o) Sociologia.

2. Refere de que modo a “cultura” condiciona a tua percepção do Mundo, da sociedade e das acções dos indivíduos.

3. Distingue o olhar do senso comum da interpretação sociológica dos fenómenos sociais.

4. Apresenta uma definição de Sociologia.

5. O que faz um sociólogo? A que regras deve obedecer o seu trabalho?

Correcção do Teste

Representações sociais Agosto 26, 2011

Posted by netodays in acção social, Moscovici, representações.
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Frequentemente os estudantes se perguntam:
Porque sou burro em Matemática?

Segue-se uma “explicação” que desdramatiza o insucesso escolar: “90% dos estudantes que tiram negativa, atiram o barro à parede“.

Cada vez que conversamos, contamos anedotas, interagimos, utilizamos representações sociais. Não há tempo, nem paciência, nem necessidade, nem conhecimento para o debate científico, exceptuando alguns casos muito raros.

  • Diferença entre o Paraíso e o Inferno
    O Paraíso é aquele lugar onde o humor é britânico, os cozinheiros são franceses, os mecânicos são alemães, os amantes são portugueses e tudo é organizado pelos suíços.
    O Inferno é aquele lugar onde o humor é alemão, os cozinheiros são britânicos, os mecânicos são franceses, os amantes são suíços e tudo é organizado pelos portugueses…

A realidade acessível aos agentes resulta tanto da própria realidade quanto das representações sociais que têm da mesma. Estas podem ser definidas como modalidades de conhecimento prático, socialmente elaboradas e partilhadas. Constituem, simultaneamente, sistemas de interpretação e categorização do real e modelos ou guias de acção pelos quais os agentes se conduzem, dotando as suas acções de um sentido intentado.

Moscovici definiu representação social como:

  • Um sistema de valores, ideias e práticas que desempenham uma dupla função: primeiro, estabelecer uma ordem que irá permitir aos indivíduos orientarem-se eles próprios no seu mundo material e social e governá-lo; e em segundo proporcionar que a comunicação exista entre os membros de uma comunidade fornecendo-lhes um código para permuta social e um código para nomear e classificar claramente os vários aspectos do seu mundo e a sua história individual e do grupo.

Ler mais?

Emile Durkheim 1858-1917 Agosto 24, 2011

Posted by netodays in anomia ideologia, Durkheim, factos sociais, objectividade, representações, suicídio.
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Durkheim considerava as ideias de Comte especulativas e vagas, justificando o seu insucesso. Segundo Durkheim, para se tornar científica, a Sociologia teria de estudar factos sociais, aspectos da vida social que moldam as nossas acções enquanto indivíduos, como por exemplo a situação económica e a religião. Durkheim acreditava que devemos estudar a vida social com a mesma objectividade com que os cientistas estudam o mundo natural. Daí o seu famoso princípio básico da Sociologia: “estudar os factos sociais como coisas”, desligados dos sujeitos conscientes que deles têm representações. Queria isso dizer que a vida social podia ser analisada com o rigor com que se analisam objectos ou fenómenos da natureza.

Entre os seus estudos mais famosos encontra-se a análise do suicídio, onde demonstrou que os factores sociais exercem uma influência determinante sobre o comportamento dos indivíduos. Caracterizou o suicídio egoísta, o suicídio anómico e o suicídio altruísta, deixando a tipologia em aberto para responder a outro género de causas.

Nasceu em Epinal, na Lorena (1958), de uma família rabínica hebraica. Frequentou em Paris, a partir de 1879, a Escola Normal Superior, onde teve como professores Fustel de Coulanges e Emile Boutroux, e entre os condiscípulos Bergson, Blondel e Jaures, que chegou mesmo a ser seu companheiro de pensão.

Influenciado por Comte, Spencer e Renouvier, estudou na Alemanha ciência positiva da moral (1885-86), tendo publicado no regresso alguns primeiros artigos na Revue Philosophique sobre a filosofia moral e as ciências sociais na Alemanha.

Em 1887 ocupa em Bordéus a cadeira de Pedagogia onde começa a reger os seus cursos de marcado pendor sociológico, e aí permanece durante 15 anos, vindo a apresentar como tese de doutoramento A divisão do trabalho social (1893) e como prova complementar A contribuição de Montesquieu para a constituição da ciência social. Funda a revista L’Année sociologique (1896), que se tornará no grande órgão de expressão da sua escola, onde se iniciarão muitos dos seus discípulos: Bouglé, Fauconnet, Marcel Mauss que mais tarde cuidarão da publicação das suas obras póstumas.

Transfere-se para Paris (1902), onde lhe é entregue a cátedra de Ciência da Educação da Sorbonne. Em 1906 é titular dessa cadeira que, em 1913, passa a chamar-se de Sociologia.

Mas em 1915 morre na guerra o seu único filho, na frente de Salónica. Entristecido e envelhecido prematuramente, vem a morrer em 1917.

Principais obras:
– Sobre a divisão do trabalho (1893):
– As regras do método sociológico (1895);
– O Suicídio;
– As formas elementares da vida religiosa (1912);
– A Alemanha acima de tudo: a mentalidade alemã e a guerra (1916);
– Educação e Sociologia (1922);
– Sociologia e Filosofia (1924);
– A educação moral (1925);
– O socialismo (1928);
– A evolução pedagógica em França (1938);
– Lições de Sociologia (1950);
– Montesquieu e Rousseau (1953);
– Pragmatismo e Sociologia (1955);
– Diário sociológico (1969);
– A ciência social e a acção (1970);
… e três volumes de Textos.

Citações
O homem não pode viver no meio das coisas sem fazer delas ideias segundo as quais regula o seu comportamento. Mas como essas noções estão mais próximas de nós e mais ao nosso alcance do que as realidades a que correspondem, tendemos naturalmente a substituí-las a estas últimas e a fazer delas a própria matéria das nossas especulações. Em vez de observar as coisas, de as descrever, de as comparar, contentamo-nos em tomar consciência das nossas ideias, em analisá-las, em combiná-las. Em vez de uma ciência de realidades, não fazemos senão uma mera análise ideológica.
Os factos sociais devem ser considerados como coisas.

Referências
CRUZ, M. Braga, (2001:299-300), Teorias Sociológicas – Os Fundadores e os Clássicos (Antologia de Textos), Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
DURKHEIM, Émile, (2007), O Suicídio – Estudo Sociológico, Editorial Presença, Barcarena.
DURKHEIM, Emile, (1895), As Regras do Método Sociológico, Acedido em Agosto de 2011