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Milionários desafiam a crise do crédito e enriquecem ainda mais Julho 4, 2008

Posted by netodays in globalização, repartição do rendimento, Tratado de Lisboa.
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“O número de milionários de dólares cresceu no mundo cerca de 6%, no último ano, conduzido pelo crescimento explosivo das economias emergentes da Índia, China e Brasil”, observa o World Wealth Report.

Entre os gráficos que acompanham o relatório atente-se no seguinte:

As regiões em que a riqueza cresceu mais rapidamente foram: América Latina, Médio Oriente, África e Ásia-Pacífico. Na Europa e na América do Norte registaram-se taxas de crescimento inferiores à média mundial, significando que as suas economias estão a perder importância no sistema mundial.

Estes números não permitem aos europeus continuarem com compaixão relativamente ao Terceiro Mundo, e vêem questionar o seu modelo social de mercado. Imagine-se como terão ficado escandalizados os ingleses ao lerem que “de acordo com as estimativas da Merrill Lynch, haverá mais milionários na China que na Grã-Bretanha no final do próximo ano”.

O não irlandês ao Tratado de Lisboa foi motivado por razões económicas
que ultrapassam a própria UE, como a globalização. A UE prosperou com a liberalização dos mercados que se constituía como o seu motor de desenvolvimento. Simultaneamente foi criando o Estado previdência, para tornar efectivo seu modelo social de mercado.

Agora a liberalização dos mercados ultrapassou a própria UE, porque obedece a lógicas de pura ganância.
Comprar ao preço mais baixo, vender ao preço mais alto, o que for possível, onde quer seja.

Milionários desafiam a crise do crédito e enriquecem ainda mais Julho 4, 2008

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“O número de milionários de dólares cresceu no mundo cerca de 6%, no último ano, conduzido pelo crescimento explosivo das economias emergentes da Índia, China e Brasil”, observa o World Wealth Report.

Entre os gráficos que acompanham o relatório atente-se no seguinte:

As regiões em que a riqueza cresceu mais rapidamente foram: América Latina, Médio Oriente, África e Ásia-Pacífico. Na Europa e na América do Norte registaram-se taxas de crescimento inferiores à média mundial, significando que as suas economias estão a perder importância no sistema mundial.

Estes números não permitem aos europeus continuarem com compaixão relativamente ao Terceiro Mundo, e vêem questionar o seu modelo social de mercado. Imagine-se como terão ficado escandalizados os ingleses ao lerem que “de acordo com as estimativas da Merrill Lynch, haverá mais milionários na China que na Grã-Bretanha no final do próximo ano”.

O não irlandês ao Tratado de Lisboa foi motivado por razões económicas
que ultrapassam a própria UE, como a globalização. A UE prosperou com a liberalização dos mercados que se constituía como o seu motor de desenvolvimento. Simultaneamente foi criando o Estado previdência, para tornar efectivo seu modelo social de mercado.

Agora a liberalização dos mercados ultrapassou a própria UE, porque obedece a lógicas de pura ganância.
Comprar ao preço mais baixo, vender ao preço mais alto, o que for possível, onde quer seja.

Milionários desafiam a crise do crédito e enriquecem ainda mais Julho 4, 2008

Posted by netodays in globalização, repartição do rendimento, Tratado de Lisboa.
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“O número de milionários de dólares cresceu no mundo cerca de 6%, no último ano, conduzido pelo crescimento explosivo das economias emergentes da Índia, China e Brasil”, observa o World Wealth Report.

Entre os gráficos que acompanham o relatório atente-se no seguinte:

As regiões em que a riqueza cresceu mais rapidamente foram: América Latina, Médio Oriente, África e Ásia-Pacífico. Na Europa e na América do Norte registaram-se taxas de crescimento inferiores à média mundial, significando que as suas economias estão a perder importância no sistema mundial.

Estes números não permitem aos europeus continuarem com compaixão relativamente ao Terceiro Mundo, e vêem questionar o seu modelo social de mercado. Imagine-se como terão ficado escandalizados os ingleses ao lerem que “de acordo com as estimativas da Merrill Lynch, haverá mais milionários na China que na Grã-Bretanha no final do próximo ano”.

O não irlandês ao Tratado de Lisboa foi motivado por razões económicas
que ultrapassam a própria UE, como a globalização. A UE prosperou com a liberalização dos mercados que se constituía como o seu motor de desenvolvimento. Simultaneamente foi criando o Estado previdência, para tornar efectivo seu modelo social de mercado.

Agora a liberalização dos mercados ultrapassou a própria UE, porque obedece a lógicas de pura ganância.
Comprar ao preço mais baixo, vender ao preço mais alto, o que for possível, onde quer seja.

A pujança do Euro Junho 18, 2008

Posted by netodays in Tratado de Lisboa.
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O Euro acaba de ultrapassar a barreira de 1,5 US$.
Assim, o Banco Central Europeu resolveu, para comemorar o facto, cunhar uma moeda especial de 2 euros, que assinala a pujança da moeda europeia 😉

Os irlandeses ainda não repararam que estão a estorvar o caminho?

Em 1999, o Euro iniciou a sua caminhada abaixo de 1,2 US$.

Fonte: BCE.

Se comprimirmos a escala do gráfico até dá ideia que a evolução do Euro face ao Dólar tem sido suave. Ampliando a representação, sobressaem os momentos tumultuosos.

O não irlandês ao Tratado de Lisboa é o obstáculo do momento ao processo de integração europeia, mas não passa pela cabeça de ninguém, incluindo os irlandeses, colocar o processo de integração em causa,
nem isolar-se dele. Quando a Constituição Europeia levou o não em referendo da França e da Holanda creio que o choque foi muito maior. A Europa parou para pensar, e o que fez?

1 – Reformulou a Constituição Europeia e apresentou-a agora simplesmente como Tratado de Lisboa;

2 – Deitou fora a linguagem da proximidade relativamente aos cidadãos que conduzia à exigência de referendos. A Europa “lembrou-se” que nas democracias representativas compete aos políticos decidir em nome da população, exactamente o motivo porque são eleitos.

O que é que falhou? A grande falha foi não ter ocorrido a ninguém que a Irlanda realizaria o referendo por imperativos constitucionais, que deveriam ter sido revistos.

Recordo que em 1986, quando Portugal aderiu à CEE, éramos “uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na sua transformação numa sociedade sem classes”, de acordo com o art. 1º da Constituição da República Portuguesa (CRP) de 1976, após a revisão de 1982. Evidentemente que as referências à “transformação numa sociedade sem classes” ou à “construção de uma sociedade socialista”, abundantes na nossa CRP nunca passaram de música, dita programática pelos constitucionalistas. Ficámos melhor quando a CRP foi limpa dessas expressões patéticas, na revisão de 1989. Agora o art. 1º da CRP diz simplesmente o seguinte:

Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Ficou melhor. Talvez os irlandeses precisem de rever a sua 😉

Diplomaticamente, Bruxelas reafirmou que haverá oportunidade de “ouvir com muita atenção” o que o primeiro-ministro irlandês Brian Cowen tem para dizer, para de seguida “trabalhar de perto com o governo irlandês”.
Para bom entendedor meia palavra basta.

A pujança do Euro Junho 18, 2008

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O Euro acaba de ultrapassar a barreira de 1,5 US$.
Assim, o Banco Central Europeu resolveu, para comemorar o facto, cunhar uma moeda especial de 2 euros, que assinala a pujança da moeda europeia 😉

Os irlandeses ainda não repararam que estão a estorvar o caminho?

Em 1999, o Euro iniciou a sua caminhada abaixo de 1,2 US$.

Fonte: BCE.

Se comprimirmos a escala do gráfico até dá ideia que a evolução do Euro face ao Dólar tem sido suave. Ampliando a representação, sobressaem os momentos tumultuosos.

O não irlandês ao Tratado de Lisboa é o obstáculo do momento ao processo de integração europeia, mas não passa pela cabeça de ninguém, incluindo os irlandeses, colocar o processo de integração em causa,
nem isolar-se dele. Quando a Constituição Europeia levou o não em referendo da França e da Holanda creio que o choque foi muito maior. A Europa parou para pensar, e o que fez?

1 – Reformulou a Constituição Europeia e apresentou-a agora simplesmente como Tratado de Lisboa;

2 – Deitou fora a linguagem da proximidade relativamente aos cidadãos que conduzia à exigência de referendos. A Europa “lembrou-se” que nas democracias representativas compete aos políticos decidir em nome da população, exactamente o motivo porque são eleitos.

O que é que falhou? A grande falha foi não ter ocorrido a ninguém que a Irlanda realizaria o referendo por imperativos constitucionais, que deveriam ter sido revistos.

Recordo que em 1986, quando Portugal aderiu à CEE, éramos “uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na sua transformação numa sociedade sem classes”, de acordo com o art. 1º da Constituição da República Portuguesa (CRP) de 1976, após a revisão de 1982. Evidentemente que as referências à “transformação numa sociedade sem classes” ou à “construção de uma sociedade socialista”, abundantes na nossa CRP nunca passaram de música, dita programática pelos constitucionalistas. Ficámos melhor quando a CRP foi limpa dessas expressões patéticas, na revisão de 1989. Agora o art. 1º da CRP diz simplesmente o seguinte:

Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Ficou melhor. Talvez os irlandeses precisem de rever a sua 😉

Diplomaticamente, Bruxelas reafirmou que haverá oportunidade de “ouvir com muita atenção” o que o primeiro-ministro irlandês Brian Cowen tem para dizer, para de seguida “trabalhar de perto com o governo irlandês”.
Para bom entendedor meia palavra basta.

A pujança do Euro Junho 18, 2008

Posted by netodays in Tratado de Lisboa.
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O Euro acaba de ultrapassar a barreira de 1,5 US$.
Assim, o Banco Central Europeu resolveu, para comemorar o facto, cunhar uma moeda especial de 2 euros, que assinala a pujança da moeda europeia 😉

Os irlandeses ainda não repararam que estão a estorvar o caminho?

Em 1999 (*), o Euro iniciou a sua caminhada abaixo de 1,2 US$.

Fonte: BCE.

Se comprimirmos a escala do gráfico até dá ideia que a evolução do Euro face ao Dólar tem sido suave. Ampliando a representação, sobressaem os momentos tumultuosos.

O não irlandês ao Tratado de Lisboa é o obstáculo do momento ao processo de integração europeia, mas não passa pela cabeça de ninguém, incluindo os irlandeses, colocar o processo de integração em causa,
nem isolar-se dele. Quando a Constituição Europeia levou o não em referendo da França e da Holanda creio que o choque foi muito maior. A Europa parou para pensar, e o que fez?

1 – Reformulou a Constituição Europeia e apresentou-a agora simplesmente como Tratado de Lisboa;

2 – Deitou fora a linguagem da proximidade relativamente aos cidadãos que conduzia à exigência de referendos. A Europa “lembrou-se” que nas democracias representativas compete aos políticos decidir em nome da população, exactamente o motivo porque são eleitos.

O que é que falhou? A grande falha foi não ter ocorrido a ninguém que a Irlanda realizaria o referendo por imperativos constitucionais, que deveriam ter sido revistos.

Recordo que em 1986, quando Portugal aderiu à CEE, éramos “uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na sua transformação numa sociedade sem classes”, de acordo com o art. 1º da Constituição da República Portuguesa (CRP) de 1976, após a revisão de 1982. Evidentemente que as referências à “transformação numa sociedade sem classes” ou à “construção de uma sociedade socialista”, abundantes na nossa CRP nunca passaram de música, dita programática pelos constitucionalistas. Ficámos melhor quando a CRP foi limpa dessas expressões patéticas, na revisão de 1989. Agora o art. 1º da CRP diz simplesmente o seguinte:

Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Ficou melhor. Talvez os irlandeses precisem de rever a sua 😉

Diplomaticamente, Bruxelas reafirmou que haverá oportunidade de “ouvir com muita atenção” o que o primeiro-ministro irlandês Brian Cowen tem para dizer, para de seguida “trabalhar de perto com o governo irlandês”.
Para bom entendedor meia palavra basta.

NOTA: (*) A moeda única europeia – o euro – surgiu em 1 de Janeiro de 1999. Porém, nos primeiros três anos, permaneceu uma moeda “virtual”, utilizada sobretudo por bancos e mercados financeiros. Para a maioria das pessoas, só se tornou uma moeda “real”, visível e tangível, em 1 de Janeiro de 2002, data em que entraram em circulação as notas e moedas de euro, que agora são uma realidade para mais de 300 milhões de pessoas na Europa. Ler mais

"Até seria vantajoso para o Executivo ir a votos numa consulta sobre a União Europeia" Junho 14, 2008

Posted by netodays in Socratelândia, Tratado de Lisboa.
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Quem disse isto? CONFERIR

Os irlandeses tiveram coragem para referendar o Tratado de Lisboa, em vez de presumir arrogantemente o seu resultado. Sócrates certamente preferiria mudar a Constituição, e neste momento deve estar a ensinar esse truque aos seus colegas da Uelândia.

Entretanto fica registada neste post mais uma cambalhota.

Um dia depois de ter afirmado no Parlamento que a vitória do “sim” era “fundamental” para a sua carreira política, o primeiro-ministro português admitiu que o chumbo do tratado que elegeu como prioridade da sua presidência representa “uma derrota pessoal”. “É uma derrota para mim e para todos aqueles que se empenharam no Tratado de Lisboa e no projecto europeu. Todos [os líderes europeus] estarão tão desapontados quanto eu estou neste momento”, acrescentou.

Fundamental para Sócrates é mesmo ir continuando como primeiro-ministro, porque pelos projectos conhecidos, há muitos “engenheiros” como ele por aí.

Invocar a "ética da responsabilidade" para justificar as cambalhotas políticas Janeiro 14, 2008

Posted by netodays in Cavaco Silva, hipocrisia, José Sócrates, Tratado de Lisboa.
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Independentemente da denominação – Tratado Constitucional ou Tratado de Lisboa – o seu objecto é mesmo: definir as regras de jogo do processo de integração europeia, pelo que a quebra da promessa de Sócrates seria sempre uma estória mal contada. A arrogância revela-se em todo o seu esplendor quando afirma que:

É como aqueles alunos que são tão bons, que não precisam de prestar provas 😉 Neste caso admite hipocritamente, sem tibieza alguma, que os portugueses serão tão europeístas que nem vale a pena referendar o Tratado! Esta posição pública convive na sua mente com a sua convicção pessoal de que um referendo a um Tratado europeu poderia reflectir o desconforto do povo português perante as suas políticas governamentais de encerramento do país em nome do controlo da inflação e do défice orçamental. Portanto os riscos do não ganhar seriam mesmo sérios!

Então dá a volta ao texto, invocando a ética da responsabilidade.

Ele ainda irá referir-se a esta quebra de compromisso, um dia, elogiando-se a si mesmo. Dirá então que nos safou do risco do povo poder votar não.

Na minha humilde opinião, depois do não europeu em França, a opção por um referendo europeu passou a ser uma aventura perigosa em qualquer outro país. Toda a eurocracia aprendeu a lição francesa: o descontentamento com a conjuntura interna reflecte-se na construção do processo de integração europeia.

Mais…