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Vitor Gaspar: Ao serviço de DEUS PAI-Credores Dezembro 6, 2012

Posted by netodays in Troika, Vítor Gaspar.
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Quem governa Portugal? Quem governa a Grécia? Ambos os países pertencem à Área Euro e tem as linhas mestras da sua política económica definidas por um “programa de ajustamento estrutural” conduzido pela Troika. O objectivo destes programas é claro. Não se trata de “ajudar” a estruturar coisa alguma, mas apenas de assegurar financiamento para que não fiquem na impossibilidade de satisfazer o serviço da dívida que têm para com os credores.

Até aqui Portugal tem o seguido o caminho do “bom aluno”, com um Governo que sistematicamente se orgulha de “ir além da Troika”, precisamente porque acreditámos que assim nos tratariam melhor, em função do nosso “esforço”. Nessa perspectiva Juncker defendeu o “princípio de igualdade de tratamento” como aconselharia o mínimo bom senso, e o nosso Gasparzito confirmou o mesmo princípio, como quem exibe os resultados do seu trabalho.

Porém, rapidamente o super-ministro das finanças alemão (DEUS PAI-Credores) nos recordou que Portugal só beneficiará das condições concedidas à Grécia quando estiver igualmente destruído, isto é, “depois de um *perdão voluntário* de credores privados”.

Até chegarmos à situação da Grécia – o que acontecerá rapidamente em resultado dos juros agiotas – esta será apontada como “caso único” que o “bom aluno” não deverá seguir, e após a palavras de DEUS PAI-Credores, o nosso obediente Gasparzito desdisse o que havia afirmado na véspera, atribuindo as suas próprias palavras a uma “simplificação excessiva de assuntos complexos”, “mal entendidos”, etc.

Conclusão: Os portugueses apenas votaram num partido que chamou o Gasparzito para este serviço, mas ele sente-se como um simples funcionário de DEUS PAI-Credores, evocando os princípios que forem convenientes à sua narrativa.

Não há dinheiro. Qual destas três palavras não percebeu? Outubro 29, 2012

Posted by netodays in António Borges, Fernando Ulrich, socratear, Socratelândia, Vítor Gaspar.
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Uma mentira repetida muitas vezes começa a tornar-se verdade. A frase de Vitor Gaspar terá sido utilizada em resposta a Álvaro Santos Pereira para colocar um ponto final sobre algumas propostas para dinamizar a Economia.

Imagina-se que o Ministro da Economia terá ficado sem resposta, porque é conivente com a política de redistribuição do rendimento a favor dos bancos que o Governo prossegue. O dinheiro anda por aí, e como já explicou Lains “há racionalidade nos actos que vão levar o País para um buraco: há muito dinheiro em jogo, qual destas cinco palavras não percebe?”

E Vitor Gaspar, ao tempo que se encontra na máquina do poder sabe muito bem o que está a fazer com os seus homens: Link 1 * Link 2 * Link 3

A guerra é demasiado séria para ser deixada aos generais Outubro 14, 2012

Posted by netodays in António Borges, Troika, Vítor Gaspar.
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Nas manifestações de 15 e 29 de Setembro o povo saiu à rua e ficou claro que já ninguém acreditava na narrativa da austeridade, após sucessivos erros de estimativa, desvios colossais, necessidades de ganhar margem de manobra, etc. a artimanha de ganho de competitividade via TSU terá sido fatal.

Como o povo já não acredita que depois das políticas austeritárias melhores dias virão, os líderes internacionais perceberam que seria necessário desvincularem-se da política prosseguida para manterem a sua credibilidade.

As declarações mais surpreendentes foram de Christine Lagarde, dizendo que o FMI se tinha enganado na estimativa de um coeficiente central nos seus modelos:

  • Enquanto que nos modelos de projecção usados, se estimava que, por cada euro de cortes de despesa pública ou de agravamento de impostos se perdia 0,5 euros no PIB, a realidade mostrava que esse impacto (os chamados multiplicadores) é muito maior. Afinal, desde que começou a Grande Recessão, em 2008, o que os dados económicos mostram é que por cada euro de austeridade, o PIB está a perder um valor que se situa no intervalo entre 0,9 e 1,7 euros.
    PÚBLICO, 09.10.2012

Daqui concluiu que para a terapia ter sucesso, o veneno deverá continuar a ser administrado em menores doses para evitar o “risco de fadiga” ou durante mais tempo.

Abebe Selassie foi o primeiro a desvincular-se das medidas “além da Troika”, classificando a TSU como uma forma “criativa” do Governo resolver o problema do défice e da competitividade.

O oportunista Durão Barroso, que tem sido o nosso maior carrasco na exigência da austeridade, já empurrou a responsabilidade da política prosseguida para os Governos nacionais, dizendo que a Comissão Europeia só faz sugestões, que estes aceitam ou não.

Só falta mesmo o funcionário internacional Vitor Gaspar vir pedir desculpa pela violência orçamental a que tem submetido o país. Talvez não tome essa iniciativa, porque isso significaria abdicar da sua margem de lucro na venda do país a retalho, e uma traição aos amigos Borges e Cª. A emergência económica tem sido invocada para vender em saldo grandes empresas públicas, mas as pessoas já estão alertadas para os ganhos realizados nestas operações pelos intermediários.

O povo já deixou de ser um agente passivo da austeridade, e este Governo só ainda não caiu porque afinal a única oposição que tem é a do PSD.

José Gomes Ferreira rebentou Ministro Vitor Gaspar Setembro 12, 2012

Posted by netodays in António Borges, Socratelândia, Vítor Gaspar.
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Os trabalhadores pagam impostos porque o Estado dispõe de um aparelho de coacção eficaz

Relativamente ao capital, Vitor Gaspar faz um apelo à sua consciência patriótica.

  • O mercado só funciona bem em condições de concorrência e transparência. Em situações de monopólio ou de concorrência limitada é necessário utilizar regulamentação efectiva (VG TEÓRICO).

    É crucial efectivamente que os produtores de bens e serviços não transacionáveis, protegidos da concorrência, tenham a capacidade e a consciência para diminuir os preços, transmitindo aos consumidores a poupança que obtiveram através da redução da TSU. O facto de me ter colocado essa questão e de a estarmos a discutir em público contribui decisivamente para que esse padrão venha a ser observado (VG TÓTÓ). (11:00)

    O esforço e sacrifício estão rigorosamente distribuídos por todos. A razão porque vale a pena apostarmos neste ajustamento é precisamente porque é a maneira de sermos capazes de proteger os mais pobres, os mais desfavorecidos e os mais vulneráveis (VG PROPAGANDA). (16:00)

O jornalista da SIC, José Gomes Ferreira, não lhe deu tréguas e apontou uma forte incongruência aos 17:00 minutos:

António Borges tem um pagamento em falta de 25.000 euros. Verá a sua contribuição agravada?

Exposto à imoralidade da situação, VG argumentou “desconhecer os detalhes”… o que naturalmente não repara os danos morais provocados por um colaborador tão próximo, que tanto admira.

O lapso de Vítor Gaspar Abril 6, 2012

Posted by netodays in Vítor Gaspar.
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Tem muita lata para fazer experimentalismo social, e depois de não ter outra explicação, enfim, admitir um lapso, expressão suavizada de erro que os políticus nunca admitem. Estava na memória de todos a sua promessa de que os cortes dos subsídios de férias e de Natal apenas seriam mantidos até 2013, como tinha afirmado em 2011.

A mentira tem perna curta Fevereiro 10, 2012

Posted by netodays in Troika, Vítor Gaspar.
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Vitor Gaspar que impõe ao país um programa de austeridade irrealista foi literalmente apanhado numa conversa com o seu homólogo alemão, questionando-o sobre a necessidade de fazer ajustamentos ao Programa imposto a Portugal pela Troika. Mesmo sabendo que não somos cegos e surdos, Vitor Gaspar voltou a negar a necessidade de ajustamento para consumo interno.

O que vai acontecer então? Quando a opinião pública alemã estiver disposta a aceitar o ajustamento do programa português, o Governo poderá pedi-lo, mas a razão invocada nunca será o mau desempenho da economia portuguesa, porque a ser alunos brilhantes! Na ocasião se dirá que se alteraram as condicionantes externas.

Austeridade sem moral: A descredibilização da política por quem a quer impor Janeiro 28, 2012

Posted by netodays in legitimidade moral, Vítor Gaspar.
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Vitor Gaspar tem a função de impor um extenso plano de austeridade a todo o país. Não deve admitir excepções, que conduzem a outras…

Neste plano, não só é absolutamente imoral que comece por abrir excepções num banco onde é funcionário. Adianta o EXPRESSO que:

Mas o Vítor Gaspar que todos conhecemos toma decisões com grande impacto político, e essas não escapam aos critérios genéricos de moralidade.

Assim, que moralidade tem um homem para exigir austeridade ao país, quando se subtrai a si próprio e aos colegas do Banco da participação no mesmo desígnio? Está mesmo a dizer que a austeridade é apenas um eufemismo para os mais fortes imporem uma repartição do rendimento cada vez mais desequilibrada.

Já sabemos que os funcionários do BdP não são funcionários públicos, mas quando utilizam a sua independência para fazer uma interpretação das regras diferente da dos irlandeses e espanhóis, recordam-nos o exemplo de Vitor Constâncio, que como Governador do Banco Central de um país miserável também se sentia legitimado para ganhar mais que o presidente da Reserva Federal Americana.